IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
olhando o céu...
olhava o céu como se esperasse ver andorinhas,
mas andorinhas só chegam na primavera...
agora é o tempo das neves e das chuvas de Novembro,
do tempo sem tempo, dos dias sem dias,
do corpo pesado, triste, já com saudades de Setembro...
em vão continua olhando o céu...
talvez passe um anjo, um cometa com recado,
talvez passe uma mensagem do ser amado,
talvez brilhe uma estrela, com um desejo só seu...
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andorinhas no céu...
eram andorinhas no azul do céu,
tanta areia na praia,
tanto mar no horizonte...
quis ganhar asas de imaginação,
de um papel, ser barco, caravela,
partir sem qualquer direcção.
mas é tão fundo o azul do mar
e incerta a minha boa estrela...
aguardo... amanhã o sol vai brilhar...
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já não há aves no céu...
faz tanto tempo que não vejo aves no céu...
lembro dos bandos de andorinhas
que esvoaçavam e brincavam por cima dos quintais.
lembro dos ninhos que faziam nos beirais,
e dos sonhos que nasciam no meu imaginário.
como se a chegada das andorinhas,
fosse a boa nova há tanto tempo esperada,
onde os dias teriam sabor a mar, e a madrugada
o inicio das longas manhãs que seriam de sol...
chamo por ti primavera dos sentidos,
pelo renascer da vida, pela cor da vida,
pelo gotejar da água em cada ribeira perdida,
pelos bandos de aves esvoaçando no ar.
e se eu pudesse, se tivesse asas de condor,
se nelas trouxesse um jardim em composição,
eu daria, eu ofereceria a teu coração,
e as gotas de chuva seriam melodias de amor...
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Domingo de manhã...
Abri janelas de par em par,
levei meu olhos ao horizonte,
perscrutei o vazio do silêncio...
Nem sinais de movimento no ar
ou de algazarra nos beirais...
Andorinhas, por onde andais?
Primavera, por onde adormeceste?
E no silêncio do Domingo cinzento,
ainda com a voz trazida pelo vento,
relembro os textos que escreveste...
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As Andorinhas
Um dia, ainda eu era criança
na minha mão vieste poisar
e prometeste sempre voltar
com a primavera da esperança
Mas a primavera está a acabar,
logo, logo será verão,
sem ti, será a desilusão,
de não valer a pena sonhar.
Andorinhas da minha rua
seres graciosos a esvoaçar
se preciso peço à lua
e à minha estrela do mar
para que vos faça voltar...
Andorinhas da minha rua
sem vós a primavera ficará nua...
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Adeus Primavera
https://1.bp.blogspot.com/_CkhMtXSsJwI/SD6Nx9IRzqI/AAAAAAAAAo0/zclRfewEdb8/s400/andorinhas.jpg
Na minha mão, mão bem cheia,
tento segurar, prender os grãos de areia,
mas quanto mais aperto mais ela se liberta
como ser livre fosse opção certa...
Como a areia, queremos liberdade,
sem prisões, rede ou grade,
e as vidas que queremos juntar,
são prisões com o verbo amar.
No beiral de meu telhado, rodopiando
as andorinhas esvoaçam, riem piando,
Sinais de primavera, sinais de vida,
andorinhas ficai comigo...adiai a partida
E as andorinhas se olham e creio ver
uma lágrima caindo, como querendo dizer
"amigo, teremos de partir, mas voltaremos um dia,
com nova primavera...com mais alegria..."