IN OUT YOU

Há dias que não tenho pachorra  para aturar feitios de outras pessoas, quanto mais maus feitios...Se alguém está mal disposto, olhe...cabeçadas na parede que isso passa...

Hoje, alguém acordou mal disposto lá na empresa. Responsável máximo de uma área, barafustava com todos os que se atravessavam no caminho, mesmo quem nada tinha a ver com o assunto. Mas repare (tentava eu acalmar), está enganado...olhe que não é bem assim...e se parasse para ouvir?? Enfim, o homem deveria ter dormido fora da cama, ou a mulher colocou-lhe os palitos na própria cama, porque estava possuído de rancor...

Mas seja como for, as pessoas têm de ter modos de falarem com seus subordinados, senão de caminho é ver quem berra mais alto e aí quero ver quem ganha....

Mas o que este género de pessoas precisava mesmo, era que alguém dado como "maluco", o insultasse ("estúpido" para cima) e no final, tipo cereja em cima do bolo, lhe desse dois murros bem aviados. "E agora desanda, senão ainda levas mais..."

Quando se perde o respeito por alguém, tudo pode acontecer...

Fala-se muito de crise, e eu acredito que ele exista em muitas empresas, em muitas actividades diferentes da minha.

O que é certo, é que tem sido um bom ano de produção, com muitos dias com trabalho extraordinário quer até final do dia, quer no final de semana.

Amanhã cabe-me a mim acompanhar produção, e claro que o faço com todo o gosto. Apesar dos 1.5 % no aumento (estávamos em crise ???), continuo a "vestir" a camisola da empresa, e claro, se vou para a empresa é porque me recompensam monetáriamente..

Apenas um senão nos meus hábitos de fim de semana...vou ter de me levantar mais cedo e ausentar-me deste meu espaço, que é a minha casa, o meu jardim, a internet... Mas como dizem que vai chover, bom, ao menos estou ocupado...

Assim sendo, só posso desejar a todos os meus Amigos UM EXCELENTE FIM DE SEMANA

Penso que já falei neste blog do aumento que todos tivemos lá na empresa...1.5 %. Até aqui tudo bem, se atendermos ao que se passa por esse mundo fora. Mas para uma empresa que constantemente tem dado lucros, não dar um aumento aos seus colaboradores só porque se fala tanto de crise...enfim, podia fazê-lo, mas não fez...

Mas o mais engraçado, é o que ontem se falava nos corredores...Alguém que foi promovido a administrador delegado, querendo ser mais papista que o papa, propôs à administração que no ano corrente não se desse qualquer aumento na empresa. Felizmente que tal não aconteceu. Mas que raio de novos gestores são estes?? Em vez de estimularem os colaboradores que até vestem a camisola da empresa, não, há é que retirar-lhes um pouco do pouco que ganham.

Sinceramente ...depois não digam que os portugueses são pouco produtivos....Porque não propôs por exemplo que os quadros não tivessem aumentos, que as viaturas a trocar fosse adiado por mais um ano, que os benefícios mensais fossem suspensos??

Creio que por este andar, não saímos mesmo deste marasmo....

Hoje, até me levantei de bem com a vida (claro que não estava a pensar nos problemas pendentes), e lá fui como habitualmente para o emprego.

Não sei se devido ao vento que por aqui fazia, ou se por ser primavera, de um momento para o outro passei de bem humorado para terrivelmente mal humorado. Ainda tentei acalmar este meu mal estar com um anti histamínico, mas de nada valeu...foi um dia para esquecer.

Também para esquecer, ou pelo menos tentar não lembrar são as propostas que estão em cima da mesa para reduções de custos (horas extras, gastos em papeis, criação de turnos de trabalho, etc, etc...)

Mas o que é mais grave, é que as reduções de custos em despesas supérfluas não se fazem. Estou a lembrar-me de reduzirem por exemplo a cilindrada/ potência da viatura atribuída a um quadro, reduzirem/ eliminarem os custos com combustíveis para uso pessoal, diminuírem tantas e tantas benesses que só levam a que haja descontentamento entre as várias classes dentro da mesma empresa.

