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da minha janela...

Sábado, 31.10.15

 

da minha janela, vejo tua varanda,

as flores que afagas com tuas mãos,

os vasos que tratas com carinho...

 

da minha janela, vejo-te baloiçando

na espreguiçadeira, tão leve, tão serena, 

e sinto que teu olhar fixa o horizonte,

e em teu rosto, reina a paz de um dia de primavera.

 

da minha janela, vejo um postal ilustrado,

uma foto tua (tinhas o cabelo apanhado),

e os lírios vagueando pelo monte...

  

a varanda? essa não existe...

foi apenas uma imagem de um final de tarde...

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:09

alucinações...

Quarta-feira, 28.10.15

 

 

horas mortas na tarde cinzenta,

a chuva e o vento em sintonia,

como os amantes abraçados em qualquer esquina...

 

a sebe, de folha pintada de Outono,

balança ao sabor do vento

arrepiando a mente com imagens inventadas...

 

parece gente, ou espírito em forma de gente,

num vai-vem medonho, 

pronunciado pela luz do candeeiro,

imaginado numa mente débil e perversa...

 

ligo o motor do carro,

faróis em "longo alcance",

e arranque sem olhar para nada...

 

no meu horizonte, 

olhos que vêm, sem nada ver,

procuram a brisa da madrugada

e as imagens da primavera, para lá do monte... 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:49

in(certeza)

Domingo, 25.10.15

 

 

é no silêncio que se esgotam as preces

as frases que não foram ditas

os olhares nas paredes vazias

 

de cada vez que fito o horizonte

não vejo céu, nem barco no mar

apenas a brisa me embala em seu manto...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:25

foi ontem...

Domingo, 11.10.15

 

 já ninguém lembra de ontem,

como se maldito fosse o passado, 

hereges as histórias contadas

e sofregamente vividas lado a lado...

 

já ninguém fala de ontem,

quais bocas seladas pelo tempo,

como se os olhos não falassem,

e o coração empedernido, se soltasse no vento.

 

o tempo, sempre o tempo, tempo com memória,

um dia abrirá o livro, página a página de história,

onde as imagens falam por si, sem legenda,

rostos doutra vida, talvez imaginada, talvez uma lenda...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:15