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saudade

Segunda-feira, 18.12.23

asas de anjo.jpg

até onde pode viajar o pensamento,
se livre de nostalgia e com todo o tempo
do mundo?

fecho os olhos e a tudo o que possa retirar
toda a solenidade dum momento ímpar
e tão profundo...

de asas brancas, quais anjos imaginários,
surgem todos os rostos, livres, solidários,
ainda que num breve segundo...

eles, os meus anjos, compreendem
o meu grito contido, ao vento proibido
de contar histórias, memórias,
sim, que o tempo lembra como vivido.

afago cada um (os meus anjos) com luva de cetim,
e acaricio cada fio de cabelo
que um dia passou por entre meus lábios,
e tudo foi tão, mas tão belo...






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publicado por Alexandrino Sousa às 18:02

Natal nas estrelas

Domingo, 10.12.23

Pai Natal.jpg

fito o horizonte 
onde não há renas,
nem trenós
puxando velhos barbudos 
que lembram nossos avós...
apenas avenidas 
de lâmpadas coloridas...

de coração cheio, sorrio,
e sigo meu caminho...
talvez veja a estrela 
que brilha, e um menino,
em palhas dormindo...

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:33

emoções

Sexta-feira, 08.12.23

emoções.jpg


voltas ao sitio onde as emoções
te marcaram um dia,
feito de sonhos, traições,
pesadelos, e tantos de alegria,
e vês que valeu a pena...

vale sempre a pena, quando a alma
tem o tamanho do mundo,
um sorriso que tudo esconde,
e numa palavra sensata acalma
cada rosto com que te deparas,
a paz nos sorrisos que te abraçam,
e te fazem sentir gigante,
naquele mundo por vezes sem nexo,
em quase nada excitante...

voltaste... não porque há chamamento,
saudade ou lamento,
mas porque algo ficou por dizer,
algo que teimas esconder.

na certeza do acto, desvias teu olhar
na troca de olhares, não vá ele te denunciar...

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 17:13

lareira

Terça-feira, 05.12.23

lareira.jpg


sente-se mas não se vê,
ouve-se, e não se sente
ninguém por perto,
apenas o crepitar da madeira,
e este lume brando
que nos aquece o corpo e a alma...
pela mente, ressuscitam viagens, 
lugares, amores e desamores, 
passado e presente, 
fantasias, certezas e temores, 
imperceptíveis num rubro rosto
em tudo ausente...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:21

viagens

Segunda-feira, 04.12.23

viagens.jpg

sempre haverá um rio,
e um barco unindo as margens,
como o Norte e o Sul,
e um mapa onde se cruzam viagens...
de que adianta querer fintar o destino?
as malas estão prontas para outras paragens...


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publicado por Alexandrino Sousa às 17:44

Granja

Sábado, 02.12.23

Granja.JPG

num constante movimento 
quase ritmado no tempo,
as ondas morrem na fina areia, 
perdendo-se pelos labirínticos rochedos.
talvez contem segredos,
histórias de náufragos, 
visões em noites de lua cheia...
talvez seduzam os desprevenidos 
ou os embebidos pelo canto da sereia...

quem sabe já esqueceram meus passos
perdidos na areia batida, molhada,
em tardes que o dia prolongava,
marcas de amantes sem rumo, sem nada....

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:28

ansiedade

Sexta-feira, 01.12.23

vazio.jpg

o vento passa em silêncio,
e o silêncio nada me diz,
como se ontem não existisse
e não houvera castos sorrisos,
palpitações, sentimentos imprecisos...

fecho todas as janelas
perdendo-me no vazio,
onde sentir é um arrepio
que me trespassa a alma,
e me faz viajar qual raio de luz...

de que valem os sonhos, desejos,
momentos, sentimento,
quiçá sofrimento,
pela ânsia de teus beijos?




 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:17

sonhos

Terça-feira, 28.11.23

sonhos.jpg

é das vivências no inconsciente que o sonho nasce,
qual filme a decorrer, onde as imagens
permanecem nítidas, tão próximas,
ao alcance de meus dedos.
que ninguém ouse me tocar
ou falar ao ouvido,
segredar
palavras lindas ou sem sentido...

o sonho prossegue
e na essência se ergue,
qual realidade presente,
até que, um raio de luz,
um estremecer na escuridão,
e tudo se dissipa
como fumo por entre os dedos da mão...





 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 10:43

a nudez dos seres

Sábado, 25.11.23

banco jardim.jpg

já é tarde, como se o tempo
não tivesse passado,
ou de tudo estivesse arredado
enquanto adormeci ou morri ao relento.

são meus olhos que já não querem ver
as penumbras do que era luz e cor,
nem os teus olhos pedindo amor,
quando dentro de mim tudo teima adormecer.

já é tarde, e rapidamente caiu a noite
no meu ser, quem me acolhe, onde eu pernoite
e acorde nos seus braços qual abraço final?

liberto-me desta mortalha, tão fria, tão nua,
imagem de tua pele na minha pele num qualquer banco de rua,
e sigo noite fora, procurando na lua um sinal....





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publicado por Alexandrino Sousa às 18:44

navegando

Quarta-feira, 08.11.23

navegando.jpg

ainda que chova todo o tempo,
ainda que a vida seja um lago de água,
que meu barco navegue ao sabor do vento
nas calmas águas da vida, sem mágoa,
e desprendido do sentimento...

que cada pingo de chuva, lave o corpo, a alma,
numa dança sem par, apenas eu, numa rua calma...





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publicado por Alexandrino Sousa às 18:41