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minha "casa"...

Sábado, 10.05.14

 

 

 

minha casa não tem portas,

não tem janelas, não tem grades...

 

minha casa é tal e qual um coreto

onde tocam as bandas de música,

onde se vêm as pessoas, olhos nos olhos,

sem segredos ou qualquer medo...

esta casa, sem janelas, sem grades,

é resistente, tal e qual um rochedo...

 

mas esta casa (como é possível??),

tem sentimentos... é um coração,

é um vai vem, sempre pulsando,

e vai aguentando

uma após outra, a desilusão,

mas sempre dá a mão, buscando outra mão...

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:55

minha casa...

Segunda-feira, 18.03.13

 

 


pedra sobre pedra

vou construindo a casa,

alicerçada no sonho,

no ar que respiro.

 

são quatro as paredes,

e o tecto, um universo de estrelas

iluminado pela lua cheia...

o leito, esse baloiça nas nuvens...



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publicado por Alexandrino Sousa às 21:02

Palácio de fantasia....

Domingo, 10.06.12

 

 

 

Era de fantasia,

de rendas, bordados,

espelhos, alegria,

motivos em cores pintados,

pela casa espalhados,

o palácio que se nos oferecia...

E naquele aconchego,

uma aura de magia,

aqui e além, um ruído no sossego,

mas nem uma mosca bulia

se teu corpo o meu pedia,

e o meu em êxtase se entregava...

Meu Amor, tão louca a madrugada...

Quão triste a partida...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 12:26

No sofá...

Quinta-feira, 17.11.11

Meu sofá é meu confidente,

onde me deito, reflicto,

ou então finjo-me de ausente...

 

E é tão boa a monotonia,

com TV ligada, imagem sem sentido,

mas com som bem alto, boa sintonia!

 

Acendo só mais um cigarro,

e com o fumo, faço círculos no ar,

imaginando viajar de carro.

 

Corre velozmente a imaginação,

atropelando os pensamento no asfalto,

e nada fica, nada, só eu e os círculos em decomposição.

 

Se eu pudesse, fumava dois cigarros,

juntos, chaminé em ebulição,

mil círculos em correria,

em cada círculo um coração,

corações de fantasia,

e ninguém saberia a razão,

porque só num, qual seria?

estaria meu coração...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:35

A Minha Casa

Segunda-feira, 08.02.10

 

 

http://lh4.ggpht.com/jose.varela.PT/RxzTwqBhumI/AAAAAAAAARI/WqT4Ya_CgjQ/casa_tipica.JPG

 

A minha casa tem algo de estranho...

Para onde quer que olhe, algo olha para mim...

Um azulejo, um grão de areia,

a tijoleira no chão, a telha no telhado,

a vidraça da porta ou da janela...

Todos me tocam na recordação,

todos me passaram pela mão...

E é com um prenuncio de emoção

que me deleito nesta cadeira,

onde o sol me faz companhia,

onde penso que um dia

fui grande, e que hoje já não seria...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 14:13

A Minha Casinha....

Terça-feira, 11.08.09

 

 

  

 

Lentamente fecho a porta e a saudade já bate em mim...

e é sempre assim... Sempre que te deixo...

És a minha alegre casinha, modesta concerteza,

mas que não troco por nenhum hotel de luxo...

E lá longe, a saudade bate novamente...

Conheço cada um dos teus cantos, dos teus segredos,

conheço cada palmo de chão, e do esforço na construção...

Se eu pudesse te levaria comigo em cada viagem,

te mostraria todos os encantos da paisagem,

serias uma casa rolante em aprendizagem... 

Tu és a minha alegre casinha, com varandas para a lua,

com vistas para esse longo céu de estrelas,

em teus braços me deixo adormecer, lentamente,

em teus braços sinto-me protegido...eternamente...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 17:59

O MEU REINO É DESTE MUNDO

Domingo, 13.01.08

 

 

Era uma vez um Rei, que vivía no seu elegante castelo, alí para as bandas do mar.

Esse Rei, cujo poder apenas se cingia ao seu castelo, tinha como hobbi admirar o que havia feito ou mandado fazer. E quanto mais admirava, mais vaidoso se tornava.

 

 

 

 

   

                    

  

Se estava frio ou a chover, deitava-se na sua poltrona, e olhava para o tecto do seu salão ( e como ele gostava de ver os "frescos" lá pintados).

Se fazía sol, ou a temperatura convidava a um passeio pelos seus famosos jardins, era vê-lo na espreguiçadeira, admirando as flores ou ouvindo o cantar dos pássaros (no início da primavera, gostava de ouvir as ondas do mar - parecía que íam chegar até sí).

 

 

 

 

Mas o nosso Rei não se sentía realizado...

Plantava árvores, para pouco tempo depois deitar abaixo, fazía canteiros com flores perfumadas mas que ao caír das pétalas, o desgostava, e logo as arrancava...

 

 

Que fazer para o Rei se sentir feliz?

 

 

Um dia por lá passou uma donzela, loura, terna, que se havía deixado levar pelas ondas do mar.

 

O nosso Rei, ao ver a beleza na donzela, logo esqueceu o seu palácio, o seu jardim, tudo o que havia plantado...aquela imagem tirou-o do sério.

Sería alguma sereia que havía dado á costa??

E se fosse apenas imaginação?? - beliscou-se...Não, é mesmo verdade

 

O Rei parecía louco...não sabía o que fazer...

 

 

E pergunta o narrador: "o que faría qualquer um de nós no lugar do Rei?"

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:06