IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
o nosso fado...
Fado,
como eu gostaria de te cantar
num poema, ou prosa,
numa melodia, num cantarolar
embalado pelo sopro do coração...
E não sei fado,
qual seria o resultado,
se ao ler o que escrevi,
talvez chorasse lágrimas de dor,
talvez chorasse lágrimas de amor...
Fado sou eu e tu,
uma história ainda por contar,
uma letra por inventar,
numa melodia, onde o som das cordas
ressoasse pelo nosso silêncio...
Fado, é o destino
com que nos marcaram à nascença
qual varinha de condão...
E perdidos nos sentimentos
vagueamos no universo dos tormentos...
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Corrosão...
De que riem as trevas,
as sombras das árvores sonâmbulas,
os fantasmas que criei no meu ser??
De que mantas me cobriram,
que me afastam da vida,
dos sonhos que um dia inventei??
Sigo neste barco naufragado,
amparado por corpos mutilados, desnudados,
ansiando meu desterro eterno.
Desisto de tudo, suplico paixão,
que se abrevie o fim dos tempos,
o fim de tudo, e que renasça um novo dia...
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rasgos noturnos
Secam as bocas com palavras não ditas,
mas lidas sem conta no olhar que trocamos...
faltam respostas...
e no ar que sofregamente aspiramos,
nos deliciamos com o perfume trazido pelo vento...
mas tão volúvel...
Num cais inventado, soltam-se as velas nos barcos que partem,
choram os corações destruídos pelo silêncio,
num tempo sem tempo...
E assim, morre-se lentamente, precocemente
na tarde fria esquecida pelo pôr do sol,
porque o sol já não existe...
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Renascer
e por entre a geada que cobre o prado,
por entre o manto frio da manhã de inverno,
uma rosa se ergue de púrpura cor
como se amanhã fosse nascer a primavera...
vem, renasce das cinzas negras da fogueira extinta...
vem, num raio de sol limpido filtrado pela chuva...
vem, primavera dos meus sonhos,
desabrochar dos mais intimos sentidos...