IN OUT YOU

dançam palavras por entre imagens,

encontros e desencontros, momentos,

sensações, misturas de sentimentos...

dançam olhares, sonhos, viagens

no mundo lindo, fascinante, de fantasia...

e neste céu azul da cor de teus olhos,

onde passeiam anjos com corpo de mulher,

atiçam meu querer, este desejo de te ter

em qualquer cume do universo,

em qualquer paraíso ainda por descobrir...

viajo neste mundo de luz, amor e poesia,

onde és flor de mil cores, botão a desabrochar,

és um jardim no mais belo planalto,

e quem te levar, quem teu coração amar,

será feliz, porque das trevas fazes nascer o dia... 

meu amor, meu amor, será miragem

Quão triste o jardim sem namorados,

sem abraços, beijos rasgados,

sem olhares famintos de amor...

Quão silencioso, perdido,sem vida,

sem flores, tela tão descolorida,

onde as árvores choram de dor

E é por isso que me sinto assim,

elo tão ou mais fraco naquele jardim,
onde me tomam por nada, sem cor!

Tristes dos que pensam, dos que passam,

que não vêm o interior da alma,

que não sentem o pulsar do coração,

que não vislumbram a face calma,

que nos enamorados, é paixão...

Ele pedia, e eu adiava, mas o tempo convidava para a azáfama natural de quem cuida das plantas, do relvado, das árvores que compõem este meu paraíso. E ganhando coragem, lá se começa, sempre com alguma reticência, mas no final, o prazer de ver que valeu a pena tanta canseira...

Olho o prédio em frente e numa das varandas viradas para o mar, um casal se bronzeia deitados em cadeiras...Comparo este meu momento com o deles e reconheço, que apesar do cansaço, sinto-me mais feliz, mais realizado, com o sol que apanhei cuidando do jardim... 

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Um banco de jardim é meu poiso,

onde adormeço, onde sonho,

onde descansam as gaivotas...

Aqui analiso quem passa,

os velhos que por ali deambulam,

as mulheres em pose de engate...

Tudo daqui se vê, se pressente,

quem diz verdade...quem na verdade, mente...

Os bancos de jardim sabem coisas,

segredos contados na primeira pessoa,

companheiros inseparáveis na solidão...

E há um velho que triste passa,

olha-me, e a medo pergunta:

Dás-me lume?

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Da minha varanda, vejo alegria,

vejo vida, sons em movimento,

olhares em constante atento,

a tudo o que mexe ou assobia.

São aves, são seres que adoro,

são minha companhia, admiração,

são seres por quem nutro paixão,

que me brindam com "olá" sonoro...

Pudera eu ser ave também,

qual canário ou rouxinol cantador...

Pudera eu cantar para alguém...

Mas meu destino não tem graça,

meu canto é infeliz e tem dor,

e só assusta quem por mim passa...

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Este fim de semana, que para mim já começa hoje - quinta feira (sabe bem tirar uma folguinha), vai ser em cheio.

Amanhã, se o tempo deixar (e penso que vai ser meu amigo), tenho o meu jardim para cuidar (a relva está aos altos e baixos e não faltam flores velhas pelo relvado).

Sábado, 25 de Abril, meu irmão mais chegado a mim (somos 7), está de parabéns. Domingo, está de parabéns também, minha afilhada.

Isto quer dizer, para quem me conhece já não é novidade, que vou encher a barriguinha só de bolos.

Estive a consultar a meteorologia para o fim de semana e já prevêem alterações em relação ao que tem sido nos últimos dias. Portanto se eu conseguir deixar tudo bonito e arranjadinho amanhã, fim de semana já pode chover e até seria bom para regar.

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Eras uma espécie de flor,

pequena, mas sem vida,

pelas maiores protegida,

mas esperando ser maior.

O sol, luz, quase não vias,

a água não te molhava,

triste, só, era como te sentias,

e tua cor definhava.

