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afago teus cabelos...

Quarta-feira, 11.09.19

cabelos.jpg

afago teus cabelos, ainda molhados,

com o toque carente de meus dedos,

fio por fio,

libertando aromas, talvez a maçã...

na pele, um leve arrepio

que se confunde com o fresco da manhã...

prendes no teu, meu olhar

numa irrecusável tentação,

como dizer não,

se todo o corpo é já um palpitar,

como dizer não?

como dizer não

à investida de teu corpo,

ao sussurrar de uma voz quente

no silêncio dos espaços?

tão fortes os abraços

quando o pensamento já ausente,

se rende aos fluidos

e nos unem num só...

como dizer não

se a loucura é um desejo presente,

como dizer não?

olhos nos olhos, o mundo não existe,

só a paixão teima, persiste

num novo ritmo, oh irrecusável tentação...

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 16:24

as brumas na cidade

Quinta-feira, 12.03.15

 

por entre as brumas da manhã,

em cada raiar do dia,

um olhar ao horizonte,

uma ponte no pensamento...

 

e são tantas as pontes,

as partidas e chegadas,

sorrisos, lágrimas, que importa,

são resquícios de saudade na madrugada.

 

abrem-se os braços 

em longos abraços, 

como pontes abraçando as margens,

fortes, eternos, como laços sem nós...

 

perco-me nas brumas da manhã,

entre o raiar do dia

e as pontes no pensamento...

talvez o horizonte seja ali... ali, no fim do tempo.

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:12

um beijo na manhã...

Sábado, 12.07.14

 

 

 

vieram os pássaros, de longe,

nas asas, o perfume das manhãs de neblina,

no bico, as frases que fazem sonhar...

um a um pousaram em meu ombro

e deixaram recados no coração,

melodiosos, com seu cantar...

 

se eu fosse pássaro, se eu soubesse voar,

a cada levantar da neblina um beijo, no teu olhar...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:59

nos braços da manhã...

Segunda-feira, 30.06.14

 

 

deito-me com os sonhos,

acordo nos braços da manhã...

 

os raios do sol afagam meu rosto

e sinto seu hálito num terno beijo...

faz tempo, tanto tempo

que não sinto o calor de um beijo,

a maciez, a frescura de um lábio

percorrendo, tacteando

um corpo sedento...

 

faz tempo... tanto tempo...

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:52

em teu ventre, manhã...

Domingo, 01.06.14

 

 

horas tardias para quem, na madrugada

se perdeu, e lentamente

vai sulcando passo a passo

o ventre da manhã,

pedindo um cantinho, seu espaço.

 

faz-me falta o grito do amanhecer,

a luz do olhar, 

o carinho de teu abraço,

o palpitar de teu corpo

na sede do querer.

 

horas tardias, tanto, tanto a dizer

em palavras que não se ouvem,

que se dissipam entre as quatro paredes...

só vós sabeis entender

o fogo dos sentidos.

 

esconde-te noite, deixa clarear,

renascer a emoção,

reacender o fogo do luar da paixão

por entre as estrelas...

deixa-me sair de teu ventre, manhã....

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:40

aromas da manhã...

Segunda-feira, 26.05.14

 

 

no ar fresco da manhã, os aromas,

as lembranças, as palavras

ainda ressoando no tempo,

com toda a gente que passa

com ou sem destino certo...

 

que importa... leva-as o pensamento,

as horas certas do relógio,

e nem reparam quem fica,

quem, no olhar, está ausente

ou tão só, só, no meio da gente...

 

o ar fresco da manhã, é uma ilusão,

é um escape, hipotética recaída

nos caminhos sem direcção,

ou trilhos perdidos...quantos, sem saída...

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:08

nasceu o sol, meu amor...

Terça-feira, 11.03.14

 

 

nasceu o sol, meu amor,

e como é lindo o amanhecer,

como se o dia , em forma de flor,

perfumasse o nosso querer

qual bouquet em nosso regaço...

 

extasiados, solta-se teu abraço

num aperto que prende a alma,

e dá razão aos sentidos...

soltam-se de paixão os beijos

em espaços para tantos proibidos.

 

que importa a gente que passa...

nasceu o sol, meu amor,

cantam as aves em redor,

solta-se a música com tanta graça

que nós até esquecemos de fazer amor...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:39

Cinzenta a manhã....

Segunda-feira, 10.06.13

 

 

 

pouco fértil a manhã

nas palavras que não direi,

nos pensamentos que não escrevi,

e nas noticias que não li...

O tempo está do avesso, eu sei,

e a ausência do que me prende

também me transcende,

desequilibrando o ser...

 

manhãs cinzentas, sem o sol nascer,

não deviam existir,

quando muito chamá-las quando quiser,

quando o amor não sorrir

ou a tristeza tomar lugar...

 

fecho as portadas de par em par...

no silêncio das quatro paredes,

por entre as nesgas de luz,

talvez veja alguma cruz

nesta saudade, que não mata, mas faz sofrer...

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 12:39

manhã de domingo....

Domingo, 12.05.13

 

 

faz-se tarde na manhã de domingo...

 

palmilhando a areia molhada,

apenas eu e o mar,

e o zumbido de barulho lá longe

talvez do lado da estrada...

 

que importa, se são os carros 

querendo estacionar,

ou as crianças chegando,

em algazarra para brincar...

 

continuo absorto nos pensamentos,

com a brisa sem teu perfume,

mas com teus encantos em meu olhar.

 

sabes, se me perguntares 

de que cor era a manhã de domingo,

eu só saberei dizer que era azul,

azul como teus olhos celestes,

que nos meus se perdem sorrindo,

porque nada mais eu vi

ou então no areal eu me perdi...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:43

Manhã de sábado...

Sábado, 17.11.12

 

 

ri-se o silêncio neste tempo sem cor, sem luz,

sinto que o ouço...

ou serão meus cinco sentidos em lamento,

já sem discernimento,

pelo forte bater do coração?



 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 12:13