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amanhecer...

Quarta-feira, 25.01.23

segurando o sol.jpg

quero acreditar que nascerá amanhã,
a luz mais brilhante
do raiar do dia...

que seja luminosa e limpa,
que trespasse a alma,
que derrube muros,
todos os segredos...

quero acreditar que o amanhã
será límpido, sem medos,
lágrimas de fogo como a flor da romã...

quero acreditar que elevando as mãos,
vou prender, só para mim,
toda a luz do mundo, límpida, luminosa,
até que chegue o fim...






 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:17

castelo de areia...

Terça-feira, 24.01.23

castelo a ruir.jpg

e no momento tudo acabou,
tudo ruíu, se desmoronou,
não adianta fingir,
cruzar os dedos, esconder,
a verdade vai sempre surgir
no tempo que tudo quer reviver.

e partes para além do nada,
no silêncio, na tarde ou madrugada?
que importa..., são os momentos
que nunca sonhamos
a acontecer, lamentos
pelo tempo que não gastamos...

pedra por pedra, um castelo construí
na mais alta montanha, sem ti,
apenas eu e o rumor de teus passos
ou o que sobrou de ti, em pedaços...















 

 









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publicado por Alexandrino Sousa às 20:40

para lá de tudo...

Terça-feira, 24.01.23

destruição.jpg

cada novo dia tem este dom,
ser um novo dia, o sol que aquece,
uma brisa que nos toca, e desaparece
por encanto, uma sombra na contra mão...

é neste murmúrio matinal,
numa alma em desassossego,
que renasce o imaterial e a tudo me desapego,
com a consciência de que existe o bem e o mal...

em correria, risos e sacola asseada,
seguem em grupos, a pequenada,
deixá-las ir na sua inocência...

porque lá longe, muito longe, onde a vista não alcança,
os dias serão outros, reina a morte, defunta é a esperança,
e tudo é dor, escuridão, terror e impotência!





 

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publicado por Alexandrino Sousa às 09:44

silêncio...

Domingo, 22.01.23

folha vazia.jpg

há uma folha branca 
e há um deserto de ideias...
se algo aparecer,
que seja imaculado
e nobre, altar incandescente
onde as preces terão sentido!

há uma folha branca,
e no horizonte, um sorriso,
mão estendida
mas que não alcanço... desculpa
pelo vazio, pelo ar que não respiro,
mesmo sentindo o rumor de teu coração...


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publicado por Alexandrino Sousa às 18:45