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Falando de Oliveiras...

Sábado, 18.10.08

 

             

                                        (da Net)

 

Hoje de tarde vou plantar uma Oliveira.

Penso que há mais de 10 anos que ando com esta ideia, mas de ano para ano vou sempre adiando, no entanto este ano um familiar quis presentear-me com essa árvore.

E porquê uma oliveira?? Acho que tem a ver com a religião que professo, e desde miúdo ter  ouvido falar muito desta árvore (monte das oliveiras, o ramo de oliveira e alecrim no Domingo de Ramos, a pomba com ramo de oliveira), etc. Será por ser uma árvore associada á Paz? Não sei...

Á anos atrás, todos os meses de Agosto ía passar um fim de semana para Palheiros a caminho de Bragança. Vizinhos meus tinham a amabilidade de nos convidarem para irmos até lá ás festas da aldeia. Sim, era um fim de semana diferente, num ambiente diferente, e lá havia muitas oliveiras que eles tratavam e donde colhiam azeitonas.

A caminho de minha casa também temos uma rotunda com aquelas árvores, e que se chama praceta das Oliveiras.

Mas há uma razão também importante para querer muita uma Oliveira, e que tem a ver em ser uma árvore de folha persistente, logo não me vai dar muito trabalho em mais limpezas no jardim.

Esperemos que cresça bem...

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publicado por Alexandrino Sousa às 14:56

Para lá dos 55

Quinta-feira, 16.10.08

 

Corre na empresa o boato, que eventualmente se abrirão inscrições no final do ano para as pessoas que pretendam ir embora, claro que com um valor pecuniário a chegar a acordo com a empresa.

 

Ninguém no seu juízo acredita nisto, até porque as pessoas que pertencem ao quadro, já têm mais de 50 anos, e pelo que se ouve seria uma razia. Quer dizer, se levam dinheiro, será sempre valor reduzido, porque não terá a ver com os anos de casa (por isso será de acordo mútuo). Se não levam dinheiro, poderão ir para fundo de desemprego, mas aí serão ainda muita novas, e no entretanto o prazo acaba.

 

Este texto vem a propósito da ansiedade que as pessoas têm para se irem embora da empresa, onde já trabalham á mais de 40 anos (começaram a trabalhar por volta dos 14 - 15 anos). A maioria delas já têm netos, e pretendiam ajudar os filhos acompanhando os seus descendentes.

40 anos a trabalhar é muito tempo, e acredito que em outros tempos seria bem mais difícil e duro o trabalho, pelo que seria bem justo que essas pessoas pudessem agora descansar e fazer o que bem querem.

O aumento da idade para reforma, tem lógica se pensarmos que deveremos contribuir mais anos para a segurança social, para assim a tornar sustentável, mas deveriam ser vistos estes casos, de pessoas que praticamente não tiveram juventude, e muitas delas nem terão tido uma infância feliz (quantas não terão ajudados os pais nas lides diárias, a ajudar nos campos??).

O país não tem recursos, mas se olharmos para os ex.gestores das grandes empresas, reparamos que auferem grande pensões, e ainda têm outras ocupações. Definitivamente este país será sempre um lugar onde habitam os Senhores (mais favorecidos) e os outros (os que nada têm, os eternos dependentes)

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:59

SE EU PUDESSE...

Quarta-feira, 15.10.08

 

                             (da Net)

Acredita,

se eu pudesse

te daria "Lâmpada de Aladino",

e, quando quisesses,

friccionavas com carinho,

e era só pedir...

O mágico iria conseguir

realizar teus sonhos...

Mas serias feliz ???

 

Se eu pudesse,

te faria feliz....

se o destino quisesse...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:38

LUA CHEIA

Terça-feira, 14.10.08

 

      

                           (da Net)

 

Sempre tive uma relação "afastada" com a Lua.

Lembro-me de ouvir dizer que só a Lua sabe dos segredos dos namorados, que tudo vê lá de cima.

