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rumos...

Quinta-feira, 14.01.16

 

 

talvez ainda fosse cedo,

ou talvez o amanhã tardasse em chegar...

incrédulo, solta as amarras da alma

e deixa-se guiar pelo vento.

o vento... outrora, mensageiro dos aromas,

do canto da serra, das flores do monte,

é agora mensageiro do vazio,

do silêncio profundo.

talvez ainda fosse cedo,

ou talvez o tempo 

esteja fora de tempo,

como a criança que parte

sem vida, sem arte,

apenas pó, nas asas do vento...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:07

caminhos...

Quinta-feira, 31.07.14

 

 

caminho...

são tantas as estradas,

tantas as encruzilhadas,

e eu caminho,

sem destino...

 

caminho...

na mente, o sonho por florir,

águas de Abril por cair,

porque o tempo parou

algures no caminho...

 

abro mãos de tudo,

e tudo afinal é quase nada...

talvez meu caminho

seja um esboço, uma pincelada

sem nexo, num mapa inventado

como quando inventamos palavras,

e o amanhã...sempre, sempre adiado...

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:52

o tempo e os loucos...

Terça-feira, 13.05.14

 

 

quão levianos e soltos

os caminhos traçados,

meticulosamente 

na mente gravados,

no sangue... 

na vida....

 

quão levianos e loucos

os que se perderam,

os que se baralharam

em encruzilhadas

de mil saídas,

que não eram mais que mil entradas...

 

quão levianos e imprudentes

(e que também foram loucos),

os que se julgaram amantes...oh inocentes,

tudo perdestes...em encruzilhadas que eram d`outros...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:49

caminhos que se cruzam...

Quarta-feira, 19.12.12

 

 

 

lentamente subo a calçada...

ao longe, uma ténue luz

que se afasta com minha chegada,

e eu pergunto: quem te conduz,

quem me afasta da alvorada,

quem me quer ver nesta cruz,

se estive tão perto...e tão perto...é quase nada...



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publicado por Alexandrino Sousa às 21:33

PEDRAS NO MEU CAMINHO

Segunda-feira, 08.12.08

     

                          (da Net)

Mais um dia que amanhece,

calmo, e ao mesmo tempo cinzento.

Meu corpo mais uma vez  padece

de teu corpo,

e se entristece

quando não te vejo...

 

Percorro as pedras na calçada,

também elas gastas pelo tempo.

E, em cada pedra, uma historia mal contada,

um grito sufocado pelo vento,

um ai de agonia contida,

mas por ser pedra , não tem vida.

 

Também meu corpo se tornou pedra,

frio, gelado como a neve,

em que ninguém toca, ninguém se atreve,

nem um aconchego de passagem...

Também ele ficará gasto, carcomido,

e nem suas vestes de finos panos,

o encobrirão na ultima viagem...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:54

EMOÇÕES

Quarta-feira, 16.04.08

Os caminhos que trilhamos no dia a dia, nos levam sem sabermos, ao encontro do que nunca sonhamos ter, ver ou sentir...

 

Alguns caminhos nos aparecem com tapete vermelho, estendido a rigor, e não sentiremos a direcção desse tapete, quantas vezes para o abismo.

 

As emoções por vezes também nos aparecem sobre forma disfarçada, envergonhada, timidamente entrando e tomando conta do que pretende seu.

 

As emoções são como as lapas num rochedo, onde nem a força bruta de uma onda as consegue separar. 

 

As emoções são no final, a prisão, a transfiguração do que não queremos ser, a máscara que usamos sem saber. 

 

Mas um dia a máscara cai, faz-se luz, e aí sentimos a raiva, o desespero, o tempo perdido. 

 

Felizes os rochedos, os troncos de qualquer árvore, os desprovidos de memória, porque na sua frieza, ao serem  beijados pelo sol, não sentirão emoções 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:35