IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
sinais...
nunca serão em vão
os passos dados,
no areal marcados,
nunca temendo o mar,
olhos nos olhos
como que a segredar,
"eu te amo"...
nunca serão em vão
os sorrisos na manhã,
abafados pelo cobertor de lá,
esperando que se fizesse dia...
as horas jamais existem
nem tão pouco a monotonia
se me dizes, "eu te amo"...
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sons de outono...
do rochedo, ouvindo o mar, fiz minha casa,
sem tecto, sem paredes,
ou antes, meu tecto é o céu que me cobre,
e a lua, a luz que incendeia meus sonhos...
deitado, estendo minha mão até o mar que me rodeia,
toco ao de leve a água fria
e lentamente, na memória, é tua pele,
a tua pele que por entre meus dedos fugia...
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no teu olhar...
nas enseadas da vida,
tantos e tantos os atalhos
que levam a lado algum...
no fundo mais fundo de teu olhar,
o abismo, o precipício,
uma manta de retalhos
com que nos cobrimos ao luar...
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outros olhares...
quando olhavas meus olhos e vias o mar,
dizias que te sentias baloiçar
num barco, em calmas ondas,
navegando num mar sem fim
como sem fim era a paz no meu olhar...
falavas das estrelas, falavas do luar,
falavas do desejo de ser anjo,
e sendo anjo, eu voaria em tuas asas
pelo paraíso que inventaste para nós...
mas os olhos cansam-se no tempo,
e onde vias mar, nasceram nuvens,
castelos cinzentos, ameaçando tempestade...
já não serias anjo, nem terias asas,
e o que seria paraíso, não passam de dunas
onde o mar bravo trai os namorados...
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histórias de verão...
ainda chamas pelo verão,
pelas manhãs de nevoeiro,
pelo amor nas dunas?
tudo era silêncio...
para quê falar
se os corpos se entendiam
e abriam à penetração?
mais abaixo, o mar,
o sereno enrolar na areia,
e nesse embalar,
cada olhar, cada beijo,
era mais uma estreia
para espicaçar o desejo...
tão leve teu corpo
baloiçando ao sabor da brisa,
teus cabelos esvoaçando,
e teus peitos sussurrando
pelos lábios meus...
deixa-me adormecer nos braços teus...
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ondas de ti...
são tuas vestes, as ondas
que a brisa faz baloiçar
em cada movimento teu.
em cada onda, repousa meu olhar,
meu pensamento, baloiçando num barco
sem remos, apenas navegar.
sigo viagem, mera miragem
nas ondas que são teu corpo
e meus desejos em libertinagem...
espera... despe-te de ti,
despe-te dos rios ansiando meu mar...
tanta praia, tanto areal por aqui...
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outros sabores....
faz-me falta o perfume de tua boca
por entre a maresia do mar...
cada gota de água,
este salgado mais que mágoa,
é o equilíbrio, o ponto perfeito
entre o querer e o ter,
o desejo e a indiferença,
que teus lábios não sabem esconder...
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apenas um gesto...
anda comigo
ver o mar,
sonhar navegar
em cada onda,
ainda que de areia
banhada pela espuma...
e, quando em mar alto,
quase tocando o céu,
eu te prometo,
se for noite de estrelas,
serás uma delas,
ainda que apoiada
sobre meus ombros...
Assim, bem no cimo,
sentirás a emoção
de que o teu mundo,
é o meu mundo,
bem na palma da mão...
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nas ondas....
Não sei que tempo é este
onde moro, onde se ouvem
os rumores de meus passos...
sinto-te bem perto mar,
e faz-me falta teu enlaço,
tuas águas, onde navegasse a caravela
das tormentas e do cansaço...
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tons de abril....
os fins de tarde trazem a nostalgia,
os tons laranja, ou amarelo ocre,
pelo sol que segue para outras paragens...
gravado no olhar, no pensamento,
o azul do céu na manhã,
e o verde do mar imenso e calmo...
e é com estes tons que fecho os olhos
e aguardo um novo amanhecer...