IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
no silêncio...
estão caladas as árvores
e a relva e todo o mundo em redor.
não adianta fazer de conta,
nem esperar que o pássaro cante na gaiola.
este silêncio, é o meu mundo
onde o silêncio é dono e senhor...
sabes, talvez seja sinal dos tempos,
deste inverno cinzento que pesa
e nos arrasta pelas ruas,
ou da voz que se perdeu,
que se acanha nos momentos,
ou apenas seja um sinal,
sinal de que tudo o vento levou
por entre a abertura dos dedos...
imploro por ti, primavera,
pelo céu azul e brisa fresca no rosto,
pelos cheiros, pelos verdes prados,
pela ilusão de uma nova era,
por um beijo ardente (uma quimera),
até lá, talvez hiberne...
sabes, não adianta fazer de conta...
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vazio...
inquieta-me o silêncio,
o nascer e o findar do dia,
o azul provocador do mar...
intocáveis, atravessam-nos a alma,
arrepiam-nos, fazem-nos sentir
janelas sem vidros,
livros abertos, sem segredos,
sem inicio nem fim...
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cores do silêncio
pintei de branco as paredes de meu corpo,
como se fossem de pedra, rude, dura,
pintei de negro todas as divisões de minha alma,
onde não entra luz, nem sonho, nem ternura.
quem olhar, nem vai notar...
tão fácil enganar, quem vê sem olhos de ver...
tão difícil enganar, quem ousar escutar
o silêncio, as paredes frias de meu ser...
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no silêncio...
inquietante o silêncio das coisas,
das pedras do caminho,
das árvores que me rodeiam...
finjo não ouvir...
o silêncio por vezes diz coisas
que matam como facas afiadas,
ou tão difíceis de entender...
quem quer contar até três,
olhar o céu, admirar as estrelas,
sorrir, sim, sorrir
e aos pinotes pensar que voa?
tonto, irreverente, inconsequente...
lá fora mora a noite, escura como breu,
e no céu... não há estrelas no céu...
apenas o luto por quem está ausente...
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outros sons...
aos meus ouvidos, no silêncio,
soam frases intemporais,
versos que rasgam os sentimentos
e lhes retiram das entranhas
tudo o que de belo canta o amor
felizes os "tocados" pelo dom,
que sendo grandes, sofrem na dor,
carregando dentro de si
um bater mais forte do coração...
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outras vozes...
a pouco e pouco, construí degraus,
escada para me levar ao fim do mundo...
e fui subindo, subindo, até encontrar o silêncio,
a voz que me fala em tom profundo
que só minha alma sabe entender....
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sons do silêncio....
falas para mim na neblina do amanhecer,
na chuva que cai na manhã de verão,
falas para mim, mas eu não vou ouvir,
tudo se vai apagar apenas com um raio de sol.
queria te ouvir, como ouço o silêncio
e todas as palavras que invento,
queria te ouvir como a brisa que passa,
ou o singelo voar da libelinha...
fecho o livro das imagens e das palavras,
dos sonhos (ai os sonhos..) e dos sorrisos,
das lembranças e da esperança
que do pensamento sumiu, e jamais alcança....
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apenas eu... e o silêncio...
remete-se ao silêncio,
ouvindo o silêncio,
os sons da alma...
tão claro o silêncio,
tão visível,
tão transparente...
mede cada palavra,
cada sílaba,
e sente o que sempre sentiu...
o silêncio não mente.
olhos nos olhos,
o silêncio entre os lábios
e o sentir do bater do coração...
a alma lê... a alma sente....
tão claro o silêncio,
tão visível,
tão transparente...
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no silêncio...
em vão troco as voltas ao pensamento,
ao diluir das palavras já gastas,
como se as histórias não se perdessem no tempo
e ficassem só os títulos, amarrotados nas pastas...
num ápice, um turbilhão de momentos,
os olhares que liam a alma, os beijos que nos uniam
num só corpo, e que de tanto amor sedentos,
tudo parava, como os anjos previram e queriam
faz tanto vento lá fora nesta manhã de sol e cor,
e tudo aqui é silêncio... veste-se de luto o meu amor...
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triste o silêncio..
quão triste o silêncio
e o bater frouxo do coração,
quão triste a recordação
e todas as lembranças,
que o silêncio não consegue esconder...
e cada texto meu,
cada verso, seria uma canção,
música sem refrão,
soletrado pelos lábios teus
ao encontro dos lábios meus...
ai amor dos meus sonhos,
encanto de todos os encantos,
quão triste e tantos os prantos
que o silêncio não consegue conter,
viva eu na esperança de nunca te perder...
deixa-me dizer-te baixinho
por entre teu colo, em segredo,
palavras banhadas em lágrimas pelo medo,
de que para sempre vou te amar,
eterna angústia de tanto, tanto te amar...