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NO MEU ESPELHO

Quinta-feira, 09.07.09

               

           https://1.bp.blogspot.com/_KAIU7fTXm3U/SV5g0moMnkI/AAAAAAAAAdg/C6wFSfceppE/s400/espelho.jpg

 

 

em cada manhã, em cada novo dia,

em cada imagem retratada no espelho,

um resfriar interior, um pingo de agonia,

uma ruga atrás de outra, acto de magia

num corpo que não quer ficar velho...

 

e acto continuo olho para  o passado,

fotos com um sorriso transcendente...

e eu rio, ainda que inconformado

que este no espelho sou eu, transformado

num ser maior, mais calmo, diferente...

 

Oh santa ignorância, cegueira maior,

olhos que não vêm, coração não sente,

e o que o espelho "vê", "vê" sem dor,

sem coração, sem sofrer, sem amor,

assim vissem meus olhos quem me mente...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:07


10 comentários

De sonhardenovo a 10.07.2009 às 15:36

Olá Alex... O poema, como sempre, e para não variar, está lindo...
Então as rugas começam a aparecer, e os cabelos brancos e todos esses afins, que se vão adquirindo com a idade? Pois é algo inevitável não é... Os anos passam, a vida passa, e acho que seria uma seca se não fossemos mudando, faz parte...
Ontem estive a ver fotos da minha família, estive a pôr algumas de parte que é para levar comigo quando fôr para a Universidade... Mas é engraçado olhar para elas, ver o que fomos e o que agora somos...
Os teus olhos não vêem quem te mente? Ou vêem mas não querem ver?...
Beijinhos Alex... ;)

De Alexandrino Sousa a 10.07.2009 às 19:35


Olá Sandra,
Eu sei que tens razão, mas que queres??? lembras-te da história: espelho meu, espelho meu....pois eu também não queria mudar muito, mas enfim....
Quanto aos meus olhos, é exactamente o que disse, se fosse como o espelho que vê sem dor, sem amor, etc, assim vissem meus olhos quem me mente (eu não sofreria ao ver....)

Beijinhos Amiga (e já há noticias do emprego??)
Alex

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