Sou completamente a favor de que se analisem os pontos a melhorar na esperança de redução de custos, mas que a empresa tenha uma politica de abertura e diálogo com todos os colaboradores, pois só assim as medidas a implementar serão bem vindas e aceites.

(desculpem-me por este texto tão diferente do habitual, mas deve ser por causa do pólen dos pinheiros....)

Gostaria de dizer que trabalho numa empresa onde aquilo que se produz, sai tudo bem, isto é, nunca se fazem reprocessamentos, escolhas, etc. Tudo se faz bem á primeira...Infelizmente não é bem assim...

Mas se olharmos para o lado (eu sei que não é bom exemplo), reparamos que também nossos fornecedores (matérias primas, serviços, etc), também se regem pelo mesmo pecado, produz-se, só que nem sempre sai nas melhores condições.

Lembrei-me deste assunto porque um destes dias visitei um fornecedor de serviços e pareceu-me que trabalhavam bem, tinham organização, método de trabalho, e vontade de melhorar mais. Para espanto meu, assim que o produto foi recepcionado, a qualidade deixou muito a desejar, o que prova que nem sempre aquilo que parece é.

Infelizmente esta não é a primeira empresa que assim age. Queremos muito vender (bens ou serviços), mas continuamos a descurar o que é mais importante: a qualidade do produto e se possível que o mesmo seja produzido bem logo á primeira.

Ontem acabou por ser um dia negro lá na empresa.

É verdade que era sexta feira, dia das bruxas, mas não era sexta feira 13. E acabou por ser um dia mau quando em determinado período do dia, a Qualidade verificou que a produção não está conforme, a imagem do produto está danificada, o que obrigará a que toda a produção tenha de ser escolhida.

Acontece que já no dia anterior, a anomalia tinha sido detectada em menor grau, e de imediato os responsáveis foram avisados, no entanto não se chegou a conclusão nenhuma da origem do problema, que aliás no momento parecia ter desaparecido. Infelizmente não era verdade, e a razão do problema era num ponto que ninguém poderia supor.

A Qualidade não podia fazer mais nada do que bloquear a produção até aí realizada, e por descargo de consciência, também a produção do dia anterior.

A Direcção de Produção, aceito que poderia ter ficado preocupada pelo transtorno que tudo isto iria causar em termos de escolha do produto, mas só preocupada e de imediato sensibilizada para que tal não mais se repetisse. Mas para meu espanto foi causa de um reboliço interno que nunca me passaria pela cabeça acontecesse. Afinal os erros são ou não para serem corrigidos, e se possível que não saiam da empresa para evitar futuras reclamações??

Mas o que me admira nisto tudo é a falta de sensibilidade de alguém que não sei como nem porquê, resolveram colocar como director de uma área tão importante. Como é possível numa empresa tão grande dar-se ao luxo de ter alguém que mais do que resolver os problemas, tenta-se escondê-los ou mesmo negar a sua existência??

Como é possível ter alguém que em termos de relacionamento humano é do género "se não és por mim, és contra mim"??

E o mais grave é que toda a equipa aquela área ligada, começa a ficar enferma do mesmo problema, importando mais os números do final do dia, a quantidade de caixas produzidas, em detrimento do fazer bem, do manter-se a boa imagem que ao longo dos anos tem sido conseguida.

Como têm mudado as mentalidades nestes últimos 5-6 anos, e para meu desgosto para bem pior.

A Administração com constantes alterações propostas por empresas consultoras, será que um dia vai virar-se para o verdadeiro ponto a ser revisto, isto é, onde se produz, onde sai a imagem da empresa, onde convém manter incólume a boa imagem de marca conseguida?

                                                           (da Net)

A empresa onde trabalho é grande, muito grande...

É tão grande que ao virar da esquina (na mercearia do Sr.Manuel) ou no hipermercado do Sr. Belmiro, ou em qualquer prateleira do pólo norte ao pólo sul, poderemos encontrar vestígios seus. E são estes vestígios que nos fazem felizes sempre que por eles passamos, e muitas das vezes os utilizamos.

