IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
o tempo...
o tempo não parou amor...
os teus olhos vêm-me com o olhar de ontem
e tu sabes que mentem...
toca minha pele com a leveza de tua pele,
cada ruga, cada sulco do tempo...
o tempo não parou amor,
são as marcas de dor
que nas noites ao relento
teimaram em ficar,
quando minha voz ficava rouca
de tanto te chamar...
dizes que são mágoas,
talvez labirintos, águas
que algures vão desaguar...
que nasça o dia,
que a primavera seja florida,
e teu sorriso, apenas um beijo na ferida...
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no espelho...
em teu rosto, as lágrimas que nunca verteste,
lágrimas por um amor ausente
que tornando-se estéreis, eternamente
carregarás em teu olhar,
serão lágrimas de dor, e de saudade... tão presente.
eu teu rosto, o vazio de um olhar sem brilho,
espera dolorosa no tempo
por um passado sem história, varrido pelo vento
e para sempre perdida por entre os dedos,
de uma forma cruel, em tão memorável momento...
teu rosto... máscara perfeita, sem rugas,
sem idade, que o tempo criou...
apenas plástico, patamar que a alma alcançou
para não morrer, sempre que se olhava ao espelho,
para não lembrar o quanto sofreu.. o quanto amou...
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triste o silêncio..
quão triste o silêncio
e o bater frouxo do coração,
quão triste a recordação
e todas as lembranças,
que o silêncio não consegue esconder...
e cada texto meu,
cada verso, seria uma canção,
música sem refrão,
soletrado pelos lábios teus
ao encontro dos lábios meus...
ai amor dos meus sonhos,
encanto de todos os encantos,
quão triste e tantos os prantos
que o silêncio não consegue conter,
viva eu na esperança de nunca te perder...
deixa-me dizer-te baixinho
por entre teu colo, em segredo,
palavras banhadas em lágrimas pelo medo,
de que para sempre vou te amar,
eterna angústia de tanto, tanto te amar...
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estados d`alma...
amparados, ombro a ombro
seguem estrada fora,
de nada falam
e no silêncio calam
a dor, que dentro mora...
"vamos parar, ou seguir em frente?"
pergunta o corpo doente...
responde a alma em voz deprimente...
"melhor parar...
vê... já morremos...
nossos olhos já não vêm o presente..."
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buscando os sonhos...
segue firme seu caminho,
olhando o amanhã
como se não existisse,
e sempre que nele pensa, ri-se,
..o amanhã, o trará o destino...
é assim o amor de hoje,
sem futuro, sem razão,
e da prisão foge,
das promessas, lava a mão,
solto, vive o coração...
mas eis que lhe batem à porta...
não, não é o carteiro.
é a dor procurando abrigo...
"abre, gozei o ano inteiro,
tudo perdi, solidária estou contigo"....
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naufrágio...
abres teus braços,
como se abraços
de amor..
incautos, meus passos
em silêncio, descalços,
seguem-te de cor.
curta a caminhada nos espaços...
solta, vincada, tons baços
é a tua pele, agora trajando dor...
sim, porque esses abraços,
são apenas laços
para um naufrágio maior...
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mundo à parte...
apenas um fio
como se de teia
fosse,
me segura no vazio,
sem a sorte que premeia
os audazes...
caiu a noite,
o silêncio...
shiu, lá fora chove
e o coração não ouve...
coitado, ainda a sonhar
com os acordes de outrora...
acorda, vê a hora!
por onde andavas??
quem procuravas
já não mora
ali, dizem que se escondeu
num mundo que inventou... e lá morreu...
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silêncio...
e tudo se resume a silêncio,
inquietação... dor!!
e o tempo que nada diz,
até parece aprendiz
nas tardes sem luz, sem cor...
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outro tempo....
lembro dos tempos de criança,
da paz que fazia na minha rua
onde não havia quase nada,
e quase nada era tanto na ténue esperança...
eu e o meu pião, o aro da bicicleta,
e os carreiros onde brincava
qual avenida asfaltada...
sem TV, sem net, meu mundo era tudo
o que cabia nos meus sonhos,
sonhos gravados qual cinema mudo.
recordo com nostalgia e sorrio...
os dias de hoje, são de dor, tristeza, um corrupio.
ah se eu pudesse voltar a brincar na minha rua...
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Porque é Páscoa...
Queria um dia entender
o porquê da dor, do sofrimento,
as mágoas ditas num lamento,
ou um mais que querer e não ter...
E no entanto (oh vil memória),
tudo é tanto, mas é tão pouco,
se comparado com a triste história
de quem morreu, julgado louco...