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Nos meus Sonhos

Domingo, 29.05.11

 

 

Nos meus sonhos

verdes eram os prados

onde as flores falavam

e os animais cantavam.

 

Nos meus sonhos

os rios eram de papel

sem pontes

sem margens.

 

Nos meus sonhos

eu subia aos céus

buscando estrelas

que enfeitavam teu cabelo.

 

Nos meus sonhos

a vida era um sonho

onde quem entrasse

vivia eternamente.

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:04

As Andorinhas

Sexta-feira, 27.05.11

Um dia, ainda eu era criança

na minha mão vieste poisar

e prometeste sempre voltar

com a primavera da esperança

 

Mas a primavera está a acabar,

logo, logo será verão,

sem ti, será a desilusão,

de não valer a pena sonhar.

 

Andorinhas da minha rua

seres graciosos a esvoaçar

se preciso peço à lua

e à minha estrela do mar

para que vos faça voltar...

 

Andorinhas da minha rua

sem vós a primavera ficará nua...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:54

Apenas uma letra....

Quinta-feira, 26.05.11

 

 

Foi de tarde que te vi

e na tarde se fez dia

quando a saudade sofria

por não te ter aqui

 

mas minhas preces ao vento

minha tristeza sem fim

te trouxeram até mim

trocando as voltas do tempo

 

Nada digo do que sei

e o que sei é meu castigo

por te trazer sempre comigo

onde foi que pequei??

 

Olhos verdes são perdição

setas encantadas no pensamento

seu veneno, meu alimento

batida certa de meu coração 

 

Nada digo do que sei

e o que sei é meu castigo

por te trazer sempre comigo

onde foi que pequei??

 

Nada digo do que sei

e o que sei é meu castigo

por te trazer sempre comigo

onde foi que pequei??

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:38

Águas de Maio

Quarta-feira, 25.05.11

 

 

Cega-me este calor que me rodeia,

este fantasma que ninguém vê mas sente,

manta que nos cobre tão ardente,

que tudo queima para quem semeia.

 

E eu te chamo água da vida,

gotas que imploramos a cada momento,

e enamorada ou sem discernimento,

afastada andas, errante, perdida...

 

Repara, até as flores choram,

e as aves, vê, quanta loucura,

seu piar é um lamento de secura,

e até as grandes árvores imploram...

 

Deixa-me dizer-te, é uma promessa,

se na noite, nesta noite de inferno

desceres sobre mim, como se fora inverno,

virei dançar na rua, até que amanheça...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:01

Eu e a Lua

Terça-feira, 24.05.11

 

 

Quem na noite apagou a luz,

se interpôs entre mim e a Lua,

quem por ciúmes a tomou "sua"

pensando que a seduz?

 

Lua das mil e uma noites,

dos sonhos, das escapadelas,

dos encontros nas janelas,

dos raspanetes, dos açoites...

 

Fazes-me falta lua,

faz-me falta o tempo que passou,

das frases que, para ti, cada um jurou,

dos sentimentos perdidos na rua...

 

Olho o céu mais uma vez...

Negro, "figuras" em movimento,

augúrio de grande tormento,

e eu não te vejo Lua, outra vez...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:48

Como uma Flor

Segunda-feira, 23.05.11

 

 

Madrasta foi a mãe natureza

quando me viu nascer,

tolhendo-me a beleza do ser,

cerceando-me na infinita pureza.

E assim, crescemos desiguais,

belos e puros na alma, uns,

outros, esbeltos, fenomenais...

 

Tomara eu nascer de uma flor,

botão perfeito, ganhando cor,

companhia certa no amor,

última companhia na dor...

Ah se eu fosse como uma flor...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:05

Tarde de Domingo

Domingo, 22.05.11

 

 

Tarde de Domingo,

de sonho, de promessa,

de caminhadas pelo areal,

de encantos e fantasia,

de descobertas,

cumprindo o ritual...

 

Tarde de Domingo,

um olhar, um convite,

um desejo em ebulição,

um beijo com sofreguidão,

quem sabe, uma nota de amor,

um carinho com sol maior...

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:01

Meu Mar, meu refúgio

Quinta-feira, 19.05.11

 

É meu refúgio este mar que me rodeia,

ondas que me beijam em cada entardecer,

e eu, graciosamente as acaricio,

sentindo em minha pele o seu cio,

como se uma cena de amor fora acontecer...

 

Tontas... tontas e ao mesmo tempo belas,

me seduzindo,

me querendo levar em seus braços,

talvez sucumbindo

a ouvir sons de outros espaços...

 

Perigosa é a tentação

de que me afasto, sem te deixar meu mar,

berço de meus encantos,

dos amores e desamores...que foram tantos,

e onde todos os dias, ouso desabafar...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:27

Desabafo...

Quarta-feira, 18.05.11

 

 

Perdoa meus gestos, minha rispidez,

minha falta de jeito, alguma insensatez,

perdoa minha mão firme, por vezes rude,

raiva incontida nas palavras mal ditas...

Sempre me acompanhas, sem lamentos,

e mesmo nos meus maiores tormentos,

te manténs firme em cada letra desenhada...

 

Que seria de mim sem teu suave deslizar,

sem tuas marcas vincadas no papel?

De ti, caneta, fiz minha eterna companheira,

viajando ao peito, ou descansando à cabeceira.

Não me queiras mal neste mundo já cruel...

Que seria de mim sem ti e uma folha de papel?

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:10

Como na Primeira Vez...

Terça-feira, 17.05.11

 

 

Hoje, só hoje meu amor,

finge que é a nossa primeira vez,

que no mais intimo silêncio,

nossos beijos murmuravam,

enquanto nossas mãos falavam...

 

Hoje, só hoje meu amor,

não vamos falar de nós,

nem do tempo que já passou...

 

Hoje, deixa que nossos sentidos,

um querer maior que o querer,

um descobrir sem nada querer ver,

nos extasie, nos enlouqueça,

nos faça morrer, vivendo,

como na primeira vez...

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:13


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