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dias de indefinição

Segunda-feira, 15.10.12

 

 

 

quão conturbado o mundo que vivemos,

a história de vida que já não temos,

a nossa história que nada tem para contar...

e de desgraça em desgraça

fazemos zapping na tv, talvez até encontrar

o que em nenhuma tv passa,

que somos um povo que já perdeu sua graça...

finjo não ler o que escrevi.

sou alma de fingidor, e foi tudo a fingir o que vi.

este povo é gente de raça,

é povo que vai dar pontapé na nossa desgraça...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:23

Tempos de Mudança...de Esperança...

Segunda-feira, 06.06.11

 

E de repente tudo muda,

nota-se, vive-se, respira-se,

como se algo nos libertasse,

como se a esperança voltasse,

e no entanto...ainda nada mudou...

Mas o povo sente que vai mudar,

o povo precisa acreditar

que amanhã, apesar do cinzento,

o sol vai voltar, o sol vai brilhar...

Nós queremos acreditar...

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:53

O meu País

Terça-feira, 25.05.10

 

 

O meu país é lindo, lindo de morrer,

onde o sol brilha, e se esconde por prazer...

Tem paisagens verdes como o mar que o banha,

tem planícies douradas, do trigo para a apanha,

tem videiras mil que nos vão dar de beber...

 

O meu país é pequenino, quase província de outro estado,

tem gente importante, corruptos quanto baste,

tem gente conversando ou dormindo à janela...

É um país pequenino...mas de contraste,

é um país que parece uma favela...

 

E neste país, lindo de morrer,

muitos fogem, procurando outro país...

Muitos vêm, trazendo o que ninguém quer...

Este país, já não tem filhos de raiz,

é um paraíso para quem quiser.

 

Parece que tudo está a saque,

e o pobre, a quem roubam o pouco que tem,

em sonhos se veste de fraque,

em sonhos julga-se alguém,

pobre deste povo humilhado e sem vintém....

 

E no entanto, o povo está sereno,

confia sempre num dia melhor,

até o dia em que com a cabeça num cepo,

lhe vão roubar o sangue, cantando em dó maior,

o vão sugar, o vão lançar ao fogo tentador...

 

Ai este meu país lindo de morrer,

povo afável, acolhedor, sem algum mal...

Quem quer adivinhar, quem vai concorrer,

quem vai dar nome pomposo, irreal,

a este cantinho (eu ajudo)...que é Portugal??

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 22:01

Imagens da Minha Terra

Quinta-feira, 08.04.10

 

 

 

De mil encantos é meu País,

o seu povo, a sua gente,

povo que vive a sua sorte,

que ama, que sente,

que não perde o seu Norte...

 

 

E cristalina é a sua imagem,

como a água em correria,

pedra em pedra, sem medo,

labutando em cada dia,

sofrendo, sofrendo, em segredo...

 

 

 

(fotos gentilmente cedidas pela Amiga M. Lima, da região de Sever do Vouga - Obrigada)

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:53

Meu Mundo (I)

Sábado, 30.01.10

 

 aviao.jpg image by clau_zin

http://media.photobucket.com/image/avi%2525C3%2525A3o%20de%20papel/clau_zin/aviao.jpg

 

Lancei-me ao vento em minhas asas de papel,

voei..., voei  sobre um mundo imaginário,

que me acarinhava, que me tocava a alma,

que fazia de mim um príncipe  sem castelo,

e neste meu mundo, mundo de papel,

reinava a fantasia, tudo era calma,

e o povo sorria e de coração, era solidário.

Este meu mundo, podia ser meu país,

mundo real, onde reina a injustiça,

e o povo que trabalha não é feliz,

e na sua fantasia, continua a sonhar,

que um dia tudo vai melhorar...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:22

Este Meu País...

Terça-feira, 01.12.09

 

 http://www.zonu.com/maps/portugal_mapas/Mapa_Foto_Imagen_Satelite_Portugal.jpg

 

Tenho um País só meu, só meu

onde brinco e corro, onde me escondo...

É um país de brincar, de papel...

Os soldadinhos de chumbo, aqui e ali,

riem para mim, gostam de brincar...

As casinhas, os animais,

todos têm seu lugar no meu país...

Neste meu país tudo é feliz,

e até o sol, bem amarelinho no papel,

quis dar ar de sua graça.

O mar, sim o mar, não podia esquecer,

também no meu país vem bater.

E eu olho mais uma vez para o papel,

este rectângulo que imaginei,

esta gente que inventei,

esta alegria que não é real...

Olho à minha volta

e o que vejo é bem diferente,

o meu País é um mar de sofrimento,

é um povo sem vida, cinzento,

é um poço de injustiças,

é um caminhar lento para o abismo,

é um morrer de pé, devagarinho...

Este meu País é bem pobrezinho,

e há-de morrer sozinho...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 18:40