IN OUT YOU

                              (da Net)

Nasceste....

Talvez contra a corrente,

ao mundo vieste...

Tentei abrir teus olhos, e bem no fundo,

sondar teus sonhos, teu querer,

na tua inocência me fazeres ver

o amanhã, algo profundo,

que eu não consigo prever...

Nada me dizes, e tento não forçar.

Teu rosto grave diz-me para parar...

fixo teu rosto...o momento é para pensar...

Como será o amanhã??

Entre vitórias e derrotas o que ficará??

São poucos os dias, muitas as incertezas,

mas tens "A" de "Alguém" em teu nome,

inicial de "nomes" com proezas,

Uma história agora a  começar,

longos dias mais tarde a recordar...

                                   (da Net)

Sigo a coluna de gente,

procissão em reza, temente,

e as ladainhas vão surgindo

em corrupio, lábios emergindo...

Lá no cimo, bem na horizontal,

sem oposição, consentimento ou sinal,

segue o que foi, e que não há-de vir,

peso morto, restos sem sentir.

E a coluna vai seguindo,

e passo a passo conseguindo

chegar ao altar mor,

destino final, onde não há dor...

E as ladainhas se ouvem no ar,

em uníssono, qual coro a  afinar,

ao lado, a terra que foi remexida,

fundo que se vê e nos causa ferida.

Fundo temporal que não sei se quero,

que me causa arrepios em desespero,

casa minha que não alugo ou comprei,

que dela fujo, e nela me desintegrarei...

Recuso-me a prosseguir em frente,

este  é o meu tempo, no presente,

e minhas memórias ainda se ressentem

de ti, momentos de ontem,

momentos de sempre, agora ausente...

                                                          (da Net)            

Amanhã, logo de manhã

vou partir,

sem nada, quero fugir

deste pântano, qual rã

saltitando nas pedras perdidas...

E, ao partir,

as pedras do caminho irão sorrir

do meu triste fado,

daquilo que foi luz, sol, destino fadado,

e se tornou treva, mal amado...

Não deixarei saudade

ou amor maior,

Nem lágrimas de dor...

Apenas nos móveis as provas de amor,

e no espelho, os sulcos rudes da idade...

Gostaria de dizer que trabalho numa empresa onde aquilo que se produz, sai tudo bem, isto é, nunca se fazem reprocessamentos, escolhas, etc. Tudo se faz bem á primeira...Infelizmente não é bem assim...

Mas se olharmos para o lado (eu sei que não é bom exemplo), reparamos que também nossos fornecedores (matérias primas, serviços, etc), também se regem pelo mesmo pecado, produz-se, só que nem sempre sai nas melhores condições.

Lembrei-me deste assunto porque um destes dias visitei um fornecedor de serviços e pareceu-me que trabalhavam bem, tinham organização, método de trabalho, e vontade de melhorar mais. Para espanto meu, assim que o produto foi recepcionado, a qualidade deixou muito a desejar, o que prova que nem sempre aquilo que parece é.

Infelizmente esta não é a primeira empresa que assim age. Queremos muito vender (bens ou serviços), mas continuamos a descurar o que é mais importante: a qualidade do produto e se possível que o mesmo seja produzido bem logo á primeira.

                                                 (da Net)

Que degradante a imagem na televisão da ministra da educação no carro e os estudantes (quem??) a lançarem impropérios e ao que parece ovos ao carro da ministra. Que má educação é esta que não se tem respeito por ninguém (ainda que se discorde das ideias)?

Penso que aquele tipo de arruaça não partirá só dos mais jovens, mas também dos que nada fazem, de alguns professores (tenho a certeza), e se calhar também de alguém alheio á própria escola.

Quando fiz o secundário, também se fizeram plenários, muitas reivindicações, mas tínhamos respeito pelos professores, e o director era alguém soberano, que impunha respeito (outros tempos).

Hoje em dia não há respeito por ninguém...nem pelos professores, nem pelos pais, nem pela sociedade...Há uns anos falava-se da geração rasca... Não sei se é rasca, mas acredito que os alunos de muitas escolas públicas, serão maus exemplos no dia de amanhã...E que venha alguém com certezas do contrário...          

E tudo começou por ti,

Mágoas, lembranças,

sorrisos, esperanças,

desabafei aqui,

Umas vezes com jeito,

outras  a preceito,

mas precisava "falar",

em palavras te contar,

a vida, o dia a dia,

que apesar de tudo, prosseguia

calma, sem ilusões,

sem desbaratar o passado,

com novo rumo, traçado

no nada, adulterado

por vicissitudes e razões...

E tudo começou por ti,

e, olhando o passado que vivi,

me pergunto, me questiono,

se no desprezo ou abandono,

a razão prevaleceu,

ou o sentimento venceu...

Ainda te lembras do que foi ontem??

E do antes de ontem??

Do que foi há alguns anos,

tantas juras para as estrelas,

que de tantas, se quedaram,

no chão duro e frio... se quebraram...

Ainda te lembras do azul do céu,

e do ondular do mar a nossos pés?

das marcas deixadas na areia,

do sentir que eram momentos finais,

únicos, que não haveriam iguais,

qual álbum sem fotos, sem mais...

E as marcas da areia, gravaram no coração

sulcos graves, fundos,

que de tão grandes, viraram imundos

de dor, de chagas, de sangue,

de eterna saudade,

de um amor que morreu sufocado

E já lá vão 30 anos....

30 anos de entrega,

de dever cumprido,

horário após horário

sem tempo perdido,

uma imensidão

num olhar retrospectivo.

30 anos passados

nos meus 50 chegados,

30 anos de aventura,

alguns deles de loucura,

alguns deles de esperança,

muitos com indiferença..

E tantos são os anos passados,

que conto os que virão...

Uma, duas palmas das mãos,

menos os que não chegarão...

Neste ritmo, neste corrupio,

a vida deixa de ser um desafio...

 Se nós adivinhasse-mos o dia de amanhã ...

Todos nós fazemos planos para a vida, sozinhos ou com alguma cara metade, e nunca nos passa pela cabeça que esses planos poderão não se cumprir, que outros rumos poderão surgir em nossas vidas.

Casamos, nascem os filhos, e no entanto não morremos para a vida. Dentro de nós quantas das vezes o desejo de voltar ao passado, esquecer compromissos assumidos e ainda que de forma ilusória viver uma nova vida.

Ainda hoje soube de um caso idêntico (por sinal ex colega da empresa), isto é, alguém que casou mas que com o tempo ( 8 anos ??) verificou  que queria mudar de vida. A família dificilmente acabou por aceitar este desenlace, mas a sociedade (vizinhos, ex colegas), criticam e mil motivos arranjam para a separação.

Não temos nós o direito de procurar constantemente a felicidade, ainda que essa busca nos leve por caminhos difíceis, que estamos conscientes que muitas das vezes iremos bater em portas erradas??

A sociedade em zonas mais interiores ainda é muito severa para estes casos, e desgraçada da pessoa que começar a ser falada. Em tudo o que é canto será sempre uma pessoa apontada.

Temos mudado muito nos últimos anos, mas ainda encontramos muitas mentes perversas...