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divagando...

Terça-feira, 28.10.14

faz-se tarde, amor,

e o tempo teima em correr

como se em busca de algo

ou fugindo do passado.

 

em vão semeio pontes,

caminhos, ou avenidas 

repletas de flores, 

onde te pudesse encontrar

num passeio primaveril...

 

não, agora lembro

que não gostas de flores,

e os passeios cansavam-te,

como se a cada passo

germinassem dores...

 

faz-se tarde, amor,

como tarde é passado

na noite que já chegou...

olho as estrelas, que já não brilham,

e pensando bem... talvez nunca seja tarde, amor...

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:59