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eram sonhos...

Quinta-feira, 26.02.15

 

eram verdes, dourados os sonhos,

as fantasias a cada acordar do dia,

eram ondas de mar, aromas a maresia

em cada final de tarde...

 

eram verdes, dourados os sonhos,

eram fogo que ardia

como a descoberta do amor

num simples olhar tentador,

num sorriso maior...

 

eram verdes, dourados os sonhos,

até ao pôr do sol, até ao fim de tudo...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:50

apenas palavras...

Sexta-feira, 13.02.15

 

de falsas palavras movem-se teus dedos,

como teus lábios quando falas ao vento...

leva-as vento em tuas asas, sem lamento,

para longe, onde a serra árida tudo prende

e devora.. com o passar do tempo...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:10

falando ao tempo...

Quarta-feira, 11.02.15

ouves a chuva cair,

o choro das árvores sem nome?

talvez não ouças,

talvez nem saibas como sentir

o peso de uma gota,

de uma lágrima a fugir...

 

afasto as cortinas do lado cinzento,

da dor que cobre o tempo...

vá lá, não fiquem assim,

assim me visto,

assim no tempo resisto,

até que o tempo se lembre de mim...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:44

bom domingo...

Domingo, 08.02.15

 

elevo minhas mãos ao céu,

azul, quase transparente.

apetece entrar nele,

correr, voar, seguir em frente

como andorinhas na primavera.

colher flores algures no paraíso

e voltar, voltar a este inverno,

onde a saudade criou raízes...

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 11:11

o meu mundo...

Terça-feira, 03.02.15

 

 

seres estáticos, aprisionados

a um mundo que não pedimos,

incessantemente invadidos

e ingloriamente ludibriados,

assim somos nós, 

peças únicas e ao mesmo tempo

tão pequenas, quase invisíveis

numa grande engrenagem...

 

finjo não ser eu ouvindo as notícias,

os horrores da guerra 

e a loucura dos homens...

finjo não viver acordado,

mas antes cobardemente amordaçado

numa voz sem eco, sem destino...

 

faz-me falta a coragem dos loucos,

mas íntegros no sentimento...

fazem falta tantos, mas são tão poucos

os seres renascidos da profunda terra,

deuses supremos,

imaculados, guerreiros no tempo...

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:11

apenas o inverno...

Domingo, 01.02.15

 

tão longo o inverno, o cinzento

que invade a alma, o olhar...

não me lembro d`um inverno assim.

não me lembro que tenha morrido

a primavera, o verão... e não me lembro de ti.

talvez sejas o inverno que mora em mim...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 11:11