Mas o jardineiro amigo te viu,

te pegou, te  transplantou,

e tua cor mudou, sorriu...

Te sentias rainha do jardim,

e não conhecias quem te cobriu,

desprezaste quem te fez assim...

Todos nós gostamos de jardins, e quem não tem espaço ou disponibilidade para tal, sempre terá em sua casa vasos com plantas, ou mesma a sua flor preferida (ainda que artificial), ou mesmo uma jarra com flores.

Ninguém é insensível á beleza de uma planta, de um relvado bem aparado, de um conjunto bem harmonioso e aprazível.

                          (V.Real - Palác Mateus)

No entanto, outros "jardins" se nos deparam no dia a dia, "flores" em movimento, umas vezes lento, outras vezes em correria suave, quase baloiçando....E nesse movimento, sente-se a fragrância que fica no ar, e, sem querer, somos levados a acompanhar esse odor.

O "jardim e as flores" de que falo, não são de envasar, ficar presas á terra, murchar em qualquer canto, mas antes são "orquídeas esvoaçando" pelas ruas de nossas cidades ou em qualquer corredor lá na empresa.  E são estas "orquídeas" ou qualquer outra "flor", que nos dão ãnimo para o dia começar bem, com um sorriso malandro atrás da orelha, com uma pontinha de inveja de ainda que por momentos, não podermos pegar, cheirar...huuum.

Assim sendo, só temos mesmo é de acarinhar os nossos "jardins proibidos"

Hoje, sábado, acordei sem disposição para nada.

Há semanas que olhava para o relvado e sabia que não podia adiar muito mais. Seria muito mais difícil o seu corte.

Mas depois de uma noite bem dormida, mãos á obra.

Como sempre no final da tarefa, gosto de ver o resultado do meu trabalho. O jardim ficou outra vez bonito (pena o vento que faz, e deita abaixo as folhas das árvores).

As macieiras, pereiras e o diospireiro, já têm os frutos a crescer (parece que não estraguei as árvores na altura das podas)

Agora ando com a ideia de plantar uma videira (já falei com o meu colega Manel que me vai arranjar uma lá do terreno dele). No passado já tive, mas na altura não tinha planos para a ramada.

Enfim, o dia está passado e o tempo está a prometer chuva (seria bom para regar o relvado), e afinal, a disposição ganha-se, porque tudo o que havia para fazer, fez-se.

Era uma vez um Rei, que vivía no seu elegante castelo, alí para as bandas do mar.

Esse Rei, cujo poder apenas se cingia ao seu castelo, tinha como hobbi admirar o que havia feito ou mandado fazer. E quanto mais admirava, mais vaidoso se tornava.

Se estava frio ou a chover, deitava-se na sua poltrona, e olhava para o tecto do seu salão ( e como ele gostava de ver os "frescos" lá pintados).

Se fazía sol, ou a temperatura convidava a um passeio pelos seus famosos jardins, era vê-lo na espreguiçadeira, admirando as flores ou ouvindo o cantar dos pássaros (no início da primavera, gostava de ouvir as ondas do mar - parecía que íam chegar até sí).

Mas o nosso Rei não se sentía realizado...

Plantava árvores, para pouco tempo depois deitar abaixo, fazía canteiros com flores perfumadas mas que ao caír das pétalas, o desgostava, e logo as arrancava...

Que fazer para o Rei se sentir feliz?

Um dia por lá passou uma donzela, loura, terna, que se havía deixado levar pelas ondas do mar.

O nosso Rei, ao ver a beleza na donzela, logo esqueceu o seu palácio, o seu jardim, tudo o que havia plantado...aquela imagem tirou-o do sério.

Sería alguma sereia que havía dado á costa??

E se fosse apenas imaginação?? - beliscou-se...Não, é mesmo verdade

O Rei parecía louco...não sabía o que fazer...

E pergunta o narrador: "o que faría qualquer um de nós no lugar do Rei?"