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Marcas do Tempo

Quinta-feira, 05.03.09

 

 

Como o tempo "voa" e eu não o vejo passar,

mas vejo em mim, meu rosto, minha pele,

seus rastos, seu suave e lento marcar,

traços que a tinta não cobre e o tempo repele.

 

E eu pergunto ao espelho, à imagem de mim,

se do lado de cá, sou eu, cabisbaixo e rude,

pedaço de gente ambulante, aspecto ruim,

miragem do passado, "oleoduto" sem crude.

 

Como voa o tempo na minha morada...

E como o persigo na minha caminhada...

Tempo sem tempo para comigo ficar...

 

Tempo que na terra fria me vais cobrir,

em qualquer lado, no tempo que há-de vir,

na minha paz, um dia, não vou te ver passar....

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:16