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Estranha forma de Vida

Terça-feira, 28.12.10

 

É manhã cedo, muito cedo,

quase ninguém por aí,

e quem vejo, não me vêm,

são seres mutantes,

tristonhos, caminhantes

perdidos nos seus sonhos...

 

Finjo ser um deles,

passada larga,

deambulando à solta,

costas derreadas,

mochila com a sopa entornada,

olhar enjoado para a vida...

 

Maldito o dia que o viu nascer,

maldita a sorte, por a morte o não querer

 

Não, não, deixem-me sair...

esse mundo tem o diabo a sorrir,

e os meus sonhos...os meus sonhos...

alguém os fará florir...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:16