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cantos do mar...

Sexta-feira, 13.09.19

junto ao mar.png

há um chamamento,

um convite, uma fixação,

sempre que por ti passo, mar...

e são tantas as vezes,

tantas, que seriam de perdição

se nos teu encantos me deixasse levar...

vejo as vestes negras

das mulheres contemplando o horizonte,

triste sina, triste dor

de quem perdeu, quem o mar levou...

não me chames, mar,

por mim espera, quem sempre me amou...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:02

breves momentos...

Quarta-feira, 11.09.19

barco.jpg

são tão breves os doce momentos,

que na ligeireza dos tempos

nem sentimos passar,

como correr no areal, saltar

as dunas, ver o mundo correr,

olhar o mar, o imenso mar...

embarcar dentro de um barco à vela,

casca de nós contra o vento,

sem medos de qualquer tormento,

e navegar, navegar...

solta-se a imaginação,

vislumbra-se  no olhar

um desejo na palma da mão.

já não há tempo para olhar o passado,

e pede-se bonança para a viagem

que o mar não tem fim, não tem a outra margem...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:13

segredos...

Quinta-feira, 27.12.18

olhando o mar.jpg

olhamos o mar talvez pela última vez..

antes, eu via o mar em teu olhos

e as ondas nos teus cabelos longos e soltos,

agora não... já não vejo cor, nem vida,

nem os aromas que inspirava-mos a todo o momento...

talvez seja sinal do tempo,

o tempo que um dia pensamos ser eterno,

quando paravam as horas,

o dia e a noite,

e nada mais havia senão o sentimento.

perdemo-nos qual erosão irreversível,

onde já nem as palavras doces conseguimos dizer,

pela troca de olhar a pouco e pouco insensível...

é tarde, e a brisa que antes nos unia,

nos afasta... até onde o destino quiser...

olhamos o mar talvez pela última vez...

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:44

o vento nada me diz...

Domingo, 06.11.16

vento nas ondas.jpg

 

agreste o vento que faz lá fora,

sob um céu azul

e de uma espera que demora...

olho o mar pela milésima vez

(e não me canso até ir embora)...

com o vento na crista da onda,

lembro,... se o ontem renascesse agora,

talvez não houvesse vento, e o mar,

o mar... talvez fosse um rio onde navegar...

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:00

azul do mar...

Segunda-feira, 15.08.16

 

azul.jpg

 

olhava o mar e sorria...

seus olhos se confundiam

com o azul do mar,

e quanto mais sorria,

mais apetecia

entrar nele,

barco à vela partindo

para lugar nenhum,

até o pôr do sol chegar ...

aí, o azul do seu olhar

seria só meu,

como presente

que não se pode partilhar...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:55

in(certeza)

Domingo, 25.10.15

 

 

é no silêncio que se esgotam as preces

as frases que não foram ditas

os olhares nas paredes vazias

 

de cada vez que fito o horizonte

não vejo céu, nem barco no mar

apenas a brisa me embala em seu manto...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:25

até o infinito...

Domingo, 02.08.15

sabe a domingo a manhã serena,

ainda que sem o sol de Agosto...

escrevo teu nome, colorido,

letra por letra, sob um fundo azul.

depois, desenho um barco e uma onda,

e assim navegamos ao infinito...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 11:17

manhãs de março...

Domingo, 15.03.15

 

virgem e ardente, o sol

nas manhãs de Março...

 

incautos, seguem em passos largos

os amantes, sós,

fingindo olhar o mar

ou com quem se cruzam na manhã.

 

sorrindo ou olhar distante,

ninguém diz nada,

apenas a respiração é ofegante,

como quando alguém faz amor

pouco antes do finalmente.

 

queria ser como tu, sol,

ardente e promíscuo

em todas as manhãs de Março,

em todos os dias, quando o pensamento

vagueia por águas profundas...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 17:03

teu olhar...

Sexta-feira, 07.11.14

 

 

de quantas cores é feito um sorriso,

um olhar meigo, atrevido,

de quantas cores se veste o paraíso?

fixo teu rosto, teu olhar,

e perco-me... ou já não sei contar...

teus olhos, têm as cores vivas do mar...

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:40

28 ºC....

Sábado, 25.10.14

quanto desassossego nas horas mortas,

no ar que respiro e me sufoca.

este tempo, já não é o meu tempo

nem das cigarras que deixaram de cantar...

 

devoro mais um cigarro

que queima tanto como o tempo que faz,

e nem o fumo que um dia ambos sugamos

me liberta a memória de tanto sonhar...

 

talvez o tempo tenha mudado...

talvez seja eu no tempo parado...

 

quem sabe, a areia da praia,

o suave beijo do mar

me faça renascer...acordado...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:49