IN OUT YOU
Os encontros e desencontros são a luz que nos permitem avançar passo a passo, são vida em cada dia que passa
dias de indefinição
quão conturbado o mundo que vivemos,
a história de vida que já não temos,
a nossa história que nada tem para contar...
e de desgraça em desgraça
fazemos zapping na tv, talvez até encontrar
o que em nenhuma tv passa,
que somos um povo que já perdeu sua graça...
finjo não ler o que escrevi.
sou alma de fingidor, e foi tudo a fingir o que vi.
este povo é gente de raça,
é povo que vai dar pontapé na nossa desgraça...
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Tempos de Mudança...de Esperança...
E de repente tudo muda,
nota-se, vive-se, respira-se,
como se algo nos libertasse,
como se a esperança voltasse,
e no entanto...ainda nada mudou...
Mas o povo sente que vai mudar,
o povo precisa acreditar
que amanhã, apesar do cinzento,
o sol vai voltar, o sol vai brilhar...
Nós queremos acreditar...
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O meu País
O meu país é lindo, lindo de morrer,
onde o sol brilha, e se esconde por prazer...
Tem paisagens verdes como o mar que o banha,
tem planícies douradas, do trigo para a apanha,
tem videiras mil que nos vão dar de beber...
O meu país é pequenino, quase província de outro estado,
tem gente importante, corruptos quanto baste,
tem gente conversando ou dormindo à janela...
É um país pequenino...mas de contraste,
é um país que parece uma favela...
E neste país, lindo de morrer,
muitos fogem, procurando outro país...
Muitos vêm, trazendo o que ninguém quer...
Este país, já não tem filhos de raiz,
é um paraíso para quem quiser.
Parece que tudo está a saque,
e o pobre, a quem roubam o pouco que tem,
em sonhos se veste de fraque,
em sonhos julga-se alguém,
pobre deste povo humilhado e sem vintém....
E no entanto, o povo está sereno,
confia sempre num dia melhor,
até o dia em que com a cabeça num cepo,
lhe vão roubar o sangue, cantando em dó maior,
o vão sugar, o vão lançar ao fogo tentador...
Ai este meu país lindo de morrer,
povo afável, acolhedor, sem algum mal...
Quem quer adivinhar, quem vai concorrer,
quem vai dar nome pomposo, irreal,
a este cantinho (eu ajudo)...que é Portugal??
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Imagens da Minha Terra
De mil encantos é meu País,
o seu povo, a sua gente,
povo que vive a sua sorte,
que ama, que sente,
que não perde o seu Norte...
E cristalina é a sua imagem,
como a água em correria,
pedra em pedra, sem medo,
labutando em cada dia,
sofrendo, sofrendo, em segredo...
(fotos gentilmente cedidas pela Amiga M. Lima, da região de Sever do Vouga - Obrigada)
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Meu Mundo (I)
http://media.photobucket.com/image/avi%2525C3%2525A3o%20de%20papel/clau_zin/aviao.jpg
Lancei-me ao vento em minhas asas de papel,
voei..., voei sobre um mundo imaginário,
que me acarinhava, que me tocava a alma,
que fazia de mim um príncipe sem castelo,
e neste meu mundo, mundo de papel,
reinava a fantasia, tudo era calma,
e o povo sorria e de coração, era solidário.
Este meu mundo, podia ser meu país,
mundo real, onde reina a injustiça,
e o povo que trabalha não é feliz,
e na sua fantasia, continua a sonhar,
que um dia tudo vai melhorar...
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Este Meu País...
http://www.zonu.com/maps/portugal_mapas/Mapa_Foto_Imagen_Satelite_Portugal.jpg
Tenho um País só meu, só meu
onde brinco e corro, onde me escondo...
É um país de brincar, de papel...
Os soldadinhos de chumbo, aqui e ali,
riem para mim, gostam de brincar...
As casinhas, os animais,
todos têm seu lugar no meu país...
Neste meu país tudo é feliz,
e até o sol, bem amarelinho no papel,
quis dar ar de sua graça.
O mar, sim o mar, não podia esquecer,
também no meu país vem bater.
E eu olho mais uma vez para o papel,
este rectângulo que imaginei,
esta gente que inventei,
esta alegria que não é real...
Olho à minha volta
e o que vejo é bem diferente,
o meu País é um mar de sofrimento,
é um povo sem vida, cinzento,
é um poço de injustiças,
é um caminhar lento para o abismo,
é um morrer de pé, devagarinho...
Este meu País é bem pobrezinho,
e há-de morrer sozinho...