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barco de papel....

Quarta-feira, 15.01.14

 

 

 

sereno o mar, sem ondas,

sem a espuma se espreguiçando no areal...

como criança brincando com barco de papel,

entro mar dentro, sonhando navegar

até tocar linha do horizonte...

 

meu mar, meu céu, meu pôr do sol,

recanto dos sonhadores,

partilhado pelos amores

das horas tardias...

 

meu barco, barco de papel

sem remos , sem vela,

é uma aguarela

assim como o mar azul, num sonho azul,

numa foto já amarelada pelo tempo...

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:42

outono...

Domingo, 17.11.13

 

 

manhã de Outono,

fria e cinzenta,

sem chama,

sem história. atenta

a primavera da vida,

escutando os sinais

no pio dos pardais,

mensagens de quem ama...

 

as manhãs de Outono

não são sempre iguais...

quem ousa escutar o vento,

ler nos sinais do tempo

os desabafos da alma,

os gritos contidos de um corpo sedento?

 

sabes, ainda ouço o silêncio

das quatro paredes,

o murmúrio das vozes

por entre os lençóis,

o gemer dos corpos

no ímpeto do prazer a dois...

 

finjo tudo esquecer

na manhã fria de Outono.

tanto mar, tanto mar, tanto caminhar

pelas areias limpas, em que me abandono...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:54

pelo teu sorriso...

Sexta-feira, 01.11.13

 

 

 

é pelo teu sorriso

que lanço pétalas de rosas

sobre a terra fria e remexida,

onde me esperava a solidão

o silêncio e o esventramento...

 

sossego minha alma,

meus verdes olhos,

minha boca, meu sorriso...

eu sei, ainda não chegou o tempo

que serei banhado pelas águas de Abril.

 

sim, é pelo teu sorriso

que a vida acontece,

que o norte ganha rumo em cada prece,

e que nas manhãs o céu será sempre azul

e verde o mar que nos acolhe...como no paraíso...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:06

sensações....

Sábado, 27.07.13

 

 

 

parecem possuídos os amantes

por entre as areias da praia...

caminhando entre outros, errantes,

buscando em cada espaço, seu espaço,

a libertação das chamas flamejantes...

 

as areias se movem pelo deambular

dos corpos suados,

inebriados pelo ondular do mar.

os lábios se contorcendo, 

os gestos ritmados,

no tempo embalados,

até á completa libertação, 

gemidos ecoando no ar...

 

em paz, olhando o azul mais azul do céu,

riem e choram como crianças felizes,

e do oficio parecem aprendizes,

até uma outra vez,

até as chamas se reacenderem...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:40

andorinhas no céu...

Domingo, 02.06.13

 

 

eram andorinhas no azul do céu,

tanta areia na praia,

tanto mar no horizonte...

 

quis ganhar asas de imaginação,

de um papel, ser barco, caravela,

partir sem qualquer direcção.

 

mas é tão fundo o azul do mar

e incerta a minha boa estrela...

aguardo... amanhã o sol vai brilhar...





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publicado por Alexandrino Sousa às 20:27

ouvindo o silêncio...

Sexta-feira, 31.05.13

 

 

por entre os murmúrios do silêncio,

as lembranças saltam, dançam

num carrossel algo sem jeito..

ah este silêncio das pedras presas,

da noite sem viajantes...

 

faz-me falta o espreguiçar do mar,

a infinidade no olhar,

faz-me falta ouvir o bater do coração

e os segredos da alma...

 

talvez o murmúrio do silêncio

me traga melodias de embalar,

e em sonhos a cor do teu olhar...

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 23:18

manhã de domingo....

Domingo, 12.05.13

 

 

faz-se tarde na manhã de domingo...

 

palmilhando a areia molhada,

apenas eu e o mar,

e o zumbido de barulho lá longe

talvez do lado da estrada...

 

que importa, se são os carros 

querendo estacionar,

ou as crianças chegando,

em algazarra para brincar...

 

continuo absorto nos pensamentos,

com a brisa sem teu perfume,

mas com teus encantos em meu olhar.

 

sabes, se me perguntares 

de que cor era a manhã de domingo,

eu só saberei dizer que era azul,

azul como teus olhos celestes,

que nos meus se perdem sorrindo,

porque nada mais eu vi

ou então no areal eu me perdi...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:43