IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
desassossego...
em desassossego,
seguem os ponteiros do relógio
numa contagem até o infinito,
apenas limitado pelo tempo de vida
ou pelo esquecimento no tempo...
ciclicamente, em desassossego
adormece a noite,
acorda o dia,
num compasso até o infinito,
apenas limitado pelo respirar da vida...
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no mundo dos afectos...
passamos na rua, indiferentes
ao que nos rodeia, por quem passa...
nada nos diz nada, estamos ausentes,
e nosso rosto é uma imagem sem graça
como estátua de pedra, fria...
lembranças de teu rosto, quando sorria,
de teus abraços, dos beijos com sabor a maçã,
do nascer e do pôr do sol, das manhãs de maresia.
olho novamente o mar, tanto e tanto mar...
e tanto, tanto para navegar...
amanhã, talvez sorria para quem passa... amanhã...
talvez, olhos nos olhos diga... bom dia...
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ainda é cedo...
são tantas as histórias,
as emoções
em cada novo amanhecer,
um e mais outro querer
em cada batida no peito...
ainda é cedo,
tão cedo no raiar da vida...
lá longe, os sonhos e a ilusão,
e o futuro é hoje...
a realidade? aqui, na palma da mão...
palavras, são palavras
soltas, ágeis, prenúncio de um nome
que minha mão desenha em letras,
umas vezes bem coloridas,
outras tantas, invisíveis, porque proibidas...
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nunca é tarde...
quiseram meus passos viajar no tempo,
entre as estradas sem fim
e as serras a caminho do céu...
perdi-me para te encontrar,
onde as lágrimas são o rio que passa,
e o ligeiro sorriso, o ar que ainda respiras.
levanta, entra no barco sem remos, sem vela,
qual caravela sem destino
à descoberta do mundo onde aportar.
levanta, faz-se tarde, tão tarde,
talvez demasiado tarde para recomeçar...
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na noite...
http://prosasdeoutono.blogspot.pt/2015/01/na-noite.html
estás só na noite, ouvindo o vento,
a chuva que forte bate na vidraça...
abres um livro, onde lês cada linha do desassossego
como se fosse o ar que respiras,
mesmo sabendo que são iras do medo.
os cigarros queimam-se a cada pensamento,
e a bebida à muito que secou...
sim, estás só na noite e no tempo,
e este conspira contra ti, segreda-me o vento...
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pássaro ferido...
escrevo, palavra por palavra,
no silêncio onde nos escutamos
e nos entendemos ...
soltamos as músicas,
as letras que bebemos
e ouvimos até as lágrimas caírem...
como pássaros feridos,
escolhemos o ramo mais alto,
a árvore mais frondosa,
até que o fogo da vida
nos faça voar novamente...
fecho os olhos mais uma vez,
ouço o cantar da alma ferida,
e vejo o filme da paixão nunca esquecida...
amanhã, quem sabe,
renascerá a luz, a esperança perdida...
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nunca é em vão...
não foi em vão que criei um céu só para mim,
uma constelação de estrelas,
um reino, onde o sol era a estrela maior,
e a lua, as quatro faces de um louco amor.
não foi em vão, que das águas paradas
criei um mar, ondas de vida,
inventei caravelas aos amantes perdidos,
insaciados, e no tempo esquecidos.
não foi em vão, que nos tumultos da paixão
abri mão dos sonhos... e fez-se luz na escuridão...
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novo Ano...
por uma palavra, um sorriso,
por uma história de vida, a eternidade...
ofereço-te o livro,
páginas em branco,
365 dias de verdade
num ano agora a começar...
venham as palavras,
e os sorrisos,
e histórias de encantar...