IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
fingimento...
amanhã é o primeiro dia
de todos os que vou fingir não te olhar...
mesmo pegando tua mão
que ao leve toque me arrepia,
mesmo sentindo tua voz
que no silêncio da alma fala, sussurra,
eu não paro de te escutar...
mesmo sabendo-te despida de vida, fria,
amanhã é o primeiro dia,
de todos os que vou fingir não te olhar...
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foi tão pouco...
hoje sei que não te dei tudo,
e tudo o que tinha era tão pouco...
levava-te as palavras e os sonhos,
e tu acreditavas,
e ao contar-te, também eu acreditava
como acreditava que não havia noite,
mas madrugadas sem fim.
também acreditava quando me dizias
que o fim da rua era o paraíso,
e não apenas o virar da esquina...
acreditava-mos num mundo só nosso...
sabes, hoje sei no que acredito,
nos olhares que por mim passam e nada me dizem,
nas pedras da calçada
onde tropeço a cada instante,
nas longas noites entre quatro paredes...
e por acreditar, já não há sonhos, nem palavras...
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perfil...
ontem éramos tantos,
de tantas as brincadeiras,
os amuos,
os dias sem horas
e tantas as horas sem beiras...
tínhamos o poder da multiplicação
e a arma de tudo acabar,
e ficarmos só nós,
nós e a solidão...
mas tu sabes,
pelo brilho de teu olhar
todas as portas se abriam,
e tudo ganhava vida
onde a morte já reinava
em mortalha no leito estendida.
é assim que ainda te vejo,
com o brilho no olhar,
mas distante, no tempo perdida,
com a lua por companhia...
só tu e a sombra de ti,
por trilhos sem norte, sem um abraço ao chegar...
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na noite...
hoje não há estrelas no céu,
nem canto da lua,
nem um abraço teu...
vou fingir que não nasceu o dia,
que a noite se esqueceu
de me despertar, e só, tão só,
adormecerei num casulo só meu...
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Na Noite
chegaste cedo, noite...
vês, ainda estou só, tão só...
e até a lua se escondeu nas nuvens,
apenas esvoaçam as corujas,
e os morcegos por entre a vegetação...
tão triste a noite sem tua melodia,
tua voz em forma de canção,
tua presença, tua alegria...
chegaste cedo, noite,
e eu não tenho onde pernoite...
e kuão frio é teu manto noite...
preciso descansar, dormir
nas asas dos anjos, voar
até onde o sonho me deixe subir,
onde o Amor vá encontrar...
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Não, à solidão...
e na solidão, sou tão pequenino neste todo que é o universo,
mas fico gigante quando te lembras de mim...
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Tardes de Verão...
E na tarde de sol e praia
onde a multidão é grão de areia,
talvez me perdesse,
talvez até o mar me levasse,
sem que eu te reconhecesse...
E seria tão triste o fim,
gaivotas chorando por mim,
sem que ninguém se apercebesse...
Oh tardes de verão e solidão,
oh tardes quentes, sem fim,
que seja breve o vosso reinado,
que seja longo o vosso finado,
e que outras ondas acalmem a paixão...
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Na Noite, te Procuro...
Escrevo cada palavra em teu coração
salgadas pelas lágrimas que não caíram em vão...
Palavras adornadas de amor,
coloridas e perfumadas, como uma flor...
Procurei lenço de seda em tua mão,
ombro amigo, olhar de abrigo...
Procurei-te até a exaustão...
Mas sinto-te aqui, bem perto de mim,
qual corrente de ar que vem da vidraça,
qual espada afiada que me trespassa...
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Banco de Jardim
http://aminus3.s3.amazonaws.com/.jpg
Um banco de jardim é meu poiso,
onde adormeço, onde sonho,
onde descansam as gaivotas...
Aqui analiso quem passa,
os velhos que por ali deambulam,
as mulheres em pose de engate...
Tudo daqui se vê, se pressente,
quem diz verdade...quem na verdade, mente...
Os bancos de jardim sabem coisas,
segredos contados na primeira pessoa,
companheiros inseparáveis na solidão...
E há um velho que triste passa,
olha-me, e a medo pergunta:
Dás-me lume?
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À Noite...
http://vidainsolita.files.wordpress.com/2009/05/vazio2-thumb1.jpg
Dizem que a noite é boa companheira,
que em verdes prados transforma os pesadelos...
Dizem também, que à noite surge o amor,
surgem Deusas sequiosas pelo prazer...
Dizem...
Mas à noite, surge nas paredes a escuridão,
no silêncio da cama fria, a solidão,
e tua voz que um dia me encantou,
nem na noite grita, ou soletra quem amou...