IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
talvez...
caminha o viajante por entre veredas,
longas estradas,
linhas imaginárias no horizonte
e o céu tão próximo...
talvez amanhã brilhe o sol...
talvez encontre o oásis perdido
por entre as areias do deserto sem fim...
talvez encontre pedaços de mim...
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Melodias....
sentou-se na berma da estrada,
e no silêncio do nada,
o seu silêncio era uma canção,
não uma canção sem alma
ou de vozes sem emoção,
mas uma canção celestial
como só é cantada
quando soa a voz do coração...
rendiam-se os animais escondidos
pela vegetação,
os arbustos, as árvores
que se vergavam, não pelo calor da estação,
mas pela emoção dos sentidos,
e ali, pasmados, entretidos,
se entreolhavam, no espaço perdidos,
ouvindo o silêncio...em forma de canção...
tristes os que não ouvem,
não sabem ouvir o silêncio,
tristes os que no ruído da vida
não param, escutam o próprio sangue correndo nas veias,
e sem alaridos, ou amarras das teias
com que se prendem, não vêm saída
para um caminho em forma de Luz...
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(re) começar de novo
(re)começar de novo
vai valer a pena,
viver o que não foi vivido,
ir até onde for preciso,
mesmo que aos olhos de tantos,
tanto não faz sentido...
e é a (re)começar de novo
(tanta incerteza no amanhã),
que cada dia é uma paixão,
tanto aperto no coração,
uma lágrima no canto do olho,
quando se canta a mesma canção...
(re)começar de novo,
vai valer a pena...
e olhando para trás a estrada,
na memória, talvez não fique nada,
ou se tanto, tanto a corrigir,
e na longa noite, que surja a madrugada...
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Pedras no Caminho
http://static.panoramio.com/photos/original/18081330.jpg
Lentamente subo a calçada,
coçada pelo tempo,
pelos passos perdidos
dos amores floridos,
(e dos amores proibidos)...
A calçada parece me conhecer
e sentir no meu andar, meu ser...
E cada pedra da calçada que eu piso,
se transforma de outra cor
como se visse em mim, o amor...
Pobre pedra, pobre calçada...
Por pensares assim, animada,
o tempo te deixou coçada,
por veres amor, onde não existe nada...
Tonta a pedra...infeliz a calçada...
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FIM DA ESTRADA
http://portalliteral.terra.com.br/_banco/img/1242385560_estrada.jpg
Sigo na mesma estrada de sempre,
vista cansada do nada, ausente,
não sei se sigo na contra mão
ou se na correcta direcção...
O carro me leva, indiferente,
a musica me absorve o pensamento
e também este fica ausente...
Como é bom não pensar em nada,
mente parada, qual água estagnada...
Boca selada para o mundo,
pernas eriçadas no acelerador,
e o carro devorando quilómetros ao segundo,
estrada fora, qual bólide ganhador...
Lá longe é pouco, o esforço tem de ser maior
para te encontrar, para me encontrar,
para meu coração bater novamente,
deixar de estar ausente, e à VIDA dizer "Presente"...
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ESTRADA FORA
http://pilgrimhearts.blogs.sapo.pt/arquivo/no%20escuro%20da%20estrada.jpg
(texto de ficção)
Parto estrada fora
sem nada do passado...
Tudo o que tinha (e o que não tinha),
nos resquícios da memória ficou fechado.
Histórias que vivi,
outras que inventei,
amores eternos que jurei,
para trás tudo deixei.
Parto estrada fora
sem remorsos, sem paixões,
na vida foram tantas as ocasiões
que ganhei, ou perdi na hora...
De tudo me livrei, me despi,
e assim sigo meu caminho.
Talvez tarde descobri
que o muito que vivi,
não foi bom, não foi mau,
apenas uma peregrinação,
na vida alguma emoção...
Mas para trás olhando,
fica a certeza da decisão...
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Toda a Estrada tem Fim...
( Sarah Brightman - Nella Fantasia)
Penso que estou a chegar ao fim da estrada...
Ainda ontem (que é o mesmo que dizer cinco,dez ou quinze anos), tantas esperanças de outras vidas, tantos projectos, sonhos tantos, que assim que acordava, os apontava num qualquer papel, para não me esquecer de nenhum. Alguns sonhos viraram pesadelo, outros pela estrada íngreme se perderam, outros...(mas é possível ainda haver mais??) aguardam na ângustia diária que também eles sejam considerados obsoletos.
E no entanto a "vida" continua...
E no entanto, aquilo que chamamos "vida", mais não será do que o rotineiro acordar de manhã, para da mesma forma fecharmos os olhos no final do dia, para assim pudermos olhar o calendário e riscar mais um dia, como se em qualquer prisão de alta segurança habitásse-mos.
Se a nossa vida que é composta de tantas e tantas coisas (local onde habitamos, pessoas que nos fazem companhia, o local de trabalho, etc, etc), se não se tem um objectivo, um rumo previamente definido, dificilmente nos olharemos ao espelho e com confiança poderemos dizer "Dever Cumprido".
"Todas as Estradas têm um Fim"...