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Criar é preciso...

Quinta-feira, 01.04.10

 

http://www.tj.al.gov.br/img_noticiastj/nascimento1mai09.jpg

 

O tempo era de criação...

O sol Nascia em cada dia,

e em cada dia uma nova esperança...

Os sonhos, esses fervilhavam de emoção

ao criar, fazer crescer uma criança

neste mundo em mutação...

 

Lançaram várias sementes,

fizeram da terra sua canseira.

Dia após dia, ano após ano,

e com carinho, mãos carentes,

trataram cada um como uma roseira,

antes de um dia serem ausentes.

 

E todos ganharam asas,

seu espaço, sua independência,

quase todos sua criação,

mas em cada um a cedência

ao amor maior, ao amor de pais,

ao apelo maior do coração.

 

Os anos vão passando,

rostos, corpos em definhamento,

e em cada ano que passa,

em cada novo momento,

a certeza da grande graça

que foi nascer... sem sofrimento...

 

A meus Pais  (E a minha Mãe que ontem esteve de Parabéns)

 

 

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:59

LAÇOS DE TERNURA

Segunda-feira, 27.07.09

 

 

 

 

https://1.bp.blogspot.com/_u_0LIvgsgRc/SI0KrPCLCXI/AAAAAAAAATw/WV7JL8gcmsM/s400/Pais%2Be%2BFilhos.JPG

 

 

Em cada um de nós,

em cada pensamento,

a lembrança, boa ou má,

a imagem de qualquer momento,

que vamos guardar no tempo

do que fomos, e de quem nos criou...

 

Brincadeiras de criança,

lembranças da infância,

num olhar a esperança,

num sonho, o desejo de ir mais longe...

E a nosso lado, sempre, a perseverança,

o sacrifício, o querer em forma de Pais...

 

E são tantos os momentos a recordar,

que num corrupio tudo voa no pensamento,

e  sem querer uma lágrima nos atraiçoa,

como que a lembrar a falta de agradecimento,

a falta de um carinho, de tempo,

para quem tanto tempo nos deu sem nada pedir...

 

E em cada queixume, em cada dor,

sinto-me frágil por nada poder fazer,

(como queria que tudo passasse com meu amor)...

Sinto-me frágil, impotente, sofredor...

Mas quem fez bem, não devia sofrer

e deveria ser feliz, sendo feliz  a viver...

 

Os anos passam (o espelho não engana),

e sentimo-nos no dia a dia mais cansados,

como se o andar dos anos nos curvasse,

como sentíssemos a vida a delapidar-se

de todos os bens, de todas as riquezas,

mesmo daquelas que não queremos deixar...

 

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 20:05

O TEXTO QUE NUNCA ESCREVI...

Sábado, 30.08.08

 

A meus Pais,

 

Penso que nunca escrevi o que sinto,

o que vai dentro de mim,

a gratidão, o amor sem fim

que vos dedico,

que por gestos  não saberei mostrar,

nem por lágrimas quantas vezes contidas

ou por palavras menos exprimidas...

 

O Amor tem doses de loucura,

ou momentos de muita ternura,

e eu queria dizer,

queria que meus olhos fizessem ver,

o que está escondido,

mas não consigo falar,

nem meus gestos o conseguem fazer...

 

Quão difícil mostrar os sentimentos

quando estes são nobres, eternos,

e  nos momentos raros de união,

de confraternização,

o recordar de outros tempos,

tempos de infância, que não voltam mais...

carinhos de criança que fui, nos seus pais...

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publicado por Alexandrino Sousa às 19:19

PAIS

Segunda-feira, 28.04.08

 

Ser poeta é dizer numa palavra

o que outros dizem num milhão...

É colocar ênfase, emoção,

carinho, deixar falar o coração..

 

Como traduzir "PAIS"?

Como dizer numa palavra,

como falar em oração,

como dizer sem voz embargada

sentimento maior?

 

"PAIS" é carinho,

é um aconchego hora a hora,

é um gesto, um beicinho,

uma prenda, um beijo,

uma reprimenda,

uma desculpa,

uma lágrima na despedida...

 

"PAIS" é vida que deu vida,

é um esforço incompreendido,

é um farrapo encostado ao canto,

quantas vezes vira desencanto,

quantas vezes vira pranto

num espírito desprevenido.

 

 

"PAIS" é tudo

e o tudo um dia fica em nada...

e aí fixamos o escuro do quarto

e lembramos do sorriso,

do abraço, da emoção passada...

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:49

ANIVERSÁRIOS

Segunda-feira, 28.04.08

 

 

O tempo passa

devagar, lentamente,

mas o espelho não mente

e vemos o quanto passou,

o tempo afinal voou...

 

Fomos filhos

e nos tornámos pais, avós,

e de uma casa cheia,

ficou vazia, ficamos sós...

 

Mas as datas se repetem,

são aniversários,

dias disto, dias daquilo,

os motivos são vários

para a família se juntar....

 

O dia do pai já passou,

o dia da mãe se avizinha

propaganda comercial??

que importa afinal

se o pretexto resultou?

se a festa na sala ou na cozinha

trouxer alegria, emoção...?

 

 

 

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publicado por Alexandrino Sousa às 21:30