IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
segredos...
olhamos o mar talvez pela última vez..
antes, eu via o mar em teu olhos
e as ondas nos teus cabelos longos e soltos,
agora não... já não vejo cor, nem vida,
nem os aromas que inspirava-mos a todo o momento...
talvez seja sinal do tempo,
o tempo que um dia pensamos ser eterno,
quando paravam as horas,
o dia e a noite,
e nada mais havia senão o sentimento.
perdemo-nos qual erosão irreversível,
onde já nem as palavras doces conseguimos dizer,
pela troca de olhar a pouco e pouco insensível...
é tarde, e a brisa que antes nos unia,
nos afasta... até onde o destino quiser...
olhamos o mar talvez pela última vez...
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meu mundo...
quanto encanto este mundo que me rodeia,
com cheiro a mar, cheiro a algas na areia molhada,
e cheiro a gente que apressadamente se passeia...
outros correm, olhando em frente, corpos suados
como fugindo do nada...
do meu canto, batido pelo mar e pelos pensamentos
vejo tudo em frenesim, sem contratempos
porque o "fim do mundo" é já ali, qual meta de chegada
até um novo dia chegar.
do meu canto, curto reinado até a maré me expulsar,
finjo nada ver, nada comentar,
apenas observo, sorrio e não digo nada...
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como as ondas...
cada onda do mar
é como o início de um livro,
página em branco
que o autor vai amarrotar.
ao esbater-se no areal,
ao rebentar na rocha,
toda a força bruta da onda morre ali,
gota por gota, sem vestígios, sem sinal,
até um novo renascer...
assim será uma nova página
de um livro novo que há-de nascer,
palavras com vida, que fazem sonhar,
sempre que o pensamento quiser...
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ondas de verão...
belas as manhãs de sol e mar,
de brisa, corpos morenos e ruídos,
ruídos de quem não tem o amanhã,
mas vive, devora cada momento,
como só as crianças, e as ondas no areal...
deixo-me embalar, e parto com os sonhos
na crista de cada onda,
até onde me leve o acordar...
como um barco que parte até se esconder no horizonte,
assim é meu desejo, vontade indelével
de não mais voltar...
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tanto mar...
lá fora já clareou o dia,
e hoje, até brilha o sol...
ouvem-se vozes de alegria
das pessoas que na rua
fazem compras, ou cochicham
da miúda que passa...
dizem que vai nua...
indiferentes, os pássaros no ar,
as rolas, as pegas, passarada em geral,
e é tanto o chilrear
que nem me lembro onde moro,
e este meu canto é à beira mar...
elevo meus olhos ao céu,
ao azul, antes do cinzento que há-de vir,
e esquecendo-me de mim, começo a sorrir,
tanto mar pela frente...um mundo que é só meu...
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Manhã de Agosto...
perdem-se teus passos sobre a areia,
areia quente da manhã de Agosto,
que solenemente se deixam poisar,
como se teu suave caminhar,
fosse o deslizar de corpo de sereia
sobre a areia banhada pelo mar...
e sobre esses passos, faço minha viagem,
com sonhos, mar, todo este horizonte
que preenche meu olhar, minhas fantasias...
como teu corpo ondulando, qual miragem,
se desvanecendo na manhã de nevoeiro,
quando dele preciso, o desejo por inteiro...
amor de inverno, amor de verão,
amor de sempre, talvez de outra vida,
amor renascido, quando a esperança era perdida,
amor em total sintonia, refrão da mesma canção...
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Tardes de Verão...
E na tarde de sol e praia
onde a multidão é grão de areia,
talvez me perdesse,
talvez até o mar me levasse,
sem que eu te reconhecesse...
E seria tão triste o fim,
gaivotas chorando por mim,
sem que ninguém se apercebesse...
Oh tardes de verão e solidão,
oh tardes quentes, sem fim,
que seja breve o vosso reinado,
que seja longo o vosso finado,
e que outras ondas acalmem a paixão...
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Tardes de Imaginação...
Lentamente se põem o sol
na tarde calma de mais um dia,
sem nuvens no além, sem vento,
sem pressas nos ponteiros do tempo,
mas onde a saudade sorria
e o coração em silêncio sofria...
As longas tardes de verão
são fascínio, viagem da imaginação,
são convites ditados pelo prazer,
sorvendo um gelado, ou bebida qualquer,
são retiros, livros para ler,
contemplação de corpo de mulher...
Lentamente se põem o sol
na tarde calma de mais um dia,
e no rosto, sente-se a brisa, fria,
chamando a noite, chamando a lua,
e passeiam namorados pela rua,
trocando carícias, mimos de alegria...
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Nesta Tarde de Domingo...
Foi nesta tarde de Domingo
que, num raio de sol, provaste meus lábios...
Foi nesta tarde de Domingo
que, na brisa da praia, afagaste meu rosto...
E foi nesta tarde, que perdido por entre a multidão,
senti teu cheiro, teu perfume,
porque tu eras o centro do mundo,
e eu, um barco à vela, ancorado, aguardando vento norte...
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O Pôr do Sol na Minha Terra
Não me levem a mal, mas quis provocar-lhes um pouquinho de inveja, com estas fotos retiradas hoje mais ou menos pelas 21 horas aqui mesmo numa praia de Gaia, (o mar até parece um rio....). A sequência é mesmo esta, com o sol a pôr-se num espaço de tempo de 20 min. Digam-lá, isto não é um paraíso??