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Conversas Intimas

Segunda-feira, 09.03.09

 

 

Sinto que estás triste, amargurado,

e teu palpitar, antes ritmado,

agora palpita sem parar.

És um coração apaixonado

que sempre amou, sofreu,

mas ainda não se acostumou,

não se habituou a deixar de amar...

 

Porque não procuras teu caminho??

porque não segues esse caminho,

de paz, de contemplação,

de amor sim, mas na razão

e não no sofrer, na humilhação...

 

Já amaste perdidamente,

e perdido te deixaram no mundo...

Caíste, foste bem fundo

num mar de lágrimas profundo,

e renasceste serenamente...

 

Tu és igual a mim...Um sofredor...

E na química do ser, somos um só,

fazes parte de mim, no meu interior...

E o dia que se tornar noite, e nós pó,

a libertação do amor será maior...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:26

A Rua Onde Eu Moro

Segunda-feira, 09.03.09

 

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A rua onde moro, é uma rua qualquer,

onde passam carros e tem gente a viver...

A rua onde moro não tem festa,

não tem marchas populares,

não tem coreto para uma banda tocar,

não tem rio para as lavadeiras desafiar,

não tem vida com o povo a cantar...

Na rua onde moro, não sei quem vive ou está a morrer...

A rua onde moro, é uma rua qualquer...

 

Que saudades da casa na aldeia,

onde da varanda, os acordes da banda ouvia,

e eu me imaginava ali, tocando também,

afinado com os músicos, passos em sintonia,

olhando para as pessoas em contida alegria...

E eu me sentia gente tocando para a plateia.

Que saudades da casa na aldeia...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:36