IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
teu nome...
às vezes penso que não tens nome
ou se o tens, eu já esqueci,
porque já não me lembro de te chamar
ou sequer te enviar carta do correio...
leio mensagens tuas em meu coração,
todas as letras,
todas as estrelas que desenhaste,
e nenhuma tem as cores de tua mão.
ah se as palavras que inventas,
os momentos
que na penumbra sonhamos
não fossem mais o cabo das tormentas...
fecham meus olhos o silêncio das palavras.
não me queixo.
de que me serviria chamar teu nome
se a noite se fechou no mundo das trevas...
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sons na noite...
de que medos
são as vestes que te cobrem,
de que sinais
são os rumores que te ferem?
talvez seja apenas a brisa,
que na tarde fria e húmida
te traga sons de uma canção perdida,
com melodia de embalar.
deixa entrar,
e junto à lareira,
com manta a aconchegar,
façamos um hino à vida...
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fazes-me falta...
inquieta-me esta paz
que não é a minha.
preciso de luz,
preciso do brilho da primavera,
ouvir o chilrear da andorinha,
preciso viajar no espaço.
fazes-me falta,
como se desatassem o laço
que um dia o amor uniu.
lá fora, os telhados alinhados
choram de mansinho, num abraço
de saudade...
vagueia o espírito
pelo cinzento das nuvens de água,
onde brincam barcos de papel,
onde não há vento, nem ondas,
apenas resquícios de mágoa,
apenas desejos à flor da pele.
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o amor...
ainda que escondesses teu rosto,
ainda que lavasses teu cheiro,
certezas tenho que seria o primeiro
te descobrindo passeando por aí...
e quando chegas até mim,
quando o sol faz resplandecer tua cor,
de mil pétalas se abre esta flor
que é um coração respirando vida.
o amor, o amor, dor tão consentida,
cega, nos corações prisioneira
como chama viva na lareira.
abro meu coração para ti alma gémea,
onde também o amor arde em tormento...
espera, um dia vamos nos fundir no tempo...
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longa espera...
ardem-me os olhos
pela longa espera
que não verá a luz do dia...
contorce-se de desejos
este corpo que fizeste teu
qual estátua, ansiando teus beijos...
no espelho, o rosto que nunca sorria,
parece feliz nesta câmara lenta,
e de uma forma mais atenta,
vejo que respira alegria...
é tarde amor, já se deitou a cotovia,
a lua....e até o mar já não enrola na areia.
vou dormir, talvez sonhe contigo,
talvez chegue rápido a primavera...
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navegando....
no ar, um ruído,
uma ave a esvoaçar
no meu céu de silêncio...
talvez sedenta,
procurando poiso,
ou rio onde navegar...
brilha o sol
por entre o manto azul...
e eu rio para não chorar,
da paz que vive em mim
como a ave a esvoaçar...
sigo viagem,
sem outra margem
que não onde vou aportar...
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libertação...
como uma concha de onde nasceu um tesouro,
do tempo, esse movimento perdido entre a serra e o mar,
nasceu o encanto em forma de segredo,
o amor, relíquia guardada, adormecida,
que um dia os anjos ousaram acordar.
e foram tantos os momentos sem medo,
tantas as histórias de alegria e vida,
que mais um ano está a nascer, a crescer,
como se fora grande a vontade de viver,
como se o amanhã fosse meta já vencida...
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desassossego...
é de sonhos o teu mundo
onde voam navios, carros e pessoas...
pegas minha mão, levas-me contigo,
e fazes-me entrar no teu mundo de sonhos,
onde brilham cores de azul, vermelho e amarelo.
em cima de um móvel de nobre castanho,
pequenos navios, carros, e bonecos,
tudo objectos de brincar.
nesse teu mundo, lindo, mas estranho,
fitas meus olhos e murmurando baixinho
dizes, fica comigo...até o mundo acabar...
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amor e fantasia...
preciso de teu calor,
desse sangue que te corre nas veias
e seca teus olhos, teus lábios,
como se um vulcão em chama.
abraço-te,
meus dedos, esguios dedos,
percorrem teu corpo
e se perdem nos enredos.
beijas-me,
incendeias meu corpo
com a lava rubra do amor,
e aos meus olhos, renasces em flor...
é suave o chão de areia
onde se devoram corpos insaciáveis,
e teus olhos ganham lágrimas,
e teus lábios ficam molhados,
e teu corpo no meu, imutáveis,
olhando o céu como rochedos no mar...
um dia, se Deus quiser, vamos voar...
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Amar Assim...
riam-se as paredes dos gestos
daqueles encontros
que fortuitamente aconteciam.
e nesses encontros,
os rostos, os corpos padeciam
por mais e mais.
e de tanto amar, gemiam...
seiva, lágrimas, suor,
tudo era rubro em redor.
e no silêncio das quatro paredes
ouviam-se cantos de aves,
sinos replicando na igreja,
o vento silvando pelas janelas,
a ondulação do mar em dia de tempestade...
Amar assim, é um prazer feito leviandade...