IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
fria a noite...
é tarde
e fria a noite,
não tenho quem me acoite,
nem alma em frio leito
que me aqueça, onde me deito...
apaguem-se as estrelas
e o luar que me persegue,
estou só, e de tão leve,
que me leve a brisa em manto frio,
e me deixe nos braços d`algum rio.
estou só e a imagem de ti...
pior, invento-te em cada lugar
qual pedra esculpida pelo meu olhar!
foge, foge para o fim do mundo,
paz, quero paz, ainda que por um segundo...
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no tempo...
no tempo que já não volta,
eu sabia ler as estrelas
(acho até que falava com elas),
sabia sonhar...
cada morro lá ao longe
era uma aventura, um desafio,
era como nadar num rio
mesmo não sabendo nadar...
hoje já não sei ler as estrelas
e o seu brilho ofusca meu olhar
(talvez não goste da cor de meus olhos),
e sonhar...faz tempo... já esqueci de sonhar...
reparo agora..! fez-se noite tão cedo,
e esta escuridão, é o manto que nos cobre,
que nos aprisiona no medo,
no medo de ficarmos sós,
tão sós como as estrelas no céu,
que nos faz pequeninos, mil pedaços de nós...
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olhando as estrelas...
de onde vem este querer,
não querer,
este bem estar,
sem estar,
este constante palpitar,
como quem ousa viver
numa ilha perdida, isolada,
entre as estrelas e o mar?
perdido, errante, qual caminhante
sem tostão na algibeira,
segue em frente,
sem cidade que o acolha,
sem paragem na fronteira,
apenas e só o querer,
o estar
num qualquer barco sem remo,
baloiçando,
sonhando,
sempre que uma estrela brilhar...
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no silêncio...
inquietante o silêncio das coisas,
das pedras do caminho,
das árvores que me rodeiam...
finjo não ouvir...
o silêncio por vezes diz coisas
que matam como facas afiadas,
ou tão difíceis de entender...
quem quer contar até três,
olhar o céu, admirar as estrelas,
sorrir, sim, sorrir
e aos pinotes pensar que voa?
tonto, irreverente, inconsequente...
lá fora mora a noite, escura como breu,
e no céu... não há estrelas no céu...
apenas o luto por quem está ausente...
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olhando o céu...
olhava o céu como se esperasse ver andorinhas,
mas andorinhas só chegam na primavera...
agora é o tempo das neves e das chuvas de Novembro,
do tempo sem tempo, dos dias sem dias,
do corpo pesado, triste, já com saudades de Setembro...
em vão continua olhando o céu...
talvez passe um anjo, um cometa com recado,
talvez passe uma mensagem do ser amado,
talvez brilhe uma estrela, com um desejo só seu...
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em modo de destilação...
destilo todo o veneno que mora em mim
por entre as sarjetas das ruas desertas...
limpo, de coração puro, olho as estrelas
e até reparo que nunca brilharam assim,
e aos meus olhos ficaram ainda mais belas...
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não há estrelas no céu...
correm os vultos na rua
como que imbuídos de chegar
onde o pensamento os leva.
atropelam, seguem em frente.
nada detém quem a pressa faz voar...
loucos, loucos e insensatos,
não pensam nem sonham
que o destino é uma cruz, um altar,
uma tábua... rio sem margem,
mar sem ondas, céu sem estrelas...
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estrelas no céu....
Quis fechar as janelas,
e aí, deixava de ver as estrelas...
quanta loucura...
despi-me, deitei-me na noite escura
sobre a relva fria que nem senti,
e adormeci,
ao fazer amor com elas...
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Hoje não brilharam as estrelas...
as horas passam e os corações aquietam-se
como se o tempo fosse dono do nosso tempo...
por entre sorrisos, desejos e olhares,
fizemos a festa, alimentamos o corpo, a alma,
demos asas à imaginação...
talvez não tenham brilhado as estrelas,
talvez até o céu as escondesse de nós,
mas sabes, vi luz, brilho, no mais profundo de teu olhar...
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Na Varanda...
é na noite de verão,
na varanda, vendo o luar,
que admiro o céu,
cada estrela a brilhar,
como se fossem anjos,
que me quisessem falar...
fecho os olhos levemente
e suavemente me deixo embalar,
e no silêncio, fico a escutar
as doces melodias do luar...
se eu pudesse, se o céu me escutasse,
juro que não haveria dia
nem sol que brilhasse.
Meu tempo, seria na varanda
ouvindo a noite, e a estrela que sorria,
até que nos sonhos o sono me levasse...