Reconheço que fiz muitas juras de amor (que não cumpri, ou não cumpriram) em noites de luar, principalmente em noites de verão, mas não me lembro de fazer algo que a Lua visse e se envergonhasse (???).

No entanto a Lua cheia me inspira algum cuidado, algum receio...Não sei porquê.

Da minha varanda, vejo sombras das árvores reflectidas no relvado do jardim, e isso me apoquenta...Parecem fantasmas. Olho lá para cima, e as próprias manchas na lua, me sugerem tantas e tantas parvoíces, que tento mesmo desviar o olhar.

A Lua cheia e a escuridão da noite, são situações de que eu não gosto, mas que dentro da protecção de minha sala, gosto de admirar.

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:16

O TEMPO VOA

Terça-feira, 14.10.08

 

         

                                    (da Net)

Ainda há pouco tempo, fazia eu planos sobre como passar meus dias de férias (este ano não fui para lado nenhum), e isto foi em Julho..

Estamos em meados de Outubro, já cheira a Natal e assustamo-nos como o tempo passou.

Penso que se alterar meu ritmo de vida (se calhar passo muito tempo em casa) e assim, se meus dias se tornarem "mais longos", talvez os aproveite melhor. Lembro-me que quando ía até baixa do Porto, quase diariamente,  e só depois vinha para casa, não tinha a noção de os dias passarem tão rápido.

Por outro lado, sinto que a partir de determinada idade sentimos os anos "voarem", ou será que queríamos que eles parassem em determinado patamar?

Sinceramente, ainda me lembro de uma música que dizia mais ou menos assim "Óh tempo, volta para trás..). Será que conseguimos?, ou apenas são desejos que irão morrer connosco??

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:48

TER AMIGOS É.....

Segunda-feira, 13.10.08

 

Ter Amigos,

é sem dúvida ter alguém que me ouça,

que me compreenda,

que saiba como contornar meus momentos maus,

que me leve a beber um copo,

que me distraia,

que me convide para um passeio,

que me grite, quando eu não quiser ouvir,

que me alivie das noticias más,

que confie em mim,

que me visite no hospital,

que me visite na prisão,

que me levante...quando eu cair..

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:14

Domingo, 12.10.08

 

 

O que fazer?

A vida não me pertence

Tu não me pertences,

sinto-me só a deambular pelas ruas

escuras, de gentes, nuas,

e, desamparado,

entre paredes, acossado,

finjo não existir...

 

O mundo pode ruir,

em mil pedaços partir,

e mesmo na atmosfera

estarei só,

ninguém terá de mim dó

ou pena severa.

Qual leproso terminal,

aguardarei meu triste final.

 

Sinto-me só neste mundo,

e nas asas do vento

olho o horizonte e comento:

Porquê este castigo?

Sinto-me enjeitado, sem abrigo,

ferido de morte,

assumindo esta má sorte...

       

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:23

TARDE DE DOMINGO

Domingo, 12.10.08

 

 

Tarde cinzenta de luz e vida

tarde "morta", sem história,

Lá fora o silêncio sem memória,

tudo está quedo, qual folha jazida.

 

As aves se recolheram e ainda é dia,

e neste silêncio ameaçador,

caem gotas do céu trovejador,

esperamos a chuva já tardia...

 

Calor abrasador de  planície desarborizada

neste Outono doente, calor tardio,

junto ao mar rugento, bravio,

o sossego, a paz de uma esplanada.

 

Tarde cinzenta de luz e cor

tarde triste para esquecer,

Noite, vem, te entrego meu ser,

me faz acordar num Ser Maior.

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 15:53

Porque hoje é Domingo

Domingo, 12.10.08

                 

                                                   (da Net)

 

O Sol está meio encoberto,  e não tenho grande vontade de dar passeio até beira mar (e são só 10 min a pé).