No entanto, o pessoal mais antigo anda preocupado: "Isto nunca esteve assim, Ninguém põem ordem na casa, Cada um faz o que quer, Com isto assim, dou-lhe mais 10 anos de vida, Isto está bom é para os "grandes", etc, etc.."

Enfim, coisas que a maioria de nós já ouviu nos seus empregos, e que na maioria das vezes vêm de pessoas avessas a mudanças.

Mas falando sério, algo não vai bem, e num dos pontos só posso estar de acordo: a ausência de um líder forte, carismático, é por demais evidente, ainda mais quando estamos a falar de um grande grupo empresarial.

Há uns 10 anos, tudo era diferente, tudo parecia correr dentro de eixos de tal forma oleados, que nem se notava qualquer "ruído". Hoje os "ruídos" abafam o normal trabalhar... Será que se passa este tipo de  situações noutras grandes empresas?? Será que estes são sinais dos tempos incertos que atravessamos??

As administrações delegam os poderes nos seus directores, se afastam dos locais produtivos, tornam-se "ausentes,  desconhecidos"  em casa própria. Muitas das vezes, muitas das anomalias nem chegarão até eles (e teriam de chegar?). Mas o pessoal produtivo, que até "veste a camisola", gostaria de sentir a mão amiga do "patrão", a sua saudação diária, o seu agradecimento sempre que o esforço suplementar foi solicitado e não renegado.

Hoje em dia isso é impensável, mas a maioria vem dos tempos em que tal se praticava...Como mudar as mentes das pessoas? Como lhes fazer ver, que não passam de números que ao menor desaire serão substituídos??

Tempos de mudança estes que atravessamos...Tempos incertos que deixaremos como herança...

É verdade, já passou uma semana após férias...

Começou  de "mansinho", para todos nós nos começarmos a  habituar á ideia de que as férias já acabaram...Mas a partir do meio da semana, fez lembrar os últimos dias de Julho tal a carga de trabalho nas 8 horas. E isto para não falar da necessidade de a produção já estar a fazer horas extras no final do dia, e também com o recurso aos sábados.

Nesta fase da economia do país, até podemos dizer que é uma empresa de sucesso, tal o volume de produção que mantém sistematicamente.

Esta empresa, é a minha empresa, pela qual visto a camisola, pela qual dou muito do meu tempo, e penso que minimamente me recompensa.

Pois é, 2.5% é o aumento..

Não nos vamos queixar até porque  o aumento previsto na função pública é de 2.1%.

Ok, e temos o prémio de mérito..Afinal o que queremos mais??

Mesmo assim a malta anda descontente??

O que se passa é que a malta olha para o lado e vê coisas que não gosta...

não vê o seu trabalho reconhecido, faça muito, faça pouco, faça bem, faça mal...

Não faça, e ganha o mesmo.

Olha para o lado, e vê benesses de todas e várias formas, sempre para os mesmos.

Isto nem parece uma grande empresa, mais parecendo "uma vaca"com grandes tetas, e qual dos capatazes chupará mais.

Cada um rema para o seu lado, cada um traça a directriz que quer, cada um usa e abusa do autoritarismo.

Não se verifica auscultação de opiniões , as análises e outros pontos de vista não existem, pura e simplesmente a opinião do "boss" é que prevalece.

Eu não acredito que a digníssima administração esteja a par de tudo isto.

Não acredito que ao esforço quantas vezes solicitado, não se dê uma palavra de reconhecimento ( o dinheiro não paga tudo).

Não se veja em cada pessoa, alguém que quando necessário veste a camisola, dá o corpo pela empresa, sacrifica-se...E quantas vezes espera apenas um agradecimento...

Essa é a empresa que conheci que aprendi a admirar, e pela qual me bati. Reconheço que o esforço quantas vezes inglório, começa a pesar para o desânimo , para o deixa andar, o tão habitual "não fazer ondas".

Sinceramente, este é um barco que começa a meter água, e nem os bajuladores do costume se apercebem que até as ratazanas começam a fugir.