IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
cantos do mar...
há um chamamento,
um convite, uma fixação,
sempre que por ti passo, mar...
e são tantas as vezes,
tantas, que seriam de perdição
se nos teu encantos me deixasse levar...
vejo as vestes negras
das mulheres contemplando o horizonte,
triste sina, triste dor
de quem perdeu, quem o mar levou...
não me chames, mar,
por mim espera, quem sempre me amou...
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breves momentos...
são tão breves os doce momentos,
que na ligeireza dos tempos
nem sentimos passar,
como correr no areal, saltar
as dunas, ver o mundo correr,
olhar o mar, o imenso mar...
embarcar dentro de um barco à vela,
casca de nós contra o vento,
sem medos de qualquer tormento,
e navegar, navegar...
solta-se a imaginação,
vislumbra-se no olhar
um desejo na palma da mão.
já não há tempo para olhar o passado,
e pede-se bonança para a viagem
que o mar não tem fim, não tem a outra margem...
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segredos...
olhamos o mar talvez pela última vez..
antes, eu via o mar em teu olhos
e as ondas nos teus cabelos longos e soltos,
agora não... já não vejo cor, nem vida,
nem os aromas que inspirava-mos a todo o momento...
talvez seja sinal do tempo,
o tempo que um dia pensamos ser eterno,
quando paravam as horas,
o dia e a noite,
e nada mais havia senão o sentimento.
perdemo-nos qual erosão irreversível,
onde já nem as palavras doces conseguimos dizer,
pela troca de olhar a pouco e pouco insensível...
é tarde, e a brisa que antes nos unia,
nos afasta... até onde o destino quiser...
olhamos o mar talvez pela última vez...
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o vento nada me diz...
agreste o vento que faz lá fora,
sob um céu azul
e de uma espera que demora...
olho o mar pela milésima vez
(e não me canso até ir embora)...
com o vento na crista da onda,
lembro,... se o ontem renascesse agora,
talvez não houvesse vento, e o mar,
o mar... talvez fosse um rio onde navegar...
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azul do mar...
olhava o mar e sorria...
seus olhos se confundiam
com o azul do mar,
e quanto mais sorria,
mais apetecia
entrar nele,
barco à vela partindo
para lugar nenhum,
até o pôr do sol chegar ...
aí, o azul do seu olhar
seria só meu,
como presente
que não se pode partilhar...
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in(certeza)
é no silêncio que se esgotam as preces
as frases que não foram ditas
os olhares nas paredes vazias
de cada vez que fito o horizonte
não vejo céu, nem barco no mar
apenas a brisa me embala em seu manto...
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até o infinito...
sabe a domingo a manhã serena,
ainda que sem o sol de Agosto...
escrevo teu nome, colorido,
letra por letra, sob um fundo azul.
depois, desenho um barco e uma onda,
e assim navegamos ao infinito...
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manhãs de março...
virgem e ardente, o sol
nas manhãs de Março...
incautos, seguem em passos largos
os amantes, sós,
fingindo olhar o mar
ou com quem se cruzam na manhã.
sorrindo ou olhar distante,
ninguém diz nada,
apenas a respiração é ofegante,
como quando alguém faz amor
pouco antes do finalmente.
queria ser como tu, sol,
ardente e promíscuo
em todas as manhãs de Março,
em todos os dias, quando o pensamento
vagueia por águas profundas...
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teu olhar...
de quantas cores é feito um sorriso,
um olhar meigo, atrevido,
de quantas cores se veste o paraíso?
fixo teu rosto, teu olhar,
e perco-me... ou já não sei contar...
teus olhos, têm as cores vivas do mar...
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28 ºC....
quanto desassossego nas horas mortas,
no ar que respiro e me sufoca.
este tempo, já não é o meu tempo
nem das cigarras que deixaram de cantar...
devoro mais um cigarro
que queima tanto como o tempo que faz,
e nem o fumo que um dia ambos sugamos
me liberta a memória de tanto sonhar...
talvez o tempo tenha mudado...
talvez seja eu no tempo parado...
quem sabe, a areia da praia,
o suave beijo do mar
me faça renascer...acordado...