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outono...

Domingo, 17.11.13

 

 

manhã de Outono,

fria e cinzenta,

sem chama,

sem história. atenta

a primavera da vida,

escutando os sinais

no pio dos pardais,

mensagens de quem ama...

 

as manhãs de Outono

não são sempre iguais...

quem ousa escutar o vento,

ler nos sinais do tempo

os desabafos da alma,

os gritos contidos de um corpo sedento?

 

sabes, ainda ouço o silêncio

das quatro paredes,

o murmúrio das vozes

por entre os lençóis,

o gemer dos corpos

no ímpeto do prazer a dois...

 

finjo tudo esquecer

na manhã fria de Outono.

tanto mar, tanto mar, tanto caminhar

pelas areias limpas, em que me abandono...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:54

ás vezes

Domingo, 17.11.13

 

 

 

ás vezes queria ser sol de inverno,

quente e tão breve...

ás vezes queria ser nevoeiro,

impenetrável e tão leve...

ás vezes faz-me falta o que já tenho

e nem lembro, ou tudo perdi

numa qualquer jogada,

altas horas da madrugada

em que fazias batota,

e eu nem assisti...




 

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:26

barco á deriva...

Domingo, 17.11.13

 

 

 

 

meu barco anda á deriva

num rio sem ondas,

sem margens que o acolha...

meu barco parece uma folha

numa rua deserta e sem saída,

e como a folha seca,

vai sendo levado pelo vento,

pelas chuvas de Outono.

triste fim, triste abandono...




 

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:03