IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
O sino na igreja...
toca o sino na igreja,
e a cada batida,
perdeu-se um pouco de vida,
e nem demos por nada...
conta amor,
conta o tempo que lentamente passa,
o inverno frio, ou o verão com calor,
os sonhos inventados,
(dizes tu que apenas adiados),
e tanto, tanto, que temos para dar...
o sino continua tocando na igreja,
batida seca, segura e precisa,
e nós continuamos, de forma indecisa,
aguardando as andorinhas, a primavera...
no átrio da igreja, brincam as crianças,
parecem felizes, brincam com o tempo,
vês, haveremos de ficar ao relento,
e assim, controlar o tempo...sem o sino da igreja...
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Em Tua casa
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Lentamente entrei, sem TE pedir licença,
e em meu corpo, a sensação de sempre,
a necessidade de TE ter presente,
a culpa de muitas vezes ser ausente.
Vida mundana, vida sem valores,
vida perdida nas tantas horas do nada...
E aqui, sinto-me bem, tempo de oração,
aconchego em mim...paz no coração...
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Porque hoje é Domingo
(da Net)
O Sol está meio encoberto, e não tenho grande vontade de dar passeio até beira mar (e são só 10 min a pé).
Sentado aqui virado para o ecrã, leio noticias online, posts de amigos, etc, e ao mesmo tempo relembro outros Domingos já passados e que eram tão diferentes.
Ainda não vão muitos anos, e o hábito de me levantar cedo e assistir missa dominical das 7:30h ali na igreja paroquial era um ritual que não queria perder...A seguir, o pequeno almoço num pequeno café á beira mar, comprar o JN e ali ficar a ler durante quase 1 hora...Já éramos cliente habituais.
Também não tinha internet e não tinha o vício de a cada momento disponível ligar-me "ao mundo".
Hoje, tudo é diferente...Até o carro que gostava de ter sempre num "brinquinho", sofreu com este alterar de minha vida.
Parece que as coisas materiais já não me interessam, e dou valor ao intemporal, ao que não vejo, ao sagrado.
Desde miúdo que sempre tive uma relação de muita fé com o Além, acreditar que existe Alguém que interfere em nossas vidas, num Ser Justo e Verdadeiro. Lembro que teria 5-6 anos e acompanhava minha falecida Tia e meu falecido Avô (lado paterno) até igreja e tudo o que lá se fazia. Lembro também que quando fiz comunhão solene (teria 9 anos), e tive um "bom" no exame de catequese (fomos só 2: eu e um filho de uma catequista numa turma de +/- 20), a alegria que foi para esses meus familiares e claro para meus pais.
Hoje, apesar de não fazer o percurso para a Igreja, sinto que a minha fé se mantém inabalável e os meus momentos de introspecção me levam sempre ao mesmo caminho, em que eu acredito e que procurei que outros acreditassem.