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elos que se partem...

Quarta-feira, 16.07.14

 

 

tão frágeis os elos das correntes

que o tempo e o mar corroeram...

agora, livres das amarras,

voam os fantasmas pela cidade,

deserta, sem vivalma,

sem os gestos dos amantes...

 

triste a cidade, os objectos,

e os candeeiros da rua,

outrora almas cintilantes

mas que morreram de pé,

tal e qual estátuas, insignificantes...

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:18

Casas da minha Cidade

Domingo, 25.10.09

 

 

 

http://www.presseurop.eu/files/images/article/dubi-love-story.jpg

 

Passeio palas ruas da cidade,

e as luzes de néon se acendem

piscam  no meu passar,

convidam, pedem para eu entrar...

São casas, palácios de beleza,

camas de prazer, falsa realeza,

e eu meio tonto, meio sem graça,

fico à porta, qual pobre da praça.

 

Passeio pelas ruas da cidade,

e sinto que a cidade não me diz nada...

A cidade está ferida de morte...

Só lá vai gente com pouca sorte,

gente que perdeu ao amor,

gente onde no coração tem dor...

E como eu fico triste com minha cidade...

Já não vejo luz, pessoas, verdade...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 17:20

EU E A CIDADE

Quinta-feira, 20.08.09

 

http://aphs.worldnomads.com/leo/1220/China053.jpg

 

A cidade se abre para mim...

ruas, avenidas, casario,

gente atropelando gente,

carros, buzinas, ruído ruim,

um mundo diferente,

local onde fico ausente,

pensamento em turbilhão.

 

E no entanto tudo está à mão...

mil luzes, raios de néon.

um comprar sem precisar.

publicidade a lembrar

os trocos ainda por gastar...

A cidade se abriu para mim,

mas o meu mundo não é assim....

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 23:28

Não ao betão...

Sexta-feira, 19.06.09

  

https://1.bp.blogspot.com/_mQ9NG8lfGTc/SCco41-JQlI/AAAAAAAAAAU/J9CzMhkClV8/s400/lisboa.1.jpg

 

 

Finjo nada ver e corro sem direcção...

E na correria, louca  tenho certeza,

"atropelo" a gente, o que vem à mão,

mas sigo em frente...

Esta não é a minha gente,

esta negrura, sem alma, sem fala,

nada me diz..deixai-me fugir,

deixai-me procurar os verdes vales,

os rios e árvores em sintonia,

deixai-me fugir desta agonia...

Oh árvores em desalento,

em morte anunciada,

sinto-vos sufocadas,

sem vida, sem cor, sem nada...

E até vossas folhas voaram no vento...

Vossos braços se partiram com a geada...

Nada sois neste monte de betão...

Na quietude da noite eu voltarei,

e vestindo as vestes de coveiro,

farei vosso enterro, peça a peça cortarei,

e numa qualquer noite de inverno

me fareis companhia no braseiro...

Sonho com a vida...não com o inferno...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:39