IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
que não pare o tempo...
peço que parem as horas, os dias,
que o tempo pare na próxima estação...
preciso contar as emoções, as alegrias,
quantas vezes bateu o coração,
quantas as histórias de vida...
desfolhei-o o historial numa causa perdida,
tudo é silêncio, páginas em branco,
gráfico sem picos de batida,
nada de surpresa ou de espanto...
meu livro é assim, um caso de sucesso...
preciso saltar, virar a vida do avesso.
preciso dizer sim, sim, preciso dizer não,
e a cada segundo, ouvir o bater do coração...
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nas minhas mãos...
abro minhas mãos
como se uma ave fosse voar,
ou um segredo a revelar...
foram estas mãos,
agora "presas" pela solidão,
antes portal de teu coração,
que elevo aos céus...
queira o vento,
o passar do tempo,
que me traga recados teus...
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palavras...
não era o tempo que procurava
porque esse vai e nunca mais volta...
mas as palavras sem tempo
ou que no tempo são eternas,
essas, talvez se tenham perdido
nas voltas do tempo...
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o tempo e os loucos...
quão levianos e soltos
os caminhos traçados,
meticulosamente
na mente gravados,
no sangue...
na vida....
quão levianos e loucos
os que se perderam,
os que se baralharam
em encruzilhadas
de mil saídas,
que não eram mais que mil entradas...
quão levianos e imprudentes
(e que também foram loucos),
os que se julgaram amantes...oh inocentes,
tudo perdestes...em encruzilhadas que eram d`outros...
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"partidas" do tempo...
na palma da mão,
um punhado de tudo
um punhado de nada,
como grãos de areia
se sumindo no vazio...
abro a outra mão
onde prendia os sonhos,
os sorrisos da manhã,
mas também se sumiram
ou alguém os levou na escuridão...
aperto as mãos como quem agarra a vida,
e deixo-me levar ao sabor do vento,
sem olhar para trás,
fugindo das partidas do tempo...
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tempo que passa...
indiferente ao tempo que passa,
perde-se por entre as ruas e avenidas,
focando cada vitrina, cada recordação.
lembra das horas que eram dias,
ou dos dias que eram segundos
conforme a ocasião desses dois mundos...
eram estes dias que voavam no tempo
por entre abraços partilhados e fecundos,
entre gemidos pintados com nuances de paixão...
indiferente ao tempo que passa,
refugia-se nos pensamentos e nas lembranças
de um tempo, que a história grava e não apaga...
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boa noite...
eram de longe as pétalas das rosas
que a brisa suavemente me entregava.
perfumadas, aveludadas,
cada qual tinha sua cor
e cada uma seu recado de amor.
eram de longe os beijos da manhã,
o acordar de leve como o deslizar do rio
tocando solenemente nosso corpo,
e cada beijo, uma melodia,
uma história, um hino à alegria.
eram de longe os feiticeiros,
os artífices do medo e da penúria
que padecem pelos desencontros no tempo,
e o tempo, a sua capacidade de renovação,
tudo altera, até o que não mais tem solução...
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todo o tempo...
repara, parou de chover, faz tempo...
disseste que soltarias tuas asas,
e viajarias na brisa...
espero-te... faz tempo!!
talvez te assustem as nuvens cinzentas
ou a noite que não tarda, vai chegar...
espero-te... faz tempo!!
alertam-me os sentidos
que talvez te tenhas perdido, ou reencontrado
no meio do nada....
mas eu espero-te... tenho todo o tempo...
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finalmente... a chuva!!
soltou seus longos cabelos,
e assumiu sua liberdade na rua...
quem passava, parava,
vê-la ali, dançando na chuva
ainda que semi nua,
contornos suaves,
quase audazes,
tentadores, para quem sonha.
mas em tudo o resto, era alheio
seu corpo, que molhado pela chuva,
bronzeado, sem mácula do tempo,
dava asas à imaginação...e dançava...
e dançava... até seu corpo cair na exaustão...
deixou-se amparar pela árvore da praça,
pelo banco de jardim, refúgio de quem passa...
pudera eu te abraçar... ou só tocar tua mão....
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até amanhã...
passam os minutos, os dias, o tempo
que nunca soubemos ter,
que nada fizemos para viver...
girando a terra, adormecem as incertezas
num sono profundo, de tudo alheio,
esperando um novo renascer,
o sol da manhã, o perfume do teu ser...