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jogos de amor...

Sábado, 30.11.13

 

 

belos os jogos de amor,

as carícias, o sentir

suave da pele,

o beijo quente,

os lábios em tom ardente,

a boca em delírio

no corpo em martírio

pela exaltação

dos sentidos...

 

loucos os jogos de amor,

inocentes os amantes,

incautos e seduzidos pela dor,

são deles as estrelas mais brilhantes

iluminando os jogos proibidos...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:21

as vides...

Sexta-feira, 29.11.13

 

 

aguardam o corte, as vides

quase despidas,

no seu ego, sofridas,

pelo parto roubado

e na boca de quantos saciado...

 

tristes na dor os amantes

por quem acolheu os viajantes

nas manhãs quentes de verão,

e breve, será apenas lenha no chão...

 

terá coração o podador

em cada golpe, em cada corte

ao ver a lágrima que verte

numa vide, por ser sido bago,

por ter sido alma num dia de sorte?





 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:40

retrato....

Terça-feira, 26.11.13

 

 

 

de que falam os olhos que nada vêm,

se não vêm a cor da palavras,

as expressões das sílabas,

ou o sentido que contido têm...

 

nos olhos, uma venda , um lacre,

nas mãos, uma folha de papel,

uma caneta... ah, e quero um banco no jardim...

dêem-me o som dos pássaros,

e eu desenharei o céu em tons pastel

e um retrato nu, um nu repartido de mim...




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publicado por Alexandrino Sousa às 22:06

o som do silêncio...

Domingo, 24.11.13

 

 

 

é triste e fala mais alto o silêncio

quando o dia já clareou,

os carros se amontoam nas ruas,

as varinas apregoam o peixe,

e até se ouve o silvar do metro...

 

porque eu sei que o silêncio

é a vontade de falar, deixar fluir

o que enche a alma...

 

tão difícil este parto, 

tão fácil tudo ruir,

como um baralho de cartas

tentando tocar o infinito...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:34

outono...

Domingo, 17.11.13

 

 

manhã de Outono,

fria e cinzenta,

sem chama,

sem história. atenta

a primavera da vida,

escutando os sinais

no pio dos pardais,

mensagens de quem ama...

 

as manhãs de Outono

não são sempre iguais...

quem ousa escutar o vento,

ler nos sinais do tempo

os desabafos da alma,

os gritos contidos de um corpo sedento?

 

sabes, ainda ouço o silêncio

das quatro paredes,

o murmúrio das vozes

por entre os lençóis,

o gemer dos corpos

no ímpeto do prazer a dois...

 

finjo tudo esquecer

na manhã fria de Outono.

tanto mar, tanto mar, tanto caminhar

pelas areias limpas, em que me abandono...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:54

ás vezes

Domingo, 17.11.13

 

 

 

ás vezes queria ser sol de inverno,

quente e tão breve...

ás vezes queria ser nevoeiro,

impenetrável e tão leve...

ás vezes faz-me falta o que já tenho

e nem lembro, ou tudo perdi

numa qualquer jogada,

altas horas da madrugada

em que fazias batota,

e eu nem assisti...




 

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:26

barco á deriva...

Domingo, 17.11.13

 

 

 

 

meu barco anda á deriva

num rio sem ondas,

sem margens que o acolha...

meu barco parece uma folha

numa rua deserta e sem saída,

e como a folha seca,

vai sendo levado pelo vento,

pelas chuvas de Outono.

triste fim, triste abandono...




 

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:03

segredos...

Sábado, 16.11.13

 

 

 

 

na ponta de meus dedos,

nascem as palavras

que o vento leva até ti.

decifra-as e devolve ao vento,

no entardecer,

o vento as sepultará no tempo,

são segredos,

momentos, que ninguém iria entender...






 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:05

caminhante...

Quarta-feira, 13.11.13

 

 

 

é noite, como noites são as horas vazias,

perdidas, irremediavelmente tristes

sem o aconchego de um abraço,

de um beijo, de um carinho...

 

diz-me a aragem fria

que a noite não é boa companhia,

que as almas são tentadas, seduzidas

por outras almas eternamente perdidas...

 

acendo uma vela, uma luz no caminho,

a noite não me fará mal...sou um pobre peregrino...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:26

as raízes...

Domingo, 10.11.13

 

 

 

sigo cada raiz da árvore mais frondosa,

até ao ponto em que se afundando

nas profundezas da terra,

busca a seiva, a vida, a gota de água

para o ponto mais alto da árvore...

quão frágil o ser humano

quando liberto das raízes da vida,

perdendo-se pelos cais das ribeiras,

pelas bermas da estrada,

pelas calçadas, onde ninguém vê,

sente, ou tão pouco se vê mágoa...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:36


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