IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
o vento nada me diz...
agreste o vento que faz lá fora,
sob um céu azul
e de uma espera que demora...
olho o mar pela milésima vez
(e não me canso até ir embora)...
com o vento na crista da onda,
lembro,... se o ontem renascesse agora,
talvez não houvesse vento, e o mar,
o mar... talvez fosse um rio onde navegar...
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na noite...
não sei onde nasce a noite
nem o vento
nem a chuva que forte cai
mas deve vir de outro mundo
sem gente,
sem céu, sem lua.
a noite que parou na minha rua,
mete medo
às gentes, aos animais
que ninguém vê
porque se esconderam, em segredo...
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faz vento lá fora...
cada árvore embalada pelo vento
é como uma história, um livro,
folhas inacabadas,
no dia a dia revisitadas
procurando um fim no tempo...
de nada adianta suplicar:
"vento, pára, tem dó,
tão frágil o ser, tão carente,
como um ser humano ausente,
perdido, sem porto onde ancorar..."
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no silêncio...
em vão troco as voltas ao pensamento,
ao diluir das palavras já gastas,
como se as histórias não se perdessem no tempo
e ficassem só os títulos, amarrotados nas pastas...
num ápice, um turbilhão de momentos,
os olhares que liam a alma, os beijos que nos uniam
num só corpo, e que de tanto amor sedentos,
tudo parava, como os anjos previram e queriam
faz tanto vento lá fora nesta manhã de sol e cor,
e tudo aqui é silêncio... veste-se de luto o meu amor...
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barco á deriva...
meu barco anda á deriva
num rio sem ondas,
sem margens que o acolha...
meu barco parece uma folha
numa rua deserta e sem saída,
e como a folha seca,
vai sendo levado pelo vento,
pelas chuvas de Outono.
triste fim, triste abandono...
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num papagaio de papel...
esbati tua imagem, colorida,
sobre folha de papel de ceda.
dessa folha, imaginei um papagaio,
sem asas, voando no céu,
ao sabor do vento e da minha imaginação..
dei-te corda, vida, liberdade,
e tu voaste cada vez mais alto,
longe de meu olhar, da minha razão,
procurando outros ventos
outros passatempos, noutra estação.
ficaram tristes meus olhos,
e a parede, que sonhava com tua imagem...
alegraram-se os anjos e o sol,
por te terem ali, e não, não era miragem,
eras mais uma estrela na noite, em viagem...
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verdes são as folhas...
são verdes os teus beijos,
verdes como as maçãs de Agosto,
verdes como as folhas na primavera...
e de tão verdes, têm a frescura
do orvalho de cada fim de tarde,
a juventude que mora em teu rosto.
e por isso Amor, como roubar beijo teu,
se ao tocar os lábios meus,
o verde esperança de teus lábios
se transformaria em cores de Outono,
amarelo, laranja, vermelho e dourado,
e voaria ao sabor dos ventos?..
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segredos do vento...
abro minha mão ao vento
e sinto-o passar por cada dedo,
como se me contasse segredo,
de algo que ouviu no tempo.
mas tu vento, és traiçoeiro,
sem origem certa, sem timoneiro,
qual amante a tempo inteiro,
qual dádiva de amor por dinheiro...
Fecho os olhos, ouço o coração,
melodias de olhares, de toques das mãos,
de palavras doces em refrão,
que todas juntas, formam uma canção...
vai vento, não me levarás em tentação....
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melodias de outono...
melancolicamente
ouve-se a melodia
que o vento trazia
de teu coração...
fala de saudade,
de paixão,
de desejo
que no corpo arde
pedindo um beijo.
fecho meus olhos
e no meu pensamento
a todo o momento
a tua imagem,
o teu olhar
que já não é miragem
mas apenas o altar
de meus sonhos em viagem,
ansiando por te amar...
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BOM DIA...
levas-me vento, empurras-me,
mas saberás onde eu quero ir?
E levas-me deste sol que me afaga,
desta luz divina e transparente?
não, não entenderias este sentir,
e tão perto está, quem nunca está ausente...