IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
alucinações...
horas mortas na tarde cinzenta,
a chuva e o vento em sintonia,
como os amantes abraçados em qualquer esquina...
a sebe, de folha pintada de Outono,
balança ao sabor do vento
arrepiando a mente com imagens inventadas...
parece gente, ou espírito em forma de gente,
num vai-vem medonho,
pronunciado pela luz do candeeiro,
imaginado numa mente débil e perversa...
ligo o motor do carro,
faróis em "longo alcance",
e arranque sem olhar para nada...
no meu horizonte,
olhos que vêm, sem nada ver,
procuram a brisa da madrugada
e as imagens da primavera, para lá do monte...
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eram sonhos...
eram verdes, dourados os sonhos,
as fantasias a cada acordar do dia,
eram ondas de mar, aromas a maresia
em cada final de tarde...
eram verdes, dourados os sonhos,
eram fogo que ardia
como a descoberta do amor
num simples olhar tentador,
num sorriso maior...
eram verdes, dourados os sonhos,
até ao pôr do sol, até ao fim de tudo...
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histórias e fantasias...
eras miúdo como os botões de rosa a abrir,
sonhavas voar como as aves,
e o teu mundo era um barco de papel.
no teu mundo, tudo era possível,
como falar com as estrelas
ou andar sobre as águas do mar...
mas esse era o mundo da fantasia,
das histórias de contar,
dos finais felizes, como que por magia.
um dia o botão de rosa floriu,
e pétala a pétala foi caindo da floreira,
todos os sonhos se queimaram numa fogueira
feita de estrelas, de mar, e de teu rosto, que um dia sorriu...
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sonhos e fantasias...
foi na tarde de domingo
que lancei as palavras ao céu,
desse no que desse,
quem as apanhasse,
talvez adivinhasse
o que minha alma escreveu...
ou então, quem sabe soubesse
o destino das palavras,
a alma pura onde coubesse
cada verso, cada suplicio de saudade,
como testemunham cada tarde,
o dia, a noite, cada prece...
são as tardes de domingo
tardes de todos os dias,
de todas as estações,
tardes de sonhos e fantasias...
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aconteça o que acontecer...
aconteça o que acontecer,
serão meus olhos nos teus olhos,
meus lábios nos lábios teus,
minhas mãos segurando as tuas,
que te darão as respostas
que meu ser nunca te escondeu...
aconteça o que acontecer,
não haverá serra nem rio,
nem mar, nem sombra de arrepio,
medos, atropelos da razão...
o caminho, o traçou o destino
numa manhã de sol e frio...
aconteça o que acontecer,
haja o que houver,
mil manhãs irão nascer
num mundo de sonhos e querer...
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sonho e fantasia...
são tão breves os sonhos,
longos os invernos sem a manhã,
fugazes as tardes de verão
como a areia que nos foge da mão...
mas hoje brilham mil lâmpadas por aí,
mil sonhos de criança...
hoje ouço vozes, talvez a fantasia
em cada piscar de luz na noite fria.
riem-se meus pensamentos,
meus ideais de ontem, de sempre.
quisera eu ser fantasia de natal,
longas barbas, sorriso contagiante,
pudera eu ter renas que voam,
e de estrela em estrela cintilante,
abraçar os sonhos, os sonhos de ontem,
de hoje, de amanhã,
e num click, dar-lhes vida,
um sorriso, uma história, ou um "até já"...
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perfume dos sonhos...
em silêncio, respiram meus lençóis de linho...
eu, deixo-me levar pelo perfume dos sonhos,
pelo encanto, pela fascinação das fantasias,
e adormeço embalado pelo brilho das estrelas,
pelo ritmo pausado, calmo, de cada ilusão...
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minha casa...
pedra sobre pedra
vou construindo a casa,
alicerçada no sonho,
no ar que respiro.
são quatro as paredes,
e o tecto, um universo de estrelas
iluminado pela lua cheia...
o leito, esse baloiça nas nuvens...
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desassossego...
é de sonhos o teu mundo
onde voam navios, carros e pessoas...
pegas minha mão, levas-me contigo,
e fazes-me entrar no teu mundo de sonhos,
onde brilham cores de azul, vermelho e amarelo.
em cima de um móvel de nobre castanho,
pequenos navios, carros, e bonecos,
tudo objectos de brincar.
nesse teu mundo, lindo, mas estranho,
fitas meus olhos e murmurando baixinho
dizes, fica comigo...até o mundo acabar...
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amor e fantasia...
preciso de teu calor,
desse sangue que te corre nas veias
e seca teus olhos, teus lábios,
como se um vulcão em chama.
abraço-te,
meus dedos, esguios dedos,
percorrem teu corpo
e se perdem nos enredos.
beijas-me,
incendeias meu corpo
com a lava rubra do amor,
e aos meus olhos, renasces em flor...
é suave o chão de areia
onde se devoram corpos insaciáveis,
e teus olhos ganham lágrimas,
e teus lábios ficam molhados,
e teu corpo no meu, imutáveis,
olhando o céu como rochedos no mar...
um dia, se Deus quiser, vamos voar...