IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
Estrela no Céu
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Olho o céu, o firmamento,
e estás lá, brilhando,
tua luz cintilando
parece dizer algo
que não consigo "ler"...
(Talvez queiras dizer
o que não quero ouvir)...
Se és a minha estrela
e tens de me seguir,
implora aos céus,
se for preciso ao teu "deus"
para me dar "luz"...
E se eu for tua cruz,
tem dó de mim...
Mas se fores a estrela da sorte,
e a sorte vem a caminho,
segreda-me ao ouvido, baixinho,
não vá alguém ouvir....
Olha, a madrugada já aí vem,
e com ela vais partir...
Virás amanhã ou a seguir??
És a minha estrela no além,
que vou continuar a olhar
noite após noite, confiar,
apesar do teu cintilar...
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TARDE DE SOL
Fito os olhos no horizonte e tudo é perfeito...
O sol, o azul do céu, este imenso mar,
esta brisa amena que nos parece acariciar...
E eu quero sorrir para a vida,
como que agradecendo este respirar,
momentos únicos em tarde perdida...
Entrego-me ao calor do sol,
fecho os olhos e minha mente "voa"...
Os sonhos se atropelam no rol
de tantos e tantos por cumprir,
mas a hora é de fazer de conta, fingir...
O momento é de entrega total...
E as aves perto esvoaçando,
talvez no seu querer nidificar,
não me apoquentam com seu chilrear,
antes elevam meu embalar
nesta tarde de sol, tarde de primavera,
tarde de sonhos, de quimera...
São horas mortas, de sossego,
horas de paz, horas de enlevo,
que me fazem partir para o amanhã,
para mais um dia, e outro dia,
num ritual demasiado certo
quando a vida tem um porto incerto...
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Amor Ausente
http://sininhoinwonderland.blogs.sapo.pt/arquivo/040103-2.jpg
(texto de ficção)
Disseste -me Adeus,
e meus olhos te seguiram até te perder,
rasos de água, num surdo sofrer
te viram partir, para bem longe,
para nunca mais te ver...
E hoje, na lembrança,
o teu rosto de despedida,
rosto sereno, sem ponta de ferida,
contrário ao rosto meu
enrugado na pele sofrida...
Disseste-me Adeus,
e no meu silêncio disse até sempre...
Tu és Amor presente
em cada carta, em cada objecto teu...
Tu és o meu Amor ausente...
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ESTRADA FORA
http://pilgrimhearts.blogs.sapo.pt/arquivo/no%20escuro%20da%20estrada.jpg
(texto de ficção)
Parto estrada fora
sem nada do passado...
Tudo o que tinha (e o que não tinha),
nos resquícios da memória ficou fechado.
Histórias que vivi,
outras que inventei,
amores eternos que jurei,
para trás tudo deixei.
Parto estrada fora
sem remorsos, sem paixões,
na vida foram tantas as ocasiões
que ganhei, ou perdi na hora...
De tudo me livrei, me despi,
e assim sigo meu caminho.
Talvez tarde descobri
que o muito que vivi,
não foi bom, não foi mau,
apenas uma peregrinação,
na vida alguma emoção...
Mas para trás olhando,
fica a certeza da decisão...