IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
Nos meus Sonhos
Nos meus sonhos
verdes eram os prados
onde as flores falavam
e os animais cantavam.
Nos meus sonhos
os rios eram de papel
sem pontes
sem margens.
Nos meus sonhos
eu subia aos céus
buscando estrelas
que enfeitavam teu cabelo.
Nos meus sonhos
a vida era um sonho
onde quem entrasse
vivia eternamente.
Autoria e outros dados (tags, etc)
As Andorinhas
Um dia, ainda eu era criança
na minha mão vieste poisar
e prometeste sempre voltar
com a primavera da esperança
Mas a primavera está a acabar,
logo, logo será verão,
sem ti, será a desilusão,
de não valer a pena sonhar.
Andorinhas da minha rua
seres graciosos a esvoaçar
se preciso peço à lua
e à minha estrela do mar
para que vos faça voltar...
Andorinhas da minha rua
sem vós a primavera ficará nua...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Apenas uma letra....
Foi de tarde que te vi
e na tarde se fez dia
quando a saudade sofria
por não te ter aqui
mas minhas preces ao vento
minha tristeza sem fim
te trouxeram até mim
trocando as voltas do tempo
Nada digo do que sei
e o que sei é meu castigo
por te trazer sempre comigo
onde foi que pequei??
Olhos verdes são perdição
setas encantadas no pensamento
seu veneno, meu alimento
batida certa de meu coração
Nada digo do que sei
e o que sei é meu castigo
por te trazer sempre comigo
onde foi que pequei??
Nada digo do que sei
e o que sei é meu castigo
por te trazer sempre comigo
onde foi que pequei??
Autoria e outros dados (tags, etc)
Águas de Maio
Cega-me este calor que me rodeia,
este fantasma que ninguém vê mas sente,
manta que nos cobre tão ardente,
que tudo queima para quem semeia.
E eu te chamo água da vida,
gotas que imploramos a cada momento,
e enamorada ou sem discernimento,
afastada andas, errante, perdida...
Repara, até as flores choram,
e as aves, vê, quanta loucura,
seu piar é um lamento de secura,
e até as grandes árvores imploram...
Deixa-me dizer-te, é uma promessa,
se na noite, nesta noite de inferno
desceres sobre mim, como se fora inverno,
virei dançar na rua, até que amanheça...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Eu e a Lua
Quem na noite apagou a luz,
se interpôs entre mim e a Lua,
quem por ciúmes a tomou "sua"
pensando que a seduz?
Lua das mil e uma noites,
dos sonhos, das escapadelas,
dos encontros nas janelas,
dos raspanetes, dos açoites...
Fazes-me falta lua,
faz-me falta o tempo que passou,
das frases que, para ti, cada um jurou,
dos sentimentos perdidos na rua...
Olho o céu mais uma vez...
Negro, "figuras" em movimento,
augúrio de grande tormento,
e eu não te vejo Lua, outra vez...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Como uma Flor
Madrasta foi a mãe natureza
quando me viu nascer,
tolhendo-me a beleza do ser,
cerceando-me na infinita pureza.
E assim, crescemos desiguais,
belos e puros na alma, uns,
outros, esbeltos, fenomenais...
Tomara eu nascer de uma flor,
botão perfeito, ganhando cor,
companhia certa no amor,
última companhia na dor...
Ah se eu fosse como uma flor...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Tarde de Domingo
Tarde de Domingo,
de sonho, de promessa,
de caminhadas pelo areal,
de encantos e fantasia,
de descobertas,
cumprindo o ritual...
Tarde de Domingo,
um olhar, um convite,
um desejo em ebulição,
um beijo com sofreguidão,
quem sabe, uma nota de amor,
um carinho com sol maior...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Meu Mar, meu refúgio
É meu refúgio este mar que me rodeia,
ondas que me beijam em cada entardecer,
e eu, graciosamente as acaricio,
sentindo em minha pele o seu cio,
como se uma cena de amor fora acontecer...
Tontas... tontas e ao mesmo tempo belas,
me seduzindo,
me querendo levar em seus braços,
talvez sucumbindo
a ouvir sons de outros espaços...
Perigosa é a tentação
de que me afasto, sem te deixar meu mar,
berço de meus encantos,
dos amores e desamores...que foram tantos,
e onde todos os dias, ouso desabafar...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Desabafo...
Perdoa meus gestos, minha rispidez,
minha falta de jeito, alguma insensatez,
perdoa minha mão firme, por vezes rude,
raiva incontida nas palavras mal ditas...
Sempre me acompanhas, sem lamentos,
e mesmo nos meus maiores tormentos,
te manténs firme em cada letra desenhada...
Que seria de mim sem teu suave deslizar,
sem tuas marcas vincadas no papel?
De ti, caneta, fiz minha eterna companheira,
viajando ao peito, ou descansando à cabeceira.
Não me queiras mal neste mundo já cruel...
Que seria de mim sem ti e uma folha de papel?
Autoria e outros dados (tags, etc)
Como na Primeira Vez...
Hoje, só hoje meu amor,
finge que é a nossa primeira vez,
que no mais intimo silêncio,
nossos beijos murmuravam,
enquanto nossas mãos falavam...
Hoje, só hoje meu amor,
não vamos falar de nós,
nem do tempo que já passou...
Hoje, deixa que nossos sentidos,
um querer maior que o querer,
um descobrir sem nada querer ver,
nos extasie, nos enlouqueça,
nos faça morrer, vivendo,
como na primeira vez...