Sentado aqui virado para o ecrã, leio noticias online, posts de amigos, etc, e ao mesmo tempo relembro outros Domingos já passados e que eram tão diferentes.

Ainda não vão muitos anos, e o hábito de me levantar cedo e assistir missa dominical das 7:30h ali na igreja paroquial era um ritual que não queria perder...A seguir, o pequeno almoço num pequeno café á beira mar, comprar o JN e ali ficar a ler durante quase 1 hora...Já éramos cliente habituais.

Também não tinha internet e não tinha o vício de a cada momento disponível ligar-me "ao mundo".

Hoje, tudo é diferente...Até o carro que gostava de ter sempre num "brinquinho", sofreu com este alterar de minha vida.

Parece que as coisas materiais já não me interessam, e dou valor ao intemporal, ao que não vejo, ao sagrado.

Desde miúdo que sempre tive uma relação de muita fé com o Além, acreditar que existe Alguém que interfere em nossas vidas, num Ser Justo e Verdadeiro. Lembro que teria 5-6 anos e acompanhava minha falecida Tia e meu falecido Avô (lado paterno) até igreja e tudo o que lá se fazia. Lembro também que quando fiz comunhão solene (teria 9 anos), e tive um "bom" no exame de catequese (fomos só 2: eu e um filho de uma catequista numa turma de +/- 20), a alegria que foi para esses meus familiares e claro para meus pais.

Hoje, apesar de não fazer o percurso para a Igreja, sinto que a minha fé se mantém inabalável e os meus momentos de introspecção me levam sempre ao mesmo caminho, em que eu acredito e que procurei que outros acreditassem.

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publicado por Alexandrino Sousa às 11:42

Falando de Coisas Sérias

Sexta-feira, 10.10.08

                                 

                                                           (da Net)

 

A empresa onde trabalho é grande, muito grande...

É tão grande que ao virar da esquina (na mercearia do Sr.Manuel) ou no hipermercado do Sr. Belmiro, ou em qualquer prateleira do pólo norte ao pólo sul, poderemos encontrar vestígios seus. E são estes vestígios que nos fazem felizes sempre que por eles passamos, e muitas das vezes os utilizamos.

No entanto, o pessoal mais antigo anda preocupado: "Isto nunca esteve assim, Ninguém põem ordem na casa, Cada um faz o que quer, Com isto assim, dou-lhe mais 10 anos de vida, Isto está bom é para os "grandes", etc, etc.."

Enfim, coisas que a maioria de nós já ouviu nos seus empregos, e que na maioria das vezes vêm de pessoas avessas a mudanças.

Mas falando sério, algo não vai bem, e num dos pontos só posso estar de acordo: a ausência de um líder forte, carismático, é por demais evidente, ainda mais quando estamos a falar de um grande grupo empresarial.

Há uns 10 anos, tudo era diferente, tudo parecia correr dentro de eixos de tal forma oleados, que nem se notava qualquer "ruído". Hoje os "ruídos" abafam o normal trabalhar... Será que se passa este tipo de  situações noutras grandes empresas?? Será que estes são sinais dos tempos incertos que atravessamos??

As administrações delegam os poderes nos seus directores, se afastam dos locais produtivos, tornam-se "ausentes,  desconhecidos"  em casa própria. Muitas das vezes, muitas das anomalias nem chegarão até eles (e teriam de chegar?). Mas o pessoal produtivo, que até "veste a camisola", gostaria de sentir a mão amiga do "patrão", a sua saudação diária, o seu agradecimento sempre que o esforço suplementar foi solicitado e não renegado.

Hoje em dia isso é impensável, mas a maioria vem dos tempos em que tal se praticava...Como mudar as mentes das pessoas? Como lhes fazer ver, que não passam de números que ao menor desaire serão substituídos??

Tempos de mudança estes que atravessamos...Tempos incertos que deixaremos como herança...

         

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publicado por Alexandrino Sousa às 23:33