IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
utopias...
não foi em vão
que na noite trilhei caminhos,
atravessei riachos,
e ouvi os sons do coração.
não foi em vão
que subi escarpas,
serras, derrubei muros,
e te estendi a mão.
não, não foi em vão
que despi os medos,
enfrentei oceanos,
e sem armaduras de aço, disse "não".
acredita..eu acredito... não foi em vão
o beijo que ganhamos,
o abraço que o frio selou para sempre,
e hoje sentimos, como singela recordação...
mas sabes, talvez fosse em vão,
se o "amanhã" fizesse parte do refrão...
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raízes... de vida!!
parecem iguais os dias de todos os dias
como iguais as histórias de vida...
mesmo ao lado, as árvores que crescem, crescem
e que nem demos conta... como cresceram
dizemos nós, quando olhamos em retrospectiva...
a nossos pés, as raízes que tudo tomaram,
que se alimentaram
e nós nem sentimos.. e elas ali, rebentando os caminhos...
parecem iguais os dias de todos os dias...
mesmo sentindo nas veias,
no mais profundo do ser
que as histórias de ontem são páginas viradas,
a cada novo dia, a cada novo respirar
como as raízes que crescem, crescem,
haverá sempre um capítulo a recordar,
ainda que o livro esteja inacabado...
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o tempo e os loucos...
quão levianos e soltos
os caminhos traçados,
meticulosamente
na mente gravados,
no sangue...
na vida....
quão levianos e loucos
os que se perderam,
os que se baralharam
em encruzilhadas
de mil saídas,
que não eram mais que mil entradas...
quão levianos e imprudentes
(e que também foram loucos),
os que se julgaram amantes...oh inocentes,
tudo perdestes...em encruzilhadas que eram d`outros...
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meu relógio...
horas tantas, e tanto o silêncio
nas tantas horas que o relógio tem...
compassadamente, gira, gira,
enjoa o espírito de tanto vai e vem...
e neste silêncio, mata a alma,
noite após noite, dia pós dia,
até que um dia, morra o relógio também...
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outras árvores...
sinto que nasci árvore de mil folhas,
sendo que cada folha seria uma história de amor...
algumas caíram ao crescer, sem dor,
outras se agigantaram,
e a pouco e pouco, sinto que me vergaram,
por não quererem voar,
ou até, simplesmente planar
na brisa que passava...
(amar, é seguir viagem em qualquer estrada...)
passados tantos anos
a árvore crescendo quase até o céu,
contam-se os ramos,
as folhas ainda verdes, sem danos,
e novos rebentos espreitando a vida...
(amar, é uma longa estrada, quantas vezes proibida..)
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minha "casa"...
minha casa não tem portas,
não tem janelas, não tem grades...
minha casa é tal e qual um coreto
onde tocam as bandas de música,
onde se vêm as pessoas, olhos nos olhos,
sem segredos ou qualquer medo...
esta casa, sem janelas, sem grades,
é resistente, tal e qual um rochedo...
mas esta casa (como é possível??),
tem sentimentos... é um coração,
é um vai vem, sempre pulsando,
e vai aguentando
uma após outra, a desilusão,
mas sempre dá a mão, buscando outra mão...
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outras pontes...
quanta sede em meus lábios,
nestes olhos queimados e tristes,
pelos teus, que na manhã seduzistes
e entre nós se fez ponte.
num corpo parado olhando o horizonte,
qual navio naufragado aguardando abate,
já não choram os olhos (é bom o disfarce),
mas morreram as palavras, os risos, ficou a dor...
enrolando na areia, vem o mar no seu esplendor,
e o que ontem foram dunas, espaços dos amantes,
tudo se perdeu, restam as memórias já sem graça.
fica a sede em meus lábios, no pensamento que passa,
até que chegue o dia, em que tudo era como dantes,
sem resquícios de sede, sem pontes entre nós...
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no silêncio...
em vão troco as voltas ao pensamento,
ao diluir das palavras já gastas,
como se as histórias não se perdessem no tempo
e ficassem só os títulos, amarrotados nas pastas...
num ápice, um turbilhão de momentos,
os olhares que liam a alma, os beijos que nos uniam
num só corpo, e que de tanto amor sedentos,
tudo parava, como os anjos previram e queriam
faz tanto vento lá fora nesta manhã de sol e cor,
e tudo aqui é silêncio... veste-se de luto o meu amor...
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escrevo para ti...
escrevo para ti,
com as palavras coloridas que invento...
Sabes, nunca fui bom pintor,
mas as palavras aqui desenhadas
ganham cor,
ou não fossem palavras de amor...
assim, amor
rima com flor,
e o pequeno ciúme
rima com perfume.
saudade...
essa só rima com verdade,
a verdade dos corações sinceros,
sem os espinhos das rosas
mesmo nas mais formosas.
escrevo para ti,
num dialecto que os olhos entendem,
que os lábios percebem,
e ao escrever-te, meu coração sorri...
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teu afago...
sinto teu toque em meu rosto,
teu afago nas manhãs de primavera,
no pôr do sol no verão.
em cada afago, um sopro no coração,
com palavras que só ele entende...
abro a janela para a vida,
preciso te sentir novamente
na brisa que tarda chegar...
talvez tenhas adormecido, ou te sintas perdida...
Amor, ainda é cedo, tanto tempo para amar...
e são estes gestos que se repetem,
gestos que não mentem,
como dois corpos se amando,
se fundindo no acto,
almas gémeas gemendo e vibrando...