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DESTINO FINAL

Terça-feira, 18.11.08

      

                                   (da Net)

 

Sigo a coluna de gente,

procissão em reza, temente,

e as ladainhas vão surgindo

em corrupio, lábios emergindo...

 

Lá no cimo, bem na horizontal,

sem oposição, consentimento ou sinal,

segue o que foi, e que não há-de vir,

peso morto, restos sem sentir.

 

E a coluna vai seguindo,

e passo a passo conseguindo

chegar ao altar mor,

destino final, onde não há dor...

 

E as ladainhas se ouvem no ar,

em uníssono, qual coro a  afinar,

ao lado, a terra que foi remexida,

fundo que se vê e nos causa ferida.

 

Fundo temporal que não sei se quero,

que me causa arrepios em desespero,

casa minha que não alugo ou comprei,

que dela fujo, e nela me desintegrarei...

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:49