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aromas...

Segunda-feira, 30.03.15

 

 

dançam os aromas na nossa mente

como imagens que não pedimos,

como lembranças de quem sente...

são tantos os aromas, as cores,

as frases de circunstância,

promessas de eternos amores,

efémeras, como os beijos

secos, fugidos, desculpados,

oh quanta ignorância...

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:29

manhãs de março...

Domingo, 15.03.15

 

virgem e ardente, o sol

nas manhãs de Março...

 

incautos, seguem em passos largos

os amantes, sós,

fingindo olhar o mar

ou com quem se cruzam na manhã.

 

sorrindo ou olhar distante,

ninguém diz nada,

apenas a respiração é ofegante,

como quando alguém faz amor

pouco antes do finalmente.

 

queria ser como tu, sol,

ardente e promíscuo

em todas as manhãs de Março,

em todos os dias, quando o pensamento

vagueia por águas profundas...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 17:03

as brumas na cidade

Quinta-feira, 12.03.15

 

por entre as brumas da manhã,

em cada raiar do dia,

um olhar ao horizonte,

uma ponte no pensamento...

 

e são tantas as pontes,

as partidas e chegadas,

sorrisos, lágrimas, que importa,

são resquícios de saudade na madrugada.

 

abrem-se os braços 

em longos abraços, 

como pontes abraçando as margens,

fortes, eternos, como laços sem nós...

 

perco-me nas brumas da manhã,

entre o raiar do dia

e as pontes no pensamento...

talvez o horizonte seja ali... ali, no fim do tempo.

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:12

nunca mais...

Quarta-feira, 11.03.15

 

nunca mais direi nunca,

nem nunca mais

serão demais as palavras

ditas, ou que ficaram por dizer...

 

folheio mais uma página,

um capítulo

deste livro na memória,

qual eterna história

ainda inacabada,

de lágrimas vestida,

de luto manchada...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:51

acordes...

Terça-feira, 03.03.15

um toque, uma música,

uma voz,

um desassossego,

um sorriso... a medo...

 

uma imagem precisa,

um rosto 

desenhado a dedo

no vidro embaciado...

 

augura-se um dia de luz,

amanhã, sempre amanhã,

muita cor, sol,

talvez outro toque,

outra música...

 

talvez desvendes o segredo

das manhãs a correr,

do toque que não toca,

da música que não se ouve...

 

quem sabe o sol desenhe no céu

um rosto, um sorriso só meu...

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:45