IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
Férias
Que escrever neste fim de tarde, que mais parece fim do inferno?
Amanhã, por estas horas, já terei gasto 5h das minhas férias e o problema é que este ano não fiz planos, não fiz marcações antecipadas, não fiz nada...
Férias...férias que serão mesmo pausa na vida apressada de cada dia, e espero que com muita paz (de espírito, de ambiente)...
Para quem como eu que vai entrar de férias, que aproveitem ao máximo e façam por se divertirem. Aos que ficam a trabalhar, bom trabalho e vossa vez vai chegar (se é que ainda não chegou...)
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Horas Mortas...
São vadias as horas que não passam,
tardias as frases que não dizes,
e os momentos que no tempo entrelaçam,
se esgotam em olhares infelizes,
que na memória viva massacram...
Como são tristes os amantes errantes,
perdidos no emaranhado da sorte,
corpos ondulantes, cambaleantes,
aqui e ali batendo "truz, truz," à morte,
e esta responde com sorrisos...sonantes...
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Olhares...
Um dia vou passar por ti
em qualquer rua, em qualquer lugar
e sei que não te conheço
(mas que importa o conhecimento?)
e nesse dia, teu olhar no meu vai cruzar
e eu sei que esse será o momento
que o tempo criou no tempo
que fará os olhos cintilar
Aí, acredita no destino, na predestinação
porque o amor existe, se abrires teu coração..
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Só mais um cigarro...(2)
Rapidamente queimo mais um cigarro,
e mais outro, e outro que vou acender...
este fumo, este cheiro, faz-me esquecer,
faz-me perder no turbilhão dos pensamentos,
sonhar onde os sonhos já não existem,
amar onde os amantes desistem...
Apago o cigarro...rudemente o esmago...
Ah se assim pudesse apagar mil memórias,
contos de fadas, ou simples histórias,
rios de felicidade, outros tantos de agonia.
Desculpem...preciso acender mais um cigarro,
inalar o fumo como se vital para a vida,
ou um passaporte para um fim consentido....
Dás-me lume? Perdeu-se a chama da vida...
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Na Cantina
Olho para o prato da almoço
"é muito, menos por favor",
e com algum esforço
engulo, tento comer
o que não me dá prazer...
Entre duas garfadas,
vinho tinto a condizer,
e se bem não souber,
ou se branco não houver,
"por favor, há Rosé para beber?"
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Inquietação
Abro minhas mãos ao vento
como se novas viessem de ti,
mas o vento não tem tempo,
e ao passar por mim...ri...
Ao sol abro meu coração
esperando por teu amor,
mas não traz carta ou canção
que alivie minha dor...
À chuva que copiosamente cai
pergunto onde te abrigas,
mas nada diz, e na levada se esvai
todos os sonhos, rasgos de dor...sem feridas..
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Domingo com muito vento
Um Domingo como poucos, que na vida passamos sem história, sem uma lembrança para mais tarde recordar...
O Norte é assim, lindo pela natureza, ventoso para contraste com a beleza, e em dias assim, o melhor mesmo é deixar que o tempo prossiga seu caminho...
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Dança na chuva...
No ar, uma neblina forte
querendo, sonhando ser chuva.
Que vontade de sair de casa,
livre de trapos, nu, espírito aberto,
e levantando os braços ao céu,
agradecer esta bênção...
Ah, se não houvera vizinhos
ou carros na rua a passar,
e eu fazia, juro que fazia,
dança da chuva nos meus pátios...
Quem me dera ser índio,
pele vermelha ou o Tarzan,
num ambiente só meu, só meu...
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Lua Cheia...
Bela a lua cheia,
iluminada,
pelo sol presenteada
qual noiva no altar...
Seu noivo se derrete,
e contagia quem rodeia,
e até brincando premeia
os namorados escondidos
nos seus jogos proibidos...
Bela a lua cheia.
promissora.
na escuridão, senhora,
nos sonhos,
falsa e sedutora...
ai de quem dela se enamora...
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Silêncio de Ouro...
E se de repente se fizesse luz,
não de uma lâmpada qualquer
ou de uma fogueira mais além,
mas se se abrisse um raio de sol
como por magia na escuridão,
e no meio daquele clarão,
um Anjo, Alguém celestial,
uma mensagem, um sinal
músicas vindas do além
orquestra tocando, sem ninguém!
Nada se passa no meio de tanta Graça...
Lá fora, pétalas de flores dançando
na breve brisa da noite...
Será miragem, ou o cansaço da viagem?
Sinto meus olhos pesarem
mas é tanta a paz interior...