IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
rumos...
talvez ainda fosse cedo,
ou talvez o amanhã tardasse em chegar...
incrédulo, solta as amarras da alma
e deixa-se guiar pelo vento.
o vento... outrora, mensageiro dos aromas,
do canto da serra, das flores do monte,
é agora mensageiro do vazio,
do silêncio profundo.
talvez ainda fosse cedo,
ou talvez o tempo
esteja fora de tempo,
como a criança que parte
sem vida, sem arte,
apenas pó, nas asas do vento...
Autoria e outros dados (tags, etc)
caminhos...
caminho...
são tantas as estradas,
tantas as encruzilhadas,
e eu caminho,
sem destino...
caminho...
na mente, o sonho por florir,
águas de Abril por cair,
porque o tempo parou
algures no caminho...
abro mãos de tudo,
e tudo afinal é quase nada...
talvez meu caminho
seja um esboço, uma pincelada
sem nexo, num mapa inventado
como quando inventamos palavras,
e o amanhã...sempre, sempre adiado...
Autoria e outros dados (tags, etc)
o tempo e os loucos...
quão levianos e soltos
os caminhos traçados,
meticulosamente
na mente gravados,
no sangue...
na vida....
quão levianos e loucos
os que se perderam,
os que se baralharam
em encruzilhadas
de mil saídas,
que não eram mais que mil entradas...
quão levianos e imprudentes
(e que também foram loucos),
os que se julgaram amantes...oh inocentes,
tudo perdestes...em encruzilhadas que eram d`outros...
Autoria e outros dados (tags, etc)
caminhos que se cruzam...
lentamente subo a calçada...
ao longe, uma ténue luz
que se afasta com minha chegada,
e eu pergunto: quem te conduz,
quem me afasta da alvorada,
quem me quer ver nesta cruz,
se estive tão perto...e tão perto...é quase nada...
Autoria e outros dados (tags, etc)
PEDRAS NO MEU CAMINHO
(da Net)
Mais um dia que amanhece,
calmo, e ao mesmo tempo cinzento.
Meu corpo mais uma vez padece
de teu corpo,
e se entristece
quando não te vejo...
Percorro as pedras na calçada,
também elas gastas pelo tempo.
E, em cada pedra, uma historia mal contada,
um grito sufocado pelo vento,
um ai de agonia contida,
mas por ser pedra , não tem vida.
Também meu corpo se tornou pedra,
frio, gelado como a neve,
em que ninguém toca, ninguém se atreve,
nem um aconchego de passagem...
Também ele ficará gasto, carcomido,
e nem suas vestes de finos panos,
o encobrirão na ultima viagem...
Autoria e outros dados (tags, etc)
EMOÇÕES
Os caminhos que trilhamos no dia a dia, nos levam sem sabermos, ao encontro do que nunca sonhamos ter, ver ou sentir...
Alguns caminhos nos aparecem com tapete vermelho, estendido a rigor, e não sentiremos a direcção desse tapete, quantas vezes para o abismo.
As emoções por vezes também nos aparecem sobre forma disfarçada, envergonhada, timidamente entrando e tomando conta do que pretende seu.
As emoções são como as lapas num rochedo, onde nem a força bruta de uma onda as consegue separar.
As emoções são no final, a prisão, a transfiguração do que não queremos ser, a máscara que usamos sem saber.
Mas um dia a máscara cai, faz-se luz, e aí sentimos a raiva, o desespero, o tempo perdido.
Felizes os rochedos, os troncos de qualquer árvore, os desprovidos de memória, porque na sua frieza, ao serem beijados pelo sol, não sentirão emoções