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é tarde...

Quinta-feira, 05.06.14

 

 

 

é tarde... tão tarde como a chuva que vai cair

num tempo que já não é o seu...

algures, esperando a sua vez,

a luz dos dias eternos, os aromas do verão,

os sorrisos, os passeios, mão na mão...

aguardo a chuva passar... sim, vai passar,

e assim que a brisa suave chegar,

mando-te um convite, um bilhete perfumado,

quem sabe mandarás resposta

num qualquer raio de sol, num breve afago...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:43

tarde de inverno...

Domingo, 26.01.14

 

 

tarde de inverno e desassossego,

tarde de domingo onde me prendo

ouvindo a chuva cair...

não se ouve um bater de asas,

um cão a latir,

tudo permanece quedo

mas eu sei que é tudo a fingir,

não vão acordar os fantasmas do medo.

 

se não fosse esta chuva, este enredo,

juro que inventaria asas de voar,

um caminho, um só sentido,

um paraíso, um abraço ao chegar,

um beijo (ainda que proibido),

mil histórias para contar

e acrescentar, num livro interrompido...

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:09

porque vi o sol...

Quarta-feira, 22.01.14

 

 

 

dia de Inverno, de frio e de chuva,

cinzento como são todos os dias

sem a emoção de que nada vai acontecer...

 

pego numa folha, em lápis de cor,

desenho o céu, tom azul,

e uma bola como sendo o SOL..

 

e num ápice, renasceu a Primavera...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:27

primaveras...

Quarta-feira, 01.01.14

 

 

 

como estão despidas as árvores,

sem folhas, sem vida,

parecem espantalhos de pedra,

inertes, uma e outra ferida

pelo vento que tudo quebra.

 

comparo com as almas apaixonadas,

despojadas de tudo, transparentes,

saltando de sonho em sonho, quimera em quimera,

até que o vento lhes corte as asas, e tão carentes,

repugnam o inverno da vida e anseiam pela primavera.

 

saudades de ti, estação de vida em flor,

do azul do céu e das aves em corrupio,

saudades do sol no longo areal sem gente,

dos abraços que nos abraçam, dos beijos no teu rosto frio...

saudades de tua alma em meu corpo, serena, bela e inocente...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 15:16

Árvores do meu jardim...

Domingo, 09.12.12

 

 

 

parecem tristes

as árvores do meu jardim,

sem folhas,

braços estendidos ao frio, à chuva,

como que antevendo o fim...

 

mas não, apenas estão dormindo...

e eis que me segreda uma ao ouvido:

"logo, logo será primavera,

e em cada ramo,

na folhagem que me vai cobrir,

haverá festa, passarada a sorrir,

a fazer amor, gestos de carinho..."

 

se eu pudesse, se eu fosse passarinho,

voaria naquela árvore,  e iria pedir

se me deixavam fazer um ninho...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:51

Manhã de SOL...

Segunda-feira, 04.06.12

 

 

 

 

Era de sol a manhã de inverno,

como são de sol os dias da vida

que sonhamos ser eternos...

Teus longos cabelos, não sei se dourados

se de castanho avelã,

emolduravam esse rosto pronuncio de primavera

numa tez suave e serenamente tão bela...

Guardo na memória, em meus dedos,

nos meus lábios, quando procuravam lábios teus,

cada fio de cabelo que se intrometia em nossos beijos...

Rápidos e silenciosos esses beijos,

como o tempo que voou na manhã de inverno...

Quão estranho lembrar da manhã de inverno

quando as nossas manhãs são manhãs de verão,

eternamente manhãs de sol de verão,

mas foi naquela estação, manhã fria de inverno

que precocemente bateu em nós a paixão....

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:00

Mar de Inverno...

Terça-feira, 07.02.12

 

 

 

Revolto está o mar de inverno,

de brancas ondas,

de longo rebolar na areia...

Finjo ser criança em momento de alegria,

e corro, corro, como se elas quisessem me apanhar,

como se eu pudesse fintar o mar...

Criança tem seu mundo de fantasia...

 

Em minha mão, por entre os dedos,

se esvaem os grão de areia

onde pensava prender o mar...

Criança não pára de sonhar...

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:36

Domingo de Inverno

Domingo, 10.01.10

 

 

https://1.bp.blogspot.com/_sndJ2mk3I3c/R0q-E67CWqI/AAAAAAAAAIg/GoqgpoAkvFw/s400/chuva1.jpg

 

Se eu fosse gota de chuva,

ou mesmo sopro de vento,

me libertaria deste momento

que me prende ao nada,

que me deixa prisioneiro

a um tempo passageiro,

quão a ânsia de liberdade...

 

E no pensamento, cada um de vós,

com quem "rio", com quem "falo",

com quem partilho sentimentos,

mesmo o vós , não sendo nós,

mas que na quietude destes momentos,

no frio dos meus aposentos,

e vós "aqui", já não estamos sós...

 

Triste dia de chuva e frio,

como fria é a fantasia,

onde tudo parece vazio,

onde não se vê a alegria...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 15:06

A Magia do Meu Inverno

Domingo, 20.12.09

 

http://supernatal.com/wp-content/uploads/2008/10/historia-do-natal.jpg

 

O inverno tem magia,

tem doses de ternura,

tem montes de doçura,

tem mão de alquimia,

que com dose certa

fez uma estação desperta...

 

Desperta para a Vida,

para o Nascimento do Menino,

(profecia prometida),

algo sagrado, divino...

Vêm os reis magos, Senhores,

reunidos com os pobres pastores...

 

O inverno tem neve fria,

cobertura em forma de manto,

tem o seu quê de encanto

na boca da criança que ria,

nos braços de uma árvore,

tapete como o branco mármore.

 

O Inverno tem também dor,

quando a chuva não quer parar

e os estragos nos fazem chorar,

mas na dor, nasce o amor,

nasce o desejo de partilha,

sentimento que fervilha.

 

Se gosto do inverno, porque não?

porque a seguir à fria estação

mil flores irão florir, desabrochar,

é a primavera a despontar...

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 10:47

Inverno de Saudades

Sábado, 12.12.09

 

 

 

http://www.fotoplatforma.pl/foto_galeria/1786_DSCN7607.jpg

 

Rapidamente cai a noite e o frio...

o céu de cinza negro, inspira medo,

arrepios na escuridão.

Crianças sós, como fantasmas,

caminham de mala na mão,

ao arrepio de todos os medos...

E cai a neve, pura, leve e fria,

as crianças parecem gostar,

e pela noite deixam-se ficar...

Os pais em desassossego,

os animais uivam de medo,

o que estará para acontecer??

 

É só uma noite de inverno...

 

Inverno que eu vivia outrora,

tão diferente de agora,

em que já não cai neve,

em que o sol já não tem brilho,

em que já não morro de frio...

 

Que saudades de ver cheio o rio....

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 12:48