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tempos de menino...

Domingo, 03.02.13

 

 

 

 

lembro..ainda era menino,

menino de escola,

numa mão, lancheira com o almoço,

na outra os livros na sacola.

 

e este menino sonhava

(coisas que já não lembra),

e a mãe que da vida era escrava,

o pouco que tinha, o pouco lhe dava.

 

mas tudo tinha uma condição

porque na vida nada vem ter à mão,

e a caneta que ele tanto queria,

haveria de vir, na venda do que a terra dava.

 

e como ele ficou contente...

a caneta comprada na mercearia da aldeia,

era nova, de tinta permanente,

e vinha ainda em caixinha de cartão...

 

Não sei se muito escreveu

ou se deixou de escrever por falta de tinta,

mas na alma do menino que cresceu,

o desejo de escrever nunca mais acabou...

 

e hoje ele recorda com saudade

dos tempos que ser menino é ser grande.

porque vê toda a vida à sua frente...

 

o menino hoje já não usa caneta,

nem cadernos de linhas com muita vaidade,

o menino hoje, escreve para muita gente...

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:26

meu jeito de escrever...

Quarta-feira, 16.01.13

 

 

 

sei que não tem mais jeito

este meu jeito de ser...

escrevo sobre a terra, sobre a lua,

escrevo sobre o mar, o areal,

sobre crianças que brincam na rua,

sobre meu jardim, este em fase terminal...

 

mas sinto que são palavras ocas,

descritivas, quase banais...

as palavras que eu sei dizer,

tantas e tantas e são tão intemporais,

essas não me canso de escrever...

talvez porque as sei de cor, são sempre iguais...

 

olho-me ao espelho mais uma vez,

e de tanto olhar, imagino ali tua imagem

perfeita e definida, não, não é miragem,

nem uma certeza, mas um talvez

de que o amanhã há-de vir,

e juntos ao espelho, um dia vamos sorrir...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:06

escrita com cor...

Domingo, 13.01.13

 

 

 

faz-se tarde, e escura é a noite.

o céu, de cinzento se vestiu

e mesmo o sol que na tarde sorriu,

de envergonhado se foi...

 

que importa se não há estrelas no céu,

se a lua amuada, não apareceu?

 

desfolho meu diário da vida,

e cada linha, cada palavra,

tem uma história consentida,

como só os amantes sabem escrever...

 

este livro, este diário do querer,

é a prova mais querida,

de que o amor tudo pode vencer...

 

faz-se tarde, e escura é a noite...

mas de tanto desfolhar, tanto ler,

fecho meus olhos até o amanhecer...

um dia, na manhã, o sol irá sorrir...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:09

Desabafo...

Quarta-feira, 18.05.11

 

 

Perdoa meus gestos, minha rispidez,

minha falta de jeito, alguma insensatez,

perdoa minha mão firme, por vezes rude,

raiva incontida nas palavras mal ditas...

Sempre me acompanhas, sem lamentos,

e mesmo nos meus maiores tormentos,

te manténs firme em cada letra desenhada...

 

Que seria de mim sem teu suave deslizar,

sem tuas marcas vincadas no papel?

De ti, caneta, fiz minha eterna companheira,

viajando ao peito, ou descansando à cabeceira.

Não me queiras mal neste mundo já cruel...

Que seria de mim sem ti e uma folha de papel?

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:10

Blog ou a angústia de estar SÓ...

Sexta-feira, 04.06.10

 

https://1.bp.blogspot.com/Blogues.bmp

 

 

Blog,

...de início o meio para comunicar...

uma forma de chegar mais longe,

sentimentos para declarar.

 

Blog ou o desejo de não querer estar "SÓ"

 

post a post, vamos criando raízes,

vamos nos alicerçando ao meio,

vamos nos "esventrando".

 

Blog ou uma forma de "respirar"

 

Na quietude da noite, no silêncio,

a companhia, o som do teclado,

a paixão que nasceu em nós...

 

Blog ou uma forma de "expressão"

 

E assim, se escrevem páginas,

palavras vindas da alma ou do ser,

um mundo só nosso dado a conhecer...

 

Blog,

....um espaço meu que abri ao mundo

um "teatro" onde não se declaram guerras,

não se provocam traições,

tudo é paz, estados de alma, sentimentos

sem politicas de mentira,

sem verdades que provocam ira...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:20