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teu nome...

Terça-feira, 29.01.13

 

 

às vezes penso que não tens nome

ou se o tens, eu já esqueci,

porque já não me lembro de te chamar

ou sequer te enviar carta do correio...

 

leio mensagens tuas em meu coração,

todas as letras,

todas as estrelas que desenhaste,

e nenhuma tem as cores de tua mão.

 

ah se as palavras que inventas,

os momentos

que na penumbra sonhamos

não fossem mais o cabo das tormentas...

 

fecham meus olhos o silêncio das palavras.

não me queixo.

de que me serviria chamar teu nome

se a noite se fechou no mundo das trevas...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 23:24

sons na noite...

Segunda-feira, 28.01.13

 https://1.bp.blogspot.com/_Pn9kEQn3liE/TEIqq4gbDzI/AAAAAAAAC8c/5aw2X6E5ze0/s1600/vinho-e-lareira.jpg

 

 

de que medos

são as vestes que te cobrem,

de que sinais

são os rumores que te ferem?

 

talvez seja apenas a brisa,

que na tarde fria e húmida

te traga sons de uma canção perdida,

com melodia de embalar.

 

deixa entrar,

e junto à lareira,

com manta a aconchegar,

façamos um hino à vida...




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publicado por Alexandrino Sousa às 21:49

fazes-me falta...

Domingo, 27.01.13

 

 

inquieta-me esta paz

que não é a minha.

preciso de luz,

preciso do brilho da primavera,

ouvir o chilrear da andorinha,

preciso viajar no espaço.

 

fazes-me falta,

como se desatassem o laço

que um dia o amor uniu.

lá fora, os telhados alinhados

choram de mansinho, num abraço

de saudade...

 

vagueia o espírito

pelo cinzento das nuvens de água,

onde brincam barcos de papel,

onde não há vento, nem ondas,

apenas resquícios de mágoa,

apenas desejos à flor da pele.

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:25

o amor...

Domingo, 27.01.13

 

ainda que escondesses teu rosto,

ainda que lavasses teu cheiro,

certezas tenho que seria o primeiro

te descobrindo passeando por aí...

 

e quando chegas até mim,

quando o sol faz resplandecer tua cor,

de mil pétalas se abre esta flor

que é um coração respirando vida.

 

o amor, o amor, dor tão consentida,

cega, nos corações prisioneira

como chama viva na lareira.

 

abro meu coração para ti alma gémea,

onde também o amor arde em tormento...

espera, um dia vamos nos fundir no tempo...  

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 12:15

longa espera...

Sábado, 26.01.13

 

 

ardem-me os olhos

pela longa espera

que não verá a luz do dia...

contorce-se de desejos

este corpo que fizeste teu

qual estátua, ansiando teus beijos...

no espelho, o rosto que nunca sorria,

parece feliz nesta câmara lenta,

e de uma forma mais atenta,

vejo que  respira alegria...

é tarde amor, já se deitou a cotovia,

a lua....e até o mar já não enrola na areia.

vou dormir, talvez sonhe contigo,

talvez chegue rápido a primavera...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:28

navegando....

Sexta-feira, 25.01.13

 

no ar, um ruído,

uma ave a esvoaçar

no meu céu de silêncio...

talvez sedenta,

procurando poiso,

ou rio onde navegar...

 

brilha o sol

por entre o manto azul...

e eu rio para não chorar,

da paz que vive em mim

como a ave a esvoaçar...

sigo viagem,

sem outra margem

que não onde vou aportar...

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 23:08

libertação...

Terça-feira, 22.01.13

 

 

 

como uma concha de onde nasceu um tesouro,

do tempo, esse movimento perdido entre a serra e o mar,

nasceu o encanto em forma de segredo,

o amor, relíquia guardada, adormecida,

que um dia os anjos ousaram acordar.

 

e foram tantos os momentos sem medo,

tantas as histórias de alegria e vida,

que mais um ano está a nascer, a crescer,

como se fora grande a vontade de viver,

como se o amanhã fosse meta já vencida...





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publicado por Alexandrino Sousa às 21:33

desassossego...

Segunda-feira, 21.01.13

 

 

é de sonhos o teu mundo

onde voam navios, carros e pessoas...


pegas minha mão, levas-me contigo,

e fazes-me entrar no teu mundo de sonhos,

onde brilham cores de azul, vermelho e amarelo.


em cima de um móvel de nobre castanho,

pequenos navios, carros, e bonecos,

tudo objectos de brincar.


nesse teu mundo, lindo, mas estranho,

fitas meus olhos e murmurando baixinho

dizes, fica comigo...até o mundo acabar...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:41

amor e fantasia...

Domingo, 20.01.13

 

 

preciso de teu calor,

desse sangue que te corre nas veias

e seca teus olhos, teus lábios,

como se um vulcão em chama.

 

abraço-te,

meus dedos, esguios dedos,

percorrem teu corpo

e se perdem nos enredos.

 

beijas-me,

incendeias meu corpo

com a lava rubra do amor,

e aos meus olhos, renasces em flor...

 

é suave o chão de areia

onde se devoram corpos insaciáveis,

e teus olhos ganham lágrimas,

e teus lábios ficam molhados,

e teu corpo no meu, imutáveis,

olhando o céu como rochedos no mar...

 

um dia, se Deus quiser, vamos voar...

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:24

Amar Assim...

Domingo, 20.01.13

 

 

riam-se as paredes dos gestos

daqueles encontros

que fortuitamente aconteciam.

e nesses encontros,

os rostos, os corpos padeciam

por mais e mais.

e de tanto amar, gemiam...

 

seiva, lágrimas, suor,

tudo era rubro em redor.

e no silêncio das quatro paredes

ouviam-se cantos de aves,

sinos replicando na igreja,

o vento silvando pelas janelas,

a ondulação do mar em dia de tempestade...

 

Amar assim, é um prazer feito leviandade...

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